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DULCE MARIA
Christopher se afastou com ela, fechei novamente a porta devagar e voltei a me trocar. Quando sai os dois não estavam na sala, fui conversar com meu pai e fiquei pensando em como estaria sendo a conversa desses dois.
Já havia se passado uma hora, eu decidi ver em que lugar da mansão eles estavam. Eu não os encontrei, e o segurança me disse que haviam saindo. Caramba, como não ouvi o carro? Certamente forem discretos e queriam um momento a sós de mãe e filho.
Voltei pra sala e meu pai foi dormir. Comecei a ficar preocupada com o rumo daquilo, as horas foram se passando e eu acabei ligando para Henrique.
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— Alo, Dulce?
— Oi, sou seu. Espero não ter te acordado.
— não, eu ainda estou de pé, com a minha mina. Aconteceu alguma coisa?
— bom... digamos que a mãe do Christopher esteve aqui, e eles saíram juntos, foram conversar. Mas isso já tem tempo sabe, eu não sei como foi o rumo desse encontro.
— Meu Deus Dulce, como assim? Como ela voltou? Você sabe de algo?
— Argh... eu... eu que a procurei, disse que ele precisava dela e tal.
— como? Você foi atrás dela? Como a descobriu?
— eu achei por acaso o telefone da mãe dele no escritório daqui. E liguei por curiosidade, afinal ele nunca me fala nada, eu queria ajudar, só isso.
— Dulce, menina, você não devia. Quando vai entender que Christopher é diferente?
— olha, eu sei, tá? Ele é meu namorado, não aguento mais ver ele emburrado por nada e torturando pessoas. Sério, eu sei que isso tudo tá influenciando quem ele é.
— mas que droga de amor é esse que você não aceita a pessoa como é e ainda quer tocar na ferida dela?!
— Henrique não seja tolo. Sabe muito bem que o amo, não foi sempre assim, mas agora é, ok?! Pode me dizer onde acha que eles foram?
— eu não faço ideia... mas se essa conversa ja acabou, ele provavelmente já deve tá enchendo a cara!
— aí que droga!!
— e onde ele pode estar?
— Na Lux, com certeza. A boate que ele te levou aquele dia. Mas não aconselho você ir, deve estar bem abalado com o encontro com a mãe. Ainda mais se disser que foi armação sua.
— Eu não ligo, vou tentar concertar isso.
— eu não faria isso.
— pois eu vou. Obrigada e boa noite — desligo.
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Então Christopher poderia estar chorando as mágoas depois de ver a mãe? Logo notei que isso não iria dar certo.
Me troquei rapidamente, assumi um dos carros de luxo dele, e sai. Agora não tinha mais que me preocupar com os seguranças.
Me lembrava bem do caminho à boate, que bom. Mas eu esperava mesmo não vê-lo lá, seria estranho encontrá-lo em um ambiente assim depois que nos entendemos.
Aquilo poderia ser ruim, mas eu precisava concertar. Quase tive que pagar pra entrar, conseguí mentir dizendo que estava com Christopher, e a sorte foi que um dos seguranças me reconheceu. Ele sabia que éramos namorados e graças a Deus não precisei pagar, estava totalmente sem grana. E por me deixar entrar, com certeza é porque Christopher realmente estava lá.
Pelo jeito quando algo não saia como o combinado, era pra lá que ele ia. E acho que isso também ocorreu pelo desentendimento que tivemos no banheiro. Esse lado controlador dele ainda permanece bem vivo, e será difícil de dominar.
Passei pela entrada já o caçando com o olhar. Aquela noite estava bem mais lotada que da última vez que estive lá. Foi difícil encontrá-lo. Tive que seguir até a parte de cima do local, onde havia algumas mesas, e foi onde eu o avistei.
Ele estava com a expressão bem irritada eu diria, entornando um copo de whisky, e encarando a mesa. Por um segundo me senti culpada. Mas isso passou tão rápido que eu nem acreditei.
A tal Muriel apareceu praticamente pendurando em seu pescoço, sentando em seu colo e o beijando com desejo. Espera, era isso mesmo que eu estava vendo? Como ele pode...
Eu ali, arrependida de ter feito uma boa ação, e o cretino estava com aquela vadia do outro dia, já era de se esperar, vindo dele. O Barman passou por mim, levando outro copo de whisky a ele, eu estava tão cega de raiva que sai logo atrás. Quando me aproximei da mesa o beijo foi interrompido com a chegada do barman. A garota se levantou me encarando com ironia e foi tão rápido que eu só fiz.
— Dulce... — ele diz asustado.
Peguei dois copos da bandeja, um em cada mão e em um milésimo de segundo taquei na cara de cada um. A vadia resmungou e saiu xingando. E ele se levantou assustando.
— espera, Dulce, que isso!
— vai se fuder, canalha! — dou as costas e ele agarra meu braço.
— calma, eu posso explicar!!
Continuo caminhando sem olhar pra trás em direção a saída, ele me seguia.
— Dulce, eu não...
— Não o que? Seu cachorro! Eu me entreguei a você, eu quis ser sua, eu... eu aceitei você com todos os defeitos do mundo e ainda sim você continua o mesmo! — começo a chorar.
— ei, eu não estava com ela, eu juro! Ela aproveitou que eu não estava bem e se aproximou, foi isso. Você sabe que eu não fico com ninguém além de você desde então! — ele arregala os olhos.
— não precisa me convencer disso, sério. Eu não faço questão mais... só acho que merecia mais de você... depois de ter até te ajudado com sua mãe, eu temi que o encontro não fosse dos melhores, e vim ver como você estava, tola eu, não é? — seco com raiva uma lágrima que caí.
— então foi você... olha, eu preciso te dizer que foi...
— eu não quero saber, fica aí com a sua cadelinha, que eu tô indo. Tchau.
— Dulce, c*ralho!! Volta aqui.
Ele não me seguiu, claro. Estava tão bebado que poderia até bater o carro. Um dos seguranças o orientou a não sair no carro atrás de mim, pude ouvir.
Eu chorei, feito boba, boba apaixonada e ferida. Eu não queria crer que estava acontecendo algo assim. Só voltei a mansão pra deixar um bilhete a meu pai e pegar a chave da minha casa. Era pra lá que eu ia agora.
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Jogo Perigoso | Vondy
FanfictionCONCLUÍDA || +18 || Graças as grandes dívidas do pai, Dulce Maria foi submetida a um casamento rápido com um agiota. Essa seria a única condição de um acordo amigável. Apesar das consequências, Dulce vive entre amor e ódio nessa relação. "As vezes...