25 ••• Não tente fugir dos problemas!

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DULCE MARIA

Quando passei pela porta da sala, e ajudei meu pai entrar no uber. Olhei para trás e Christopher estava serio me olhando.

— tem certeza disso? — ele estava abalado em me ver ir, percebi.

— não... não tenho. — encaro o chão — mais eu preciso desse tempo. Preciso aprender a lidar com tudo isso. Podemos adiar essa conversa? — lhe encaro.

— tá... mais só espero que não seja injusta comigo, quando na verdade tudo que eu fiz foi amar você, ajudar vocês. E... querer o melhor pra você, pra nós.

— eu sei. Só que... não se trata só disso. Você também me magoou, e é também por isso que eu vou tirar esse tempo. Entende? E fora que viver nessas condições não é pra mim.

— você sabe o que faz então. — ele encara o céu desviando o olhar do meu — eu espero, mas não esperarei muito. — só lhe dou uma última olhada e volto para o carro.

Era doloroso e correto ao mesmo tempo. Eu sabia que estava agindo certo. Os últimos dias foram uma verdadeira loucura. Eu estava morando de favor da casa do meu namorado que insistia em bancar e achava certo isso, achava certo ter domínio das minhas escolhas. E depois de ver o beijo foi a gota d'água, eu literalmente precisava refrescar a memória por mais que eu estivesse sofrendo.

Chegamos e meu pai foi dormir um pouco. Eu fui tomar um banho e fazer o mesmo, eu não tinha psicológico pra conversar, era tudo tão complicado pra mim.

••••

Depois de algumas horas eu acordei. Ouvi meu pai conversando com alguém no celular.

— Ela está bem cabisbaixa, eu não entendi o que aconteceu com vocês. Olha, espero que não a tenha magoado, que tenha sido uma escolha dela voltar, e não a única alternativa. Tá... tá... eu falo pra ela te ligar. Tchau.

— Quem era pai? — pergunto me aproximando, já suspeitei que fosse Christopher.

era ele. — suspira — o que houve? Porque voltamos agora? Era tudo flores e agora nada? Não foi você que me disse que ele mudou e bla bla bla?

Pai...

me diz Dulce, o que aconteceu?!

eu quis dar um tempo. Só isso. Não estava me fazendo bem morar com ele, não era um contrato a ser seguido mais, eu precisava ter meu canto, minha vida, e.... além do mais ele ainda é um agiota né. As vezes eu via ele chegar transtornado com alguém, e sempre ficava me martelando se ele não tinha agredido alguém ou algo do tipo... — encaro o chão.

— Mas filha, eu sempre te disse isso! O que você esperava? Que ele fosse virar um príncipe encantado? Não é porque ele gosta de você que ele vai deixar de ser quem ele é! — meu pai completa e uma lágrima cai dos meus olhos.

pai, por favor! Eu sei de tudo isso, não dificulte pra mim.

se você sempre soube, o que te fez mudar de opinião? — ele me encara

Jogo Perigoso | Vondy Onde histórias criam vida. Descubra agora