Fim de Semana part. II

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"...Eu estou tão acostumada a perder as pessoas, mas por Deus, Chloe, não quero perder você..."

Pov. Autora

   Aquela manhã o Sol nasceu com um brilho diferente...
   Beca o observou adentrar o quarto aos poucos, passando por através das cortinas, fazendo uma leve sombra nos móveis próximo a sacada. Os pássaros começaram a cantarolar, um som tranquilo que se misturava aos sons emitidos pelas ondas no mar.
   Um suspiro pesado sai dos lábios de Beca, enquanto suas mãos esfregam seus olhos levemente fundos, com marcas que denunciava seu cansaço.
   Ela não conseguiu durmir durante a noite. Rolou para um lado e para o outro, tentou ouvir alguma música e esvaziar a mente, e nada, tudo que sua cabeça repetia, repetia e repetia novamente, era o diálogo da noite passada.
   A voz, o sentimento, o emocional abalado e a profunda culpa, reprisavam-se em sua mente, e a ansiedade tomou conta de seu... coraçãozinho duro.
   Câncer, Rita tem Câncer... e agora Beca entendia melhor a mudança de seus pais, a aproximação diferente entre eles e a aceitação repentina sobre sua carreira.
   Esse informação causou uma grande confusão em seus sentimentos, e despertou como um todo seus medos reprimidos.  Ela perderia a mãe? Justo agora quando tudo parece perfeito...
Seu emocional ficou completamente abalado pela notícia que recebeu e agora, Beca não tinha certeza de nada.
   

**Toc, Toc**

  Beca observa a porta um tanto irritada.
  Emilly e Rita haviam entrado em seu quarto mais cedo, propondo mais um passeio por Miami depois do café, desta vez com os dois anfitriões, porém Beca disse não estar disposta, nem mesmo para descer e tomar café com todos — e ela realmente não estava — mesmo com a mãe e a prima insistindo para ir, a pequena foi firme e até mesmo grossa e rabugenta.
   Será que elas iriam insistir ainda mas?
   Beca se levanta nervosa, e em passos pesados e rápido caminha até a porta, com uma raiva considerável crescente. Aquela raiva irracional humana, que faz com que nos arrependemos de nossos atos estúpidos logo em seguida.
   A mesma segura a maçaneta sentindo sua agressividade a flor da pele, e racionalmente trava, respirando e inspirando fundo, tentando jogar fora aquele sentimento pesado e ruim, que não deveria ser passado a mas ninguém.

Do outro lado da porta... Chloe permanece parada, ansiosa a espera de Beca.
    Na noite passada, Chloe manteve seus olhos sobre Beca o tempo todo, até o momento que Rita puxou a pequena para a tal conversa. Apesar de Chloe imaginar ser algo sério, seus pensamentos não chegaram nem perto do que realmente se trata, embora a preocupação da ruiva era significativa, e se tornou ainda mas quando Beca não a procurou em seu quarto como combinado. Ela tentou mandar mensagem e até bateu na porta de Beca, mas nada, ela não abriu. Com isso Chloe se manteve em seu lugar, ela... não dormiu muito bem, pois sentia dentro de si que havia algo errado, sentia que aquela doce e pacífica harmonia que as rodeavam estava sendo ameaçada, de algum modo.
    Quando o amanhã chegou e ela soube que Beca não queria sair de seu quarto, e muito menos sair de casa sua preocupação se alarmou. Na verdade não só a dela como a de todas as outras, que estranharam completamente essa atitude vinda de Beca.
    Chloe apenas subiu as escadas apressada e bateu na porta de Beca, segurando a ansiedade em seu peito, preparada para agir de forma leve e descontraída, como sempre fazia para lidar com aquele serzinho complicado.

   Beca abre a porta e se surpreende – Chlo...

– Bom dia meu amor! – Disse Chloe, avançando sobre Beca, em um abraço apertado.
   Apesar do jeito tranquilo, Beca sente o coração acelerado de Chloe. Ela aperta a ruiva, afundando em seu peito deixando sua melancólia se esvair. A ruiva percebe as lágrimas de Beca, levando sua mão até a cabeça da pequena - Ein, o que foi?... Bec? - ela levanta o rosto da mais nova, vendo o rosto cotado e molhado da mesma.

Secret Love Song - Bechloe Onde histórias criam vida. Descubra agora