Capítulo 17 - Caramelos

1.4K 181 86
                                    

Todos desceram para o jantar, enquanto eu fiquei no quarto.
Tudo o que eu passei nos últimos dias não saía da minha cabeça, fazendo eu ter fortes dores e tontura.
Meu peito doía e o coração acelerava com o pavor e o medo que eu senti enquanto estava presa.
Mesmo enquanto estava desacordada, as cenas se repetiam na minha mente.

Foi estranho quando acordei.

Eu estava de volta ao castelo e havia apenas Petra no quarto. Ela parecia estar arrumando alguma coisa.

Pensei que talvez eu estivesse sonhando. Mas eu realmente estava de volta.

Não lembro como saí de lá ou quando. Quem me salvou? Era uma incógnita, até todos me contarem em meio a gritos e olhares preocupados. Eu ainda estava confusa. Os outros não pareciam saber muito sobre o que tinha acontecido. Só que o capitão Levi junto com a tenente Hange foram à minha procura e me trouxeram de volta. Toda machucada.

Olhando para meu corpo agora, não havia um arranhão sequer. Mas eu sabia o que isso significava.

Não foi um sonho. Tudo aquilo foi real.

Eu realmente tenho habilidade de cura?

É o que parece.

Se isso é uma coisa boa, ainda não sei.

A tenente Hange junto com médicos e membros de seu esquadrão estão estudando meu caso. Tudo o que posso fazer é esperar e cooperar.

Sentei na cama e respirei fundo com os olhos fechados.
O capitão Levi cuidou de mim desde que eu cheguei. Pelo que fiquei sabendo, ele estava dormindo no escritório enquanto eu estava em seu quarto.

Por que ele é tão bom comigo?

Por que ele cuida tão bem de mim?

Porque eu sou de seu esquadrão?

Mesmo após pensar por tanto tempo fui incapaz de entender.

Nos conhecemos há poucas semanas e eu já chorei em seus braços e fui salva de um sequestro e tortura.

Enterrei a cabeça nas mãos e fiquei pensando por vários minutos. Até alguém bater na porta.

- Elena, não vem comer? - era Nick. - Estou entrando. - disse e abriu a porta. Caminhou até mim com um olhar preocupado.

- Eu já vou descer, não se preocupe. - falei antes que ele perguntasse algo. Como se adiantasse.

- Você está bem? Está se sentindo mal? Quer que eu chame um médico?

- Não é necessário. Só estou com dor de cabeça. Não é grande coisa - falei o acalmando.

- Mesmo assim. Eu vou buscar um remédio pra você. Venha, vamos descer. - disse ele e me pegou pela mão. Fui arrastada até a cozinha.

Assim que entrei, meus olhos cruzaram com os os do capitão por um instante. Ele parecia apreensivo.
Nick me guiou até um armário perto da pia e pegou algum remédio. Me deu a pílula e um copo de água.

- Tome. Vai melhorar. - disse e assim eu o fiz. Quando terminei ele deu batidinhas na minha cabeça, como uma criança.

- Não era nada. Mas obrigada. - falei dando um meio sorriso. Logo fui em direção à mesa onde todos estavam nos encarando.

- Acho que vai dar namoro! - disse alguém e todos riram em seguida. Alguns concordando outros apenas balançando a cabeça em negação. Revirei os olhos.

- Não há chance. Nick e eu somos como irmãos. - falei pegando um prato.

- Que pena. Soldado abatido. - disse Jean. Logo em seguida fez uma continência.

Caos | Levi AckermanOnde histórias criam vida. Descubra agora