Jogo Perigoso | Vondy

18 ••• desejos incontroláveis!

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DULCE MARIA

Voltei para perto de Christopher e disse a ele que estava com fome. Aproveitei para dizer que era para irmos embora, ele estava bebendo um pouco, mas concordou. Achei que fôssemos pedir comida, mas ele me disse que havia um restaurante nos esperando.

(...)

— sério isso? Mas são onze da noite?! — eu pergunto entrando no carro.

— claro, eu tenho digamos que uma reserva lá. — ele diz.

— não achei que iria se preocupar com isso. — lhe olho de lado.

— eu me preocupo com tudo, Dulcinha. Eu queria te levar pra curtir um pouco antes. E dançar também, e eu tinha um assunto com Alfonso. Mas agora podemos comer a vontade.

— não acha que está muito tarde? — lhe encaro.

— não era você que estava com fome? — ele franzi a testa sem entender.

— sim.. — rio — não quer que eu dirija? Eu vi você bebendo um pouco além da conta.

— não, eu tô bem. Relaxa. — ele pisca e alisa minha coxa — hoje eu quero tremer aquela casa com você. — ele me fita

— assim a casa cai em cima do meu pai. — ironizo.

— seu papai não me suporta mesmo... eu devia era fazer juras de amor pra ele, porque olha... difícil viu. — ele aperta o volante.

— Argh.. releva. Ele ainda não entendeu que as coisas mudaram. E ele está operado, sensível. — desvio o olhar

— eu sei. Só que não tenho a sua calma.. — eu concordo e fico calada.

A noite estava agradável. Mas foi inevitável pensar naquela mulher, e também pensar no que ela estava querendo com ele. Ele ficou super nervoso, o que confirmou o que Anahi tinha dito. Eu sabia que era uma noite pra se comemorar, mas eu tinha que saber da tal Muriel.

(...)

Estávamos já no restaurante, pedimos nossa comida e ficamos curtindo a música do ambiente. Christopher me olhava as vezes, percebeu que eu estava mais pensativa, e consequentemente calada.

— o que houve, gracinha? — ele serra os olhos.

— eu quero te perguntar uma coisa. — volto a encara-lo.

— pois pergunte...

— você... conhece aquela morena de onde?

— morena? — ele finge demência.

— a da boate, eu sei que ficamos pouco tempo lá, mas... eu quero e preciso saber, se vocês tiveram alguma coisa. Porque... eu não gostei do modo como ela te olhou. — digo.

— ah.. claro. — ele ri de nervoso — se você fez questão... bom... ela foi só um passatempo. Só ficamos, só isso.