Chegando em Los Angeles

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05/10/2021
Terça-feira - 08:08

Pov. Beca

  Sempre sonhei com a vida, mas algo me impedia de viver...
  Vi a placa de Hollywood e senti meu coração acelerar no peito, de uma forma boa. Eu fiz a escolha certa, e estou bem certa disso. Los Angeles sempre foi o meu projeto de vida.
Não conseguia acreditar no que estava fazendo. Quero dizer, ser firme com meus pais, mostrar para eles que ser produtora musical é uma carreira, não um robim; buscar independência, chutar o balde e seguir meus sonhos. Eu... não acredito que finalmente tomei essa atitude, claro, uns 5 anos atrasada, mas cara... tudo bem. O importante é estar aqui. O importante é o que vem agora; uma vida totalmente nova. E não é como se eu estivesse planejando isso durante um bom tempo, porque resolvi tudo em um mês. Uma ligação rápida para Emilly, dizendo: "Cara, chutei o balde. Eu estou indo para L.A!!!". Outra ligação, dessa vez para Amy Gorda, dizendo: "Amiga, eu estou indo para L.A. e preciso de um lugar para ficar. Posso ficar com você?". Depois disso, peguei minhas economias, sem aceitar um centavo dos meus pais, e dei entrada em um novo estúdio no centro de Los Angeles.
  Fiquei indecisa quando Amy e Emilly discutiram sobre com quem eu iria morar, até convencê‐las a morarmos as três juntas. Mandei o meu chefe pro inferno, e no mesmo dia fiz o mesmo com meu namorado. E pronto, está ali, ouvindo Miley Cyrus chegando em Los Angeles, imaginando como tudo iria ser agora. Fácil? Tinha certeza que não, mais com certeza seria melhor.
  Um sorriso ansioso se fez em meus lábios sem que eu pudesse controlar. O avião aterrissa na pista e eu mal podia esperar para sair dele.

* * *

  Entrei no aeroporto com um pouco de dificuldade por conta das malas.
  Não eram muitas, mas para um ser de 1,57 cm e 48kg, tudo é pesado!
  Observei algumas pessoas reencontrando outras pessoas, mais a frente, outras pessoas com aquelas 'plaquinhas' desnecessárias com um nome qualquer esperando alguém chegar.
  Cessei meus passos para ajeitar minha bagagem.
  Estava realmente pesada.
  Observei melhor o ambiente e...é tudo aqui é bonito. Com esse charme alternativo no estilo, que eu posso dizer que amo.Percebi que a uma música tocando no ambiente e tirei meus fones para ouvir melhor.
  Dance monkey de tones and I.
  Olhei de um lado para o outro, tentando encontrar Amy ou Emilly sem aquelas plaquinhas ridículas, como se não fôssemos nós conhecer ao primeiro olhar e... cara, ela estava lá.

  Emilly balançando uma plaquinha com o meu nome – BECAAA AQUII... – Ela sorri com uma alegria exagerada – AQUIII!!!! – diz balançando os braços.

  Revirei os olhos e acenei para ela – Eu já te vi cara! – digo surdamente, na esperança que ela leia meus lábios e pare de me chamar feito uma retardada.

  Me aproximei e Emilly me deu um abraço forte, daquele de urso.
É uma marca dela.
– Becaaa! – ela fez as duas coisas que mais odeio em um abraço.
  Primeiro: me balançou de um lado para o outro; Segundo: me levantou do chão! Arr!
– Que bom que chegou!

– É...realmente, agora me solta e me ajuda com essas malas que estão pesadas! – Ela soltou uma risada como se dissesse "A Beca rabugenta de sempre". Não que eu seja rabugenta, mas ela adora me chama assim.
   Ela e todo mundo que eu conheço.
  Eu nunca fui muito fã de abraço e sentimentalismo, mas admito que senti falta disso. A relação com Emilly sempre me proporcionou muito carinho, liberdade e harmonia.

  Ela se afastou um pouco e eu pude observá-la melhor. Diferente dos seus looks nerds e 'menininha', no qual eu estava acostumada, Emilly estava com um estilo mais moderno, mais mulher, algo que lhe caiu bem.
  Eu a encarei sorrindo de canto. Ela pegou a alça da mochila em meus ombros - Me dê isso. Como você está, Beca?

Secret Love Song - Bechloe Onde histórias criam vida. Descubra agora