18. VAMPIROS

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De volta ao meu quarto tomei um banho e vesti o meu pijama de cetim rosé, pronta para dormi.

Desde quando me despedi da Amber não consegui parar de pensar na minha mãe e no meu pai. Eles realmente foram mortos por serem bruxos? Eu não poderia acreditar nisso já que a Amber e sua família parecem viver muito bem em sociedade. Talvez o motivo tenha relação ao que a Amber falou sobre minha família ser condenada.

Suspirei. Queria saber como descobrir mais informações... A biblioteca da mansão!

Eu estava prestes a sair do quarto quando um vento muito forte abriu a minha janela fazendo-a bater repetidamente várias vezes.

Caminhei para fechar a janela e engasguei com o medo. Apesar da escuridão da noite, avistei ao longe, na entrada da mansão, uma figura escura e peluda.

Sua postura parecia a de um homem curvado, mas eu conseguia ver os pelos negros cobrindo seu corpo, as garras nas pontas dos dedos, os olhos brilhando com uma forte cor âmbar.

Minhas mãos começaram a soar e minhas pernas a tremer. Seus olhos  estavam tão fixos em mim o que fazia meu corpo inteiro congelar.

A figura escura ergueu a cabeça e uivou alto, logo curvou-se e arranhou o chão com as garras das mãos. Ele parecia está pronto para avançar em algo a sua frente. A única coisa em frente a ele era a porta de entrada da mansão.

Peguei meu celular para ligar para o Dante, mas o mesmo tinha que descarregar nesse momento. Rapidamente sai do meu quarto e desci as escadas até chegar ao telefone no hall. Procurei o número de celular do Dante e tentei ligar, mas ele não respondeu. Tentei novamente e nada.

Pensei no Alec, mas ele também não atendeu. Só me restou o Dominic, mas sem resposta também.

O desespero já dominava meu corpo por inteiro. Eu estava ofegante, tremendo e sem reação.

Tentei ligar mais uma vez para o Dominic, mas nada de resposta. Logo escutei um celular tocar e a porta se abrir.

— Dominic! — exclamei ao vê-lo passar pela porta.

— Por que esta me ligando? — perguntou ele, franzindo a testa.

— Dominic que bom que você chegou — falei me aproximando dele.

— Acho que cheguei em uma hora perfeita.

Ele me encarou com um olhar malicioso e percebi que o motivo era  o meu curto pijama de cetim.

— Não é hora para suas brincadeiras, eu acabei de ver algo fora da mansão.

— O que? — ele revirou os olhos e sorriu de lado.

— Uma figura estranha, tinha a postura de um homem, mas era peludo e tinha garras — falei e estremeci ao lembrar da figura — Um lobisomem?

De repente sua expressão ficou seria.

— Um lobisomem?

Eu confirmei com a cabeça. Dominic começou a gargalhar.

— Você está delirando. — ele estava negando, mas eu podia ver que sua expressão falava outra coisa. Ele estava assustado.

— Não! — exclamei — Eu vi, era de verdade.

— Lobisomens não existem.

Ele falou e passou por mim caminhando até a escada.

— Se você existe por que lobisomens não podem existir? — falei sem pensar e me arrependi instantaneamente, mas não voltei atrás.

Dominic virou-se para mim novamente. Seus olhos ficaram fixos em mim e sua expressão sombria me faz estremecer.

A Última - Saga A Última ● Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora