13 ••• uma realidade estranha...

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DULCE MARIA

As horas se passaram. Christopher e eu almoçamos com Henrique, ele novamente precisou sair e eu fique lá até a hora de ir ao hospital. O fato de estar me entendendo com Christopher me deixava meio mal, por tudo que aconteceu comigo e meu pai.

Era tudo tão estranho, eu não sabia se estava agindo certo, e saber a verdade vindo da boca dele me deixou mais tranquila, e sim, eu acreditei nele, me passou verdade, e espero não me arrepender disso.

Peguei um uber e fui até o hospital, acho que agora não serei mais presa, depois da conversa franca que eu e ele tivemos. Meu pai estava acordado e comendo, seu semblante era mais saudável me deixou tranquila, e eu fiquei feliz por vê-lo bem.

(...)

— então meu pai está ótimo, que bom. — digo ao médico.

— sim, sim. Acredito que dentro de alguns dias ele deva estar bom para receber alta, só vamos aguardar o período de cicatrização para não correr nenhum risco de infecção.

— que coisa boa. — meu pai diz sorrindo.

— sim, pai... — seguro sua mão.

— então vou deixá-los a sós, e depois a enfermeira recolhe a bandeja do jantar. — o médico diz.

— ok, Dr. obrigada. — respondo e ele sai.

— filha... — ele me chama.

— sim?

— eu senti saudades, ontem você não veio.

— pois é, ontem não deu mesmo. Mas hoje estou aqui. — lembrei que ontem Christopher passou o dia fora e eu praticamente presa.

— como você está? Parece melhor.

— é... eu tô. — digo depois de um suspiro.

— não pense que eu esqueci de terminar aquela conversa sobre o Uckermann, em. — ele me encara

— e o Sr não pense que eu esqueci dos seus perdidos. Pai, eu estou de olho em você. Agora você é obrigado a ficar de repouso, e só assim pra você sossegar.

— Dulce, me diz, o Christopher parou te te incomodar? Você está mesmo com ele? Eu preciso saber o que tá havendo.

— Pai.. Eu não sei dizer. — digo andando de um lado para o outro — Eu voltei pra lá, foi um acordo que fiz com ele, ele ofereceu pagar sua cirurgia em troca da minha reconsideração com o contrato.

— porque fez isso? Não devia..

— pai, o Sr iria continuar sofrendo com essa perna. Não temos dinheiro pra nada, e fora que se eu não cumprisse com o acordo mesmo ele dizendo que estava rompido ele poderia sei lá, nos prejudicar de novo.

— e não acha que já está sendo prejudicada?

— eu fui quando entrei nesse jogo perigoso, não esperava que iria sobrar pra mim. — digo e ele engole seco.

— eu me arrependo todos os dias... — ele diz.

— pois eu espero mesmo que se arrependa, afinal não fui só eu a envolvida.

— eu sei... sinto muito.

— eu já estou me resolvendo com ele, agora as coisas estão mais fáceis.

Jogo Perigoso | Vondy Onde histórias criam vida. Descubra agora