A Simetria

Capítulo 9 - O coração bate forte novamente

Estávamos voltando do pequeno beco que entramos e tentamos correr o mais rápido possível, já que os homens estavam desacordados e que logo, logo iriam acordar.

- Vocês disseram que me conheciam de um longo tempo... - Disse o Richard.

- Sim, acho que você não entenderia então nós deixamos essa explicação para depois.

- Para onde nós estamos indo? - A Sunny perguntou.

Sunny tinha colocado sua peruca que parecia muito com o cabelo da Alia, e amarrado. Deixando apenas a franja negra na testa e um rabo de cavalo enorme.

- Como vocês estão me seguindo... Eu acho que vocês não tem nenhum lugar para ir. Então suponho que vocês vão para minha casa.

A Sunny olhou para minha cara e sussurrou baixinho: "É confiável?". Eu fiz sinal que não sabia com os ombros e ela olhou para ele tentando arranjar algo nele em que podia confiar.

- De quem você é filho? - Perguntou Sunny bem rápido para no caso dele pestanejar.

- Billy e Ema. Por que a pergunta?

- No que seus pais trabalham?

- Eles são donos de uma loja de plantação... Mas...

- Quantos anos... - Ela disse o interrompendo.

- Chega! - Ele disse também interrompendo a Sunny. - Minha casa é em cima da loja deles, vocês irão os conhecer.

A Sunny ficou um pouco atordoada e envergonhada, mas mesmo assim queria conhecer os pais do Richard, e só assim ver se eles eram mesmo confiáveis. Enquanto andávamos pela rua da pirataria, onde vendia materiais roubados, mas não podemos deixar de citar que eram baratos. Escutamos uma chuva de bala perto dali.

- É impressão minha ou estou escutando barulho de balas de longe?

Uma bala faiscou numa loja que tinha ali e todos que estavam dentro dela começaram a correr.

- Não, não é longe. Está perto. - Disse a Sunny.

- Quem é aquela louca que está com uma arma na mão, vindo em nossa direção? - Perguntou o Richard.

- Katharine!

Eu e Sunny gritamos na mesma hora, fazendo o Richard se assustar. Ela estava com uma cara de ódio e sua cicatriz na bochecha reluzia como se quanto mais raiva ela tivesse mais a cicatriz aumentava.

- É melhor nós sairmos daqui. - Disse a Sunny entrando em uma loja.

Nós entramos numa loja de brinquedos e tentamos nos esconder, mas seria bem provável a Katharine nos achar. Então procuramos a saída de emergência e fomos para o outro lado da rua.

- Quem é essa garota? - Perguntou o Richard.

- Você não precisa conhecer, mas se quiser uma apresentação casual, fique a vontade.

- Não, ela não tem cara de ser receptiva.

Nós entramos em um ônibus que estava passando por ali e ele nos levou mais para longe da rua. Mas não era uma boa hora de pensar que estávamos a salvo... A Katharine vinha de moto do lado do ônibus, quando pilotara com uma mão só e a outra apontando a arma para nós.

- Abaixem-se! – Richard gritou nos pegando e jogando para baixo.

O motorista estava atordoado e queria parar o ônibus, mas gritamos para que ele continuasse a dirigir. A Katharine se aproximava mais e mais de nós e não parava de tentar nos atingir com balas.