Caos | Levi Ackerman

Capítulo 29 - Memórias

Eu estava em um lugar fechado e frio com paredes de concreto e bem à minha frente um grande espelho.

Não conseguia mover meus braços e pernas e parecia estar amarrada em alguma cadeira.

Sentia como se eu estivesse sonhando e de repente minha mente clareia e eu tento me soltar.

- Ah, vejo que já está acordada!  – ouço a voz estranha de uma mulher jovem.

- Como está se sentindo hoje, Sophia? – dessa vez a voz é de um senhor de idade.

Eu olho ao redor, mas não consigo ver de onde eles estão falando.

Há caixas pretas e pequenas no canto da parede e as vozes parecem vir de lá.

- Acho que você não está tão bem assim. – o homem continua falando.

Mas quem é Sophia?

Olho meu reflexo no espelho e vejo que não sou eu ali, mas sim outra pessoa.

Uma mulher bem parecida comigo.

P

oderiam até dizer que somos irmãs, porém, seu semblante era cansado e ela possuía muitas feridas pelo corpo.

Feridas?

Olho para meus próprios braços mas não vejo nada.

De repente a mulher no espelho responde.

- Onde ele está? O que você fez com Isaac? - ela tinha lágrimas em seus olhos e uma fúria que me fazia gelar apenas de olhar para ela.

- O Ackerman? Bom, talvez eu lhe conte se você responder às minhas perguntas.

De repente uma porta se abre à minha esquerda e um homem velho de jaleco branco e óculos que segurava algum item que eu não reconheci. Ele parecia ler algo no que parecia ser uma prancheta preta, mas não havia papel e uma luz refletia em seus óculos.

- Me diga onde você estava?

***

Abro os olhos em um susto e vejo através da janela que já está prestes a amanhecer. Levi não está mais no escritório e eu estou vestindo uma blusa um pouco maior que a minha e minha roupa de baixo.

Ele deve ter me vestido.

A última lembrança que tenho é de cair no sono com Levi e de repente aquele sonho estranho, que por algum motivo não parecia bem um sonho.

Minha cabeça dói e eu resolvo me arrumar para preparar o café.

Visto minhas roupas devidamente e saio do escritório.

Assim que passo pela porta dou de cara com a dupla mais fofoqueira da tropa.

– Bom dia. Por que está no escritório tão cedo? – me pergunta Connie.