Capítulo 7 - Alia é uma alma

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Arrastamos aquele carrinho por um longo tempo até cansar e sentar num pequeno tronco de madeira que estava ali no meio a tanta areia. São Francisco estava cada dia mais quente e eu não saberia para onde ir depois dali.

Eu torcia para que a Katharine ainda estivesse viva, e acharmos um lugar onde nós pudéssemos planejar nosso próximo passo. Eu estava sem nenhuma pista de onde a Emmy estaria, e eu não poderia segui-la daquela vez. Querendo ou não, a única que sabia aonde ir até àquele túnel era a Katharine e isso me deixava mais aflita do que o normal. Se aquele túnel foi um modo de nos ajudar, por que a Emmy não estava lá?

Ao pensar isso, o carrinho se moveu, depois deu uma pequena vibração para o lado. Levantei-me devagar e me pus a olhar para dentro do carrinho. A Sunny continuava sentada no tronco ali perto respirando firme de cansaço, enquanto a Katharine estava contorcida como se estivesse sentido uma leve dor nas costas, e os seus olhos virados para cima como se estivesse querendo os pôr para dentro do cérebro de volta.

- Katharine, você está bem? - Perguntei mais ela não respondeu. - Precisamos levá-la para um médico.

- Eu tenho uma ideia... mas é muito arriscada. - Sunny disse. - Precisamos fazê-la se não quisermos ser pega.

- Me conte... - Eu disse sentando novamente.

- Vamos colocá-la no chão da estrada que tem aqui perto e observar até alguém passar e vê-la. Irão pegá-la e levar para o hospital.

- Iremos deixar a Katharine para trás?

- Precisamos Kyle! Ela está queimando em febre. Se não fosse pelo curativo que fizeram nela na torre ela teria perdido todo o sangue.

Sunny se levantou arrastou o carrinho a uma estrada não tão longe dali. Existia um pequeno fluxo de carros passando, então a achariam logo. Ajudei a pegar o corpo e colocar na estrada, mas não colocamos muito no meio da via por medo que alguém não olhasse e passasse por cima.

- Vamos ficar escondidas ali e esperar alguém ajudá-la.

Fomos até algumas árvores que tinha ali na margem da pista e observamos até que um carro de um casal parou e checou o pulso para ver se a Katharine estava viva. Rapidamente, eles a colocaram no carro e seguiram em frente.

- Acho que ela ficará bem. - Disse a Sunny.

Sentamos ali e ficamos olhando para o céu por um tempo. Não sabíamos para onde ir com medo que alguém nos reconhecesse.

- Acho que agora é hora de fazer aquela ligação.

- Que ligação? - Sunny perguntou.

Mostrei o cartão do Detetive Ronald em minha mão e a Sunny me olhou.

- Você tem certeza? - Ela virou o rosto. - Se ele souber que fugimos irá nos prender.

- É o único jeito.

Caminhamos pela estrada e fomos pulando de caminhão à caminhão até chegar na cidade. Fomos até um bar e fizemos a ligação, pedimos bebida enquanto esperávamos o Detetive.

- O que ele disse ao telefone?

- Que estaria aqui em poucos minutos.

- Achei que era muito ocupado...

- Não é ocupado, mas é rápido. - Disse acenando para que o detetive me visse do outro lado do ar.

Ele se aproximava bem vestido, com seu casaco bege e seu cabelo bem penteado.

- Bom ver vocês novamente. - Ele disse. - E então, qual é o assunto?

- Minha filha foi sequestrada. Nós estávamos recebendo ajuda de uma pessoa para encontrá-la, mas não a temos mais.

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