Capítulo 8 - Tortura

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Acordei após algumas horas e pude sentir meu corpo extremamente pesado. Com muita luta consegui abrir meus olhos e pude ver que eu estava presa.
Meus pés e mãos estavam acorrentados com grossas correntes e eu estava apenas usando um top e um short de lycra. O cômodo em que eu estava era úmido e escuro. Havia apenas uma pequena tocha ao lado da porta de ferro que não iluminava todo o espaço. Pelo visto havia apenas eu ali.
Sem móveis. Sem nada.

Eu comecei a sentir meu corpo inteiro formigar, meu coração acelerar rapidamente e minha respiração começou a ficar mais acelerada. Comecei a suar muito.

O que fizeram comigo?

Não demorou muito e alguém adentrou aquela pequena sala imunda.

Parecia ser um médico. Ele nada disse, apenas se abaixou na minha altura e usou uma larterninha para analisar meus olhos e checou meus batimentos cardíacos.

- Parece que já começou. - disse mais para si mesmo do que para mim.

- O que... o que começou? O que está acontecendo comigo? - perguntei com dificuldade, mas ele não respondeu. Apenas me olhou como se eu fosse algum tipo de monstro, se levantou e saiu pela porta.

Não demorou muito e outras pessoas entraram. Homens. Com muitas facas e chicotes. Alguns pedaços de ferro também.
Senti um frio percorrer a minha espinha.

Eles vão me matar?

O que eu fiz para merecer isso?

Eu nunca vi essas pessoas na vida.

Um dos homens se aproximou de mim segurando uma barra de ferro.

- Não nos entenda mal. - falou e em seguida olhou para a barra de ferro em sua mão. - É para o bem da humanidade.

Assim que ele terminou de dizer essas palavras desferiu um golpe forte com a barra de ferro no meu rosto.
A dor foi muito intensa. Eu cuspi um pouco de sangue. Mas não tive tempo nem de deixar um grito escapar.
O outro também começou a me bater nas costas e braços. Eu não tinha forças para revidar ou pelo menos me encolher um pouco.
Eles continuaram por alguns minutos que não pude contar.
Depois eles pararam apenas para trocar as barras de ferro por facas e alguns objetos afiados.

Eu estava jogada no chão com o rosto todo machucado e sangrando em algumas partes.
Meu corpo inteiro doía. Eu não conseguia mais ouvir com meu ouvido direito.
Vi um deles se aproximar e me puxar pelos cabelos fazendo-me ficar sentada. Deixei apenas um gemido de dor e ódio escapar.

- Você está aguentando muito bem até aqui. - disse o homem com um nojento sorriso no rosto.

Juntei todas as forças que eu tinha e cuspi na cara dele.

- Vai... pro inferno.

Talvez eu não devesse ter dito isso. O que aconteceu depois foi muito pior do que o anterior.
Não consegui lembrar tudo o que aconteceu comigo naquele momento. Mas acordei horas depois com meu corpo todo mutilado. A situação era horrível. Eu não podia me mexer.
Cada centímetro do meu corpo doía e sangrava muito. Minha visão estava embaçada provavelmente com o sangue que escorria da minha testa.

Eu perdi muito sangue. Provavelmente vou morrer logo.

Foi o que pensei.

Estranhamente, após algumas horas eu senti meu corpo muito quente. Uma pequena fumaça começou a sair das feridas abertas no meu corpo e eu senti a dor passando mesmo que aos poucos.

Cerca de duas ou três horas depois todas os cortes profundos estavam cicatrizados. Como se nunca estivessem lá.

Eu estou sonhando?

Caos | Levi AckermanOnde histórias criam vida. Descubra agora