Capítulo 5 - Teatro de horrores

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A movimentação não estava muito intensa. Havia um pouco de gente ali, um pouco aqui... Mas não poderíamos dizer que tinha muitas pessoas naquela rua. Quando entramos não parecia ser um teatro. As cadeiras estavam velhas, a madeira do palco já se desmoronava. Então fomos obrigadas a tampar as narinas por causa da poeira.

- Por que eles levariam a Emmy para um teatro? - Disse a Sunny.

- Acho que eles não estão realmente aqui. - Eu disse.

- Eles devem está no interior do teatro, numa passagem secreta. - A Katharine disse.

Caminhamos para os camarins do teatro e nada estava fora do lugar, a aparência de lugar abandonado iria se esgotando e entrando a aparência de um lugar assustador por conta da falta de iluminação. Continuávamos a andar até que desferiram uma luz transmitida por uma lanterna em nós três. Levantamos-nos e tentamos manter os nossos olhos abertos, mas não estávamos conseguindo. A luz estava muito forte e nossos olhos doíam.

- O que estão tentando fazer?

- Eu não sei, mas não é boa coisa.

- Quem são vocês? - Disse a voz do homem que segurava as lanternas em nossos olhos.

A luz sob nós tinha apagado, mas nossa visão ainda estava turva. Quando abrimos os olhos a feição da Emmy apareceu. Ela estava numa cadeira, toda enrolada com uma mordaça na boca. Sua expressão era de susto. Eu olhei para os lados e tinha vários homens armados ao nosso redor.

- O que nós vamos fazer agora? - Disse.

- No três, vocês entram nessa porta que deve ir para outro camarim. - A Katharine disse.

Foi o um, e depois o dois. Corremos no três e a Katharine tirou uma metralhadora da bolsa, rodou para os lados atirando e derrubando todos os homens. Ela colocou a mão no ombro e entrou naquele camarim, ela estava baleada.

- Você está bem? - Eu perguntei.

- Está tudo bem. - Ela disse. - Eles vão vim atrás de mim, vocês podem fazer a volta no teatro e pegar sua filha. Todo camarim tem passagem direto para o palco. Vá!

Eu corri em direção ao palco como se não tivesse limites. Subi no palanque e não tinha ninguém no corredor do camarim como da outra vez. Então cheguei ao camarim onde Emmy estava sozinha.

- Mamãe!

- Filha... Tudo vai ocorrer bem.

Eu tremia de nervosismo, mas a Sunny não estava comigo naquele momento. "Ela deve está ajudando a Katharine", pensei torcendo para ser verdade. Estava completamente nervosa. Embrulhei-me nos nós da corda, mas eles estavam muitos apertados.

- Mãe? - Ela disse. - Você não vai conseguir, ele é muito forte.

- Ele quem, Emmy?

Ela olhava em direção para as minhas costas e eu me levantei desistindo de desamarrar os nós. Sabia que alguém estava me observando a algum tempo, quando virei devagar, fazendo revelador uma máscara preta que escondia apenas metade da face do individuo.

- Jack... - Eu disse pausadamente.

- Me sinta. - Ele disse.

Ele deu um pontapé na minha barriga que voei pra trás batendo na cadeira da Emmy, a fazendo cair. Levantei-me tossindo e sem ar. Quando ele chegou perto de mim e pisou nas minhas costas, me prendendo contra o chão.

- Eu vou te queimar viva. Kyle! Quando eu tiver tempo. Enquanto isso, quero assistir você sofrer de longe.

Ele pegou uma seringa no bolso e tirou a tampa. Eu estava tentando sair de baixo de seu pé, mas estava falhando. Pegou pelos meus cabelos, me fazendo gritar e injetou uma substância em meu pescoço.

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