A Última - Saga A Última ● Livro 1

34. IMPASSE

Eu encarava para aquele clã com nojo e raiva. Eu os faria pagar por terem sido responsáveis pela morte de centenas de Grandiers ao longo dos séculos.

- Mália - chamou o professor Montgomery. Ele caminhou em minha direção ignorando a presença dos rapazes. - Faça isso agora antes que elas acabem com você.

- Fique fora disso, seu louco - falando Dominic, com desdém. Logo empurrou o professor Montgomery.

- Dominic pare! - exclamei - Não me interrompam.

Eu encarei o clã em minha frente. Senti minha raiva me consumir cada vez mais.

- COM O SACRIFICIO VEM O PODER! - exclamei com braveza. Caminhei até uma das bruxas e apunhalei seu coração. Senti um poder extra juntar-se a mim, aumentando a minha força.

- Mália - escutei uma voz familiar.

Alguém de capuz parou ao lado da mulher que deu passagem. Meu coração se partiu e meus olhos se encheram de lágrimas ao ver que a Amber era a pessoa por trás do capuz. De repente flashes da minha conversa com a Amber no café vieram à tona. Ela disse que estava se preparando para um feito muito grande que só ela poderia fazer. Então ela sabia que teria que selar os Byron.

- Você sabia - disse com desdém - Sabia que envolvia os Byron e não me contou.

- Eu apenas soube disso há algumas horas, estou tão surpresa quanto você. - Sabe que não permitirei que os machuque.

- Mália, você não é pária para um clã inteiro de bruxas - Amber tentou se aproximar, mas os lobisomens ficaram em minha frente. Eles estavam ali para proteger a mim e as pessoas de capuz que se contorciam de dor. - Renda-se e terá um lugar no nosso clã.

- Eu jamais me juntaria ao clã responsável pela morte dos meus pais e que está tentando matar a minha família. - Eu olhei para os Byron, depois de tudo que fizeram por mim, depois de terem me acolhido, me protegido, me ensinado coisas, eu jamais seria capaz de traí-los.- Eles são a minha família e eu não deixarei que nada aconteça a eles.

- Continue - disse o professor Montgomery. A Amber arregalou os olhos.

- Ela já está perdida, Amber! - falou a mulher mais velha.

Rapidamente apertei a adaga em minha mão.

- Com o sacrifício vem o poder - apunhalei outra bruxa no coração fazendo a Amber recuar. Fiz novamente em outra e me enfraqueci ao sentir tanto poder encher o meu corpo.

- ELA ESTÁ TENTANDO TERMINAR O RITUAL - gritou a mulher a frente do clã - IMPEÇAM-A

Eu me sentia forte, mas ao mesmo tempo fraca. Olhei novamente para o lado e percebi que parte do clã já estava tentando selar os meninos. Era como se as bruxas estivessem os paralisando ao mesmo tempo em que os torturavam. Elas recitavam um cântico em latim e mantinham o contato visual com eles.

- Não... - falei com cansaço.

Eles pareciam estar sofrendo. Mesmo sentido que a outra parte do clã estava tentando me parar com seus poderes eu não podia me deixar vencer. Por mais que eu estivesse sendo enfraquecida por esse poder, eu não podia deixar que acabassem mais uma vez com a minha família.

- Mália eu posso te ajudar - disse Amber melancólica.

- Amber, saia daqui enquanto pode porque quando eu terminar, eu não vou permitir que vocês saiam daqui vivos - falei com firmeza. - Com o sacrifício vem o poder! - apunhalei mais duas bruxas e novamente senti meu corpo pesar.

Eu estava tentando fazer tudo o mais rápido que eu podia para ajudar os rapazes antes que fosse tarde demais. Eu mal podia me concentrar quando os gemidos deles estavam cada vez mais altos. Eles não podiam fazer nada e isso estava me perturbando. Me perturbava a ideia de perde-los.