Adeus, Caroline.

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Capítulo ta sem correção.
Preparem o coração de vocês e não me matem!
Obrigada pelos comentários 💘

Dayane de Lima.

Eu e Caroline acabamos. Na hora da raiva eu não me importei, mas foi só encher a cara e dormir, que quando acordei, senti tudo.

EU E CAROLINE
NÓS DUAS
NÓS QUE PROMETEMOS O INFINITO
TERMINAMOS.
VOCÊS CONSEGUEM ENTENDER?
COMO FODEMOS O MAIOR AMOR DO MUNDO, JÃO?
BEM, EU QUERIA MUITO SABER TAMBÉM.

Chamadas perdidas, mensagens não respondidas e lá estava uma Dayane sentada no chão, encarando o nada.

-Já chega disso, Dayane. -Victor me fez fechar os olhos.

-Eu não queria que acabasse assim -Sussurei e escutei seu suspiro.

-Eu sei que não. -Escutei seus passos se aproximando -Quando terminei meu último relacionamento, senti o peito realmente apertar, sentir o coração se quebrar. Eu senti essa dor, fui encher a cara, mandei áudios chorando, implorei para ela voltar comigo em posts no insta e ela só me ignorava, já tinha me esquecido e eu sofrendo feito um condenado. Aí num certo dia, esbarrei com ela na rua e tinha um cara junto. Eles estavam de mãos dadas e eu surtei, quebrei o cara na porrada. Foi aí que eu senti que perdi ela de vez. -Falou mais baixo e eu abri os olhos para o encarar.

-Por que você sentiu?

-Porque eu vi como ela me olhou. -Engoliu seco -Tinha tanta mágoa e decepção naquele olhar, que eu paralisei no lugar e ela sempre soube que não precisava falar nada.

-E o que você fez?

-Parece meio ridículo, mas eu deixei pra lá. -O olhei confusa

-Deixou pra lá? -Concordou

-Depois daquele dia, eu caminhei pela cidade inteira, sozinho, chorando muito e pensando em tudo. Tínhamos prometido o infinito, estávamos escrevendo a história mais linda do universo e tudo acabou em questões de segundos. Eu senti muito, muito mesmo, mas ela não queria e não valia a pena só eu tentar. Tínhamos construído um castelinho juntos, peça por peça e com uma pancada, ele se desmanchou uns 99% e eu idiota, pensei que o 1% salvaria. Não salvou e nunca iria salvar, ainda mais se só eu tentasse. -Mordi o lábio

-E como lidou com a dor? -Bebeu um gole do café que tinha em mãos e tragou o cigarro.

-Eu decidi colocar a dor como uma amiga. -Não deixei de rir -É sério, virei um grande parceiro da dor e da solidão. Percebi que elas não eram ruins e sim necessárias. Foi entendendo o motivo delas existirem, debatendo embriagado, que eu aprendi a lidar com elas e com os ciclos. Ciclos se fecham? Sim. É impossível não ficar triste? Claro que é, mas não é impossível se conformar com o fim. Eu hoje entendo que se algo acaba, algum motivo tem. -Concordei

-E como você sabe que realmente tem um motivo? -Deu de ombros

-Eu estou bem comigo mesmo e isso é o suficiente. Antes eu me machucava por conta das pessoas e hoje eu me cuido. Isso pra mim é um puta de um motivo -Tragou mais uma vez, se levantando - E a tua mina, ela não quis tentar. Quando queremos algo, não tem mãe ou a puta que pariu que segure. Isso é uma decepção para seus pais? É, óbvio que é, mas é uma coisa que vocês tem uma a outra para passarem juntas. Não dá pra agradar todo mundo pra sempre e se sentir um merda por não viver como quer. -Suspirou -Levanta daí e vai ser feliz, garota. Se você for voltar para Boston, eu vou com você. -O olhei

-Depois de me dar conselho, já quer ir conhecer minha família? -Ele concordou

-Claro, quero ver quem fez esse xuxuzinho aí -Mexeu as sobrancelhas e eu ri.

 (não) conquistando a pessoa certa -Dayrol (G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora