Cinza de novo.

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Demorei pouquinho, mas estou de volta! Espero que gostem.
Capítulo ta sem correção, então ignorem e me desculpem pelos erros.
Foi cap bem chatinho e curto, mas ele é necessário.

Dayane de Lima.

A pior sensação do mundo: Estar parada em uma cidade que nunca para. É, você sentir os pelinhos se arrepiarem pelo frio e não ter uma cama quentinha para deitar. É você olhar para os lados e não ter uma opção, não ter uma de "vou ir na casa de tal pessoa". É horrível se sentir inútil em um lugar que você não conhece nadinha.
Engoli seco, sentando na beira de calçada após andar mais de 10 quadras e suspirar. Essa era a famosa rejeição que eu nunca iria aprender a lidar.

- VOCÊ É UMA VERGONHA, TENHO NOJO DE VOCÊ! -Os gritos, a respiração ofegante enquanto tentava me arrastar pelo chão e não desviava dos chutes. -QUER CHUPAR UMA BUCETA É? QUER SOCAR OS DEDOS EM UMA MULHER? -Mais um chute forte.

-Nada que você não faça -Tossi e levei outro chute na barriga

-VOU QUEBRAR SEUS DEDOS E QUERO VER COMO VOCÊ VAI DAR PRAZER A SUA MULHER! VOU TE ENSINAR QUE MULHER NASCEU PRA SER SUBMISSA DE HOMEM! -Meu pai era escroto o suficiente.

-Eu não sou a mamãe...-Sussurrei e ele deu risada

-Uma pena, porque está destinada a ser. -Voltou a me pegar pelos cabelos -Quero que vá tomar um banho e vista um vestidinho bem curtinho, está ouvindo? Vou colocar essas suas roupas de macho no lixo! -Me jogou pra dentro do banheiro.

Nada daquilo me importava, nem os machucados, o sangue ou a dor. Eu fiz a maior força para tomar um banho e assim que terminei, fui até meu quarto e observei os vestidos.

-Essa não sou eu. -Eu me respeito e não vou fazer isso comigo. Vesti mais uma de minhas roupas bem "sapatão" e juntei minhas coisas. Fui embora do meu quarto até a cozinha, onde meu pai estava sentado enquanto minha mãe o servia.

-Colocou...mas que porra é essa? -Largou o jornal irritado na mesa, me olhando -Uma surra não foi o suficiente? Essa merda de internet ta mexendo com a cabeça desses pirralhos!

-Essa sou eu. Não me aceita? Tudo bem, não me importo. Eu vou ir embora. -Falei e ele deu risada

-Você não tem nem onde cair morta! Anda, coloque um vestido ou cortarei sua mesada -Engoli seco, olhando para minha mãe.

-Não tem nada a dizer?

A olhei profundamente dentro dos olhos, vendo o vazio imenso que tinha.

-Acho que você...-Olhou para meu pai e voltou a me olhar -deveria colocar um vestido -Concordei, mordendo os lábios.

-Eu estou indo. -Fui passar por eles e minha mãe tocou meu ombro.

-Não faça ceninha e vá para seu quarto. Assim que seu pai terminar a refeição, te chamo -Virei o rosto.

-Está de brincadeira com minha cara né? -Uma fúria me dominando -Ele acabou de me espancar e não sou mais criança! Você só ficou olhando e não fez nada. Se você o deixou montar em cima de você e hoje ele te manda, que legal, mas eu não vou ser uma cópia sua. Homem nenhum vai mandar em mim, vou ser independente pra não ser infeliz o resto da vida! -Rangi os dentes, os olhos marejados

-Vamos ver quanto tempo vai durar -Meu pai debochou

-É, você vai me ver ganhando muita grana por aí. -Eu estava com muito ódio.

-Não tem nada pra dizer pra ela, Selma? -Minha mãe desviou o olhar e encarou o chão.

-Tenho vergonha de você. -E vendo que mais uma vez ela não iria se impor, eu a empurrei com meu ombro e fui correndo até a porta. Tudo dentro de mim gritava, meus olhos se banhavam por lágrimas e eu desabei em meio a rua.

 (não) conquistando a pessoa certa -Dayrol (G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora