O nojento beijo.

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Somos mais forte do que imaginamos e nossa força vem de dentro de cada um de nós.

Era Lorenzo, ele mesmo. Do meu lado, tirou meus fones com toda a força dos meus ouvidos. Com uma força brutal, me pegou pelos braços e me jogou na parede com toda a força. Meus olhos se fecharam no exato momento que o meu corpo se chocou contra a parede, foi muito forte. Ele me pegou pelos ombros e me pressionou.

- Eu já disse pra você parar de ficar me olhando, você não tem medo de mim mesmo, né. Já não basta o "recadinho" que eu te dei ontem.

Enquanto ele falava comigo meus olhos estavam marejados de lágrimas pela dor que eu estava sentindo, minha expressão estava total horrorizada.

- não sou homem de falar duas vezes, o próximo recadinho vai ser muito pior pra você.

- mas eu não sei do que está falando, Lorenzo.

Ele tirou uma das mãos do meu braço e apertou forte o meu rosto.

- Não se faz de lerdo pra cima de mim não, seu viadinho de merda.

Ele cuspia as palavras em cima de mim.

- Você ainda continua com seus olhares pra cima de mim.

- Desculpa, eu não tinha noção do que estava fazendo, eu tô muito dolorido, desde a sua tentativa de me matar ontem.

- hahaha, você acha mesmo que aquilo foi tentativa pra te matar? Você é um viado sem noção mesmo.

- se aquilo não foi tentativa pra me matar foi o que então?

- foi apenas um alerta pra você!

Ele olhava dentro dos meus olhos enquanto apertava o meu rosto com toda a força.

- Por favor, você pode me largar, Lorenzo? tá doendo muito...

Minha cara pra ele foi de súplica. Eu não aguentava mais essa situação.

Ele pegou sua mão e tirou do meu rosto, chegou perto do meu rosto e disse no meu ouvido

- cuidado comigo, você não sabe do que eu sou capaz de fazer com quem fica no meu caminho. Você não me conhece mesmo.

Cada palavra saía como um sussurro no meu ouvido, seu hálito quente no minha orelha me fez fechar os olhos e a única coisa que eu fiz foi só sentir ele próximo a mim. Eu sei que aquilo que ele tinha acabado de dizer tinha sido uma ameaça, uma ameaça à mim, eu só podia estar louco. Essa era a hora exata pra eu me cagar de medo, ali mesmo na frente dele. Só que ao contrário disso, eu me entreguei aos sussurros que saiam dele.

Ele se afastou, me largou por completo e simplesmente virou as costas, nem esperou se quer alguma resposta minha.

Peguei meu material, arrumei e desci pro intervalo. Mais uma vez a Gabi dizia que eu estava estranho, chegou a dizer que eu estava pálido e eu sempre disfarçava, inventava alguma desculpa.

O intervalo tinha acabado, e assim que eu estava subindo pra sala de aula com a Gabi ela me cutuca e fala

- Olha ali, Lorenzo e Raquel.

Me tremi e não quis nem olhar, mas impossível eu não ter olhado.

No exato momento que eu olhei pra eles, os dois, Lorenzo e Raquel me olharam de volta, Raquel com um sorrisinho de deboche e Lorenzo com um sorriso de matador, ele a pegou pelo pescoço e carinhosamente a beijou e depois o beijo ficou bruto, aquela coisa gostosa, um beijo digno dos brutos marrentos, coisa que eu adoro.

Eu não quis mais ver a cena, peguei a Gabi pelo braço e rapidamente subi com ela pra sala, ela não entendeu nada o porquê de eu ter feito isso.

Sim, eu tinha ficado mexido com o beijo deles. Sim, eu não os tinha visto se beijando ainda e sim, tô pedindo pra morrer por estar gamado nesse filho da puta.

A aula prosseguiu normalmente a manhã inteira, eu não me atreveria mais a ficar olhando pro Lorenzo mesmo sendo muito difícil pra mim, mas estou cansado, estou com dores até agora, não queria piorar a minha situação.

Encantado.Onde histórias criam vida. Descubra agora