Jogo Perigoso | Vondy

11 ••• verdades e consequências... 🔥

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DULCE MARIA

Acordei um pouco tarde, Christopher já não estava na cama. Me sentei e amarrei os cabelos. Fui ao banheiro, fiz minha higiene e fui abrir a porta. Droga, eu estava trancada novamente. Ele não fazia isso desde que voltei, provavelmente foi a conversa de ontem. Comecei a fazer barulhos e foi Maite quem apareceu.

— Dulce... não sabia que estava trancada. — ela diz abrindo.

— E onde estava a chave? — pergunto.

— na sala, demorei séculos pra achar por isso demorei a abrir.

— ele não muda mesmo. — suspiro.

— vocês brigaram de novo?

— que? Não eu não brigo com ele, só digo verdades e ele se incomoda, aliás, ele está estranho e foi sobre isso que comentei.

— mas você também está... não só ele... — ela me encara.

— eu? Como assim? — faço careta.

— sim senhorita. Olha, depois falamos disso. Mas eu descobri algo que você queria muito saber...

— sério? O que? — arregalo os olhos.

— se lembra daquela história de escola?

— claro... ontem mesmo eu falei com ele sobre. — digo. — Você descobriu algo?

— sim e não... eu fui arrumar o escritório dele e acabei achando uma foto, estava escrito Raton, do lado dele. Deve ser algum apelido ou sei lá. Olha, de repente você se lembra dele. — ela me entrega o celular com a foto, e começo a me lembrar.

— espera... eu... eu tô lembrando, ele, ele realmente estudou comigo... meu Deus como não pude perceber? — fico assustada.

— ei, sabemos que ele mudou muito sim, mas não precisa ficar tão assustada...

— Mai... ele, o Christopher, era um garoto muito introvertido, todos tiravam sarro dele. Eu não era exatamente da mesma turma. Mas todos comentavam dele. Eu não sabia seu nome, mas sabia que ele tinha esse apelido de Raton, que diziam que era rato em espanhol porque os boatos que circulavam era de que sua mãe era mexicana, e o chamava assim, e virou chacota.

— sério? Mas... ele parecia mesmo um ratinho, era bem magrinho e branquelo — ela ri.

— então... mas não é por isso que ele me persegue.— lhe encaro.

— então é pelo que? — ela fica seria.

— uma vez, eu participei de um jogo de verdade ou consequência, e como o Christopher era muito zoado, me desafiaram a me aproximar dele e chamá-lo pra sair.

— sério??? E vocês saíram?

— não... mas ele ficou todo bobo, eu acho que tínhamos uns 13 ou 14 anos... ficava no meu pé, eu até dava papo, mas o dia do encontro o deixei plantado.