O Oráculo de Delfos

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Notas do Autor


Olá meus queridos, tudo bem com vocês?

Estou nostálgica hoje, a fic completou pouco mais de um ano, sei lá, eu olho para os outros capítulos e parece que foi ontem. Lembro que postei pouco depois do meu aniversário e que despretensiosamente fui escrevendo no período de férias e compartilhando com a minha cunhada que também é fã. Eu nunca achei que conheceria pessoas tão legais, que encontraria velhos amigos, pois quem me conhece de longa data sabe que escrevo desde 2007 mais ou menos e passei uns 4 anos afastada de tudo. Eu só queria agradecer, por tudo, pelo carinho, pelas palavras, as brincadeiras, o apoio, a todos aqueles que começaram e não voltaram, aos que pegaram o "bonde" já no meio do caminho, àqueles que surtam e teorizam sempre e até aqueles que nunca falam nada, mas eu sei que existem... Fios do Destino não seria nada sem vocês.

Eu ri demais com todo o bate cabeça pelo capítulo passado, muitas teorias, muita loucura e calma, respirem, apreciem o presente, acho que depois desse capítulo creio que vocês vão entender melhor algumas coisas... Vamos devagar que no momento certo vai dar o "click" na caixinha de vocês - e para quem anda atrasado com a spin-off não esquece de passar por lá, teve capítulo importante nessas últimas atualizações.

Não se preocupem tanto assim com o passado, futuro, quem é quem, a única coisa que eu confirmo aqui é que tem uma linha do tempo alternativa - ou seja, a que eles estão agora -, como a Annabeth mesma explicou... Todos os personagens que vocês vão ver aqui fora a Clarisse, Percy, Annabeth, Silena e mais dois - são personagens da linha do tempo alternativa, ok?!.

Ps: Os deuses são os mesmos em qualquer linha, deuses do Olimpo podem dividir a essência.

Boa leitura a todos!


~***~

Capítulo 30 - O Oráculo de Delfos


Na sala de controle do navio cruzeiro Princesa Andrômeda havia dois jovens distintos, ambos quietos demais, nenhuma palavra, nem olhar ou pequeno gesto. De um lado estava um jovem magro, porém de porte elegante e cabelos negros brilhantes que se chamava Ethan Nakamura - até então um dos não reclamados - do outro lado o frustrado e zangado Luke Castellan. Por mais que o moreno achasse aquele comportamento levemente mais tolerável, ele preferia ter de lidar com um filho de Hermes tempestivo do que ver aquela figura perdida em seus pensamentos perigosos.

O loiro alto de olhos azuis era bonito e amedrontador ao mesmo tempo, trazia os traços tão característicos de seu pai Olimpiano, mas carregava em seu rosto uma cicatriz espessa, esbranquiçada e profunda, a marca que sempre evidenciaria o seu fracasso - apenas mais um para sua coleção desagradável, todavia diferente dos outros que volta e meia atormentavam sua mente, aquela em especial estava ali presente todas as vezes que via seu reflexo - a mesma marca que lhe fizera ser tratado com o pior dos sentimentos para um semideus orgulhoso e ressentido como ele, a piedade.

Seus olhos focaram em um ponto qualquer da sala, enquanto repassava os últimos acontecimentos, Ethan não comentara nada, mas os olhos do semideus vinham adquirindo cada vez mais um brilho doentio. O velocino de ouro fizera bem o seu papel de uma forma ou de outra, porém mais uma vez seus planos não saíram como desejou, mais uma vez Percy Jackson se metera em seu caminho, se não fosse pelo filho do deus dos mares aquela estúpida e insignificante garota, filha de Ares, jamais teria conseguido retornar de sua missão.

A única coisa que ainda alimentava uma quase inexistente fagulha naquilo tudo era o retorno de Thalia, não apenas pelo fato de que teriam mais uma chance, uma carta na manga a mais, mas nunca conseguira engolir o destino da filha de Zeus e sua melhor amiga... Foi a primeira e provavelmente a única pessoa a lhe compreender de verdade, em meio ao tormento de sua vida, Luke encontrara diversos outros jovens por seu caminho quando decidiu fugir de casa, mas nenhum deles era como ele, nenhum deles ficou ao seu lado, tinham medo daquilo que jamais compreenderiam... Ser um semideus parecia ser incrível, mas para ele aquilo lhe assemelhar-se mais a uma maldição.

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