Capitulo 1

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Hoje é o primeiro dia de aulas, no meu último ano de faculdade. Estou tão ansiosa, quanto uma criança que recebe a noticia de que vai passar as férias na Disney.

Tá! Nem tanto, só quero terminar logo os estudos, para trabalhar no que realmente gosto. Acabo de me arrumar, saio de casa e pego táxi... Enquanto o taxista dirigia pelas ruas de Rio de Janeiro a caminho da UERJ (Universidade Estadual de Rio de Janeiro), silêncio no meu interior, sinto a paisagem ao redor, respiro e aquieto minha mente, subitamente meu celular ressoa, obriguei-me a recobrar a consciência, especto o meu relógio que marcava sete da manhã "Musa, já está na faculdade? "recado que me trouxera do meu subconsciente, "Não, mas estou no táxi a caminho," escrevo como correspondência.

Não são todas as vezes que temos um amigo que se preocupa com nosso bem-estar, Michael é exemplo desses bons amigos que tão pouco restam neste planeta terra, meu melhor amigo da faculdade e da vida toda, temos um jeito parecido, mas bem diferente, eu sou bem tímida e ele é cara de pau. Do contrário não seriamos amigos.

Bloqueio o celular, encosto minha cabeça na janela, aprecio a natureza, um bem precioso, a beleza dela nos cala, pois a paz e o amor que vem dela é para todos que tem tranquilidade e amor, e que não a maltrate, vagava nos meus pensamentos e o tempo não passa do jeito nenhum, depois de meses sem pisar na faculdade, olhava para tudo ao meu redor, tinha chegado na faculdade, desço do táxi, pago os honorários do taxista e saio calcorreando pelos corredores da UERJ tentando localizar o paradeiro de Michael, quando nossos olhos se cruzaram e perfaz o percurso vindo até mim.

_ Minha musa! Saudades. _ Disse eufórico

_ Também senti docinho, como é bom poder abraçá-lo novamente.

_ Esta bronzeada e mais Sex. _ Declarou me volvendo.

_ Ayer! Como foi em Caracas? - Indago ansiosa

_ Achei que não tivesse mais esse seu jeito curioso, depois conto, agora vamos entrar antes que agente atrase no primeiro dia de aulas. _ Disse-me arrastando a sala.

_ Eu tenho algo para te falar, que é do teu interesse.

_ O que é? Conta logo. _ Fala ansioso

_ As mulheres são curiosas por natureza, e você faz parte. _ Digo

Ninguém atiça minha curiosidade e depois me deixa no vácuo, nem mesmo ele que habita em meu coração, o viajante do mundo mais uma vez passou as férias em Caracas, a capital da Venezuela, Michael é Homossexual, nos demos bem logo de cara. Sou péssima em fazer amizades, em três anos ele é o único amigo que tenho. Diferentemente de mim, ele faz amizades num estalar de dedos, discorre que sou a melhor e a preferida e me sinto lisonjeada.

_ Vale... _ Michael volteia-me no alto, e não infiro os motivos.

_ Me deixa no soalho. _ Ordeno ofegante.

_ Tudo bem, deixo. _ Estando no soalho respiro fundo e tento entender o alvoroço

_ Agora vai- me contar o que foi isso? _ Pergunto esperando uma resposta convincente.

_ Estamos na mesma sala. _ Comunica jubilado

_ Ah! Que notícia maravilhosa! _ Exclamo entrando na sala.

Passados dois minutos a turma se encontrava numa plena quietude com a entrada da professora Lisete de Biologia.

_ Bom dia alunos. _ Cumprimentou educadamente, como sempre, ela já vem nos dando aula, é uma profissional excelente.

_ Bom dia professora. _ Respondemos conjuntamente

_ Senhorita Martins_ vá levar material na secretaria.

Abomino a formalidade na qual se dirige aos seus alunos

_ Sim. Professora. _ Me levanto e vou levar o bendito material.

Caminhava pelos corredores, em direção a secretaria, quando de repente um desastrado esbarra em mim.

_ Vê se olha por onde anda garoto. _ Conclamo enfurecida.

_ Meças suas palavras, sua insolente. _ Responde aos meus insultos.

_ Insolente é sua mãe. _ Ai! Meu Deus! Foi demais.

_ Não tenho tempo de discutir com pessoas mal-educadas. _ Se manda deixando-me para trás.

Entro na secretaria, pego o material e saio correndo para sala

_ Senhorita Martins, posso saber o por que da demora?

_ Não encontrava professora.

_ Da próxima seja flexível, pode se sentar. _ Fala escrevendo alguma coisa no quadro.

Me sento, e ficou rememorando o desastrado do bocado, condeno-me por isso, mas a professora consegue envolver-me na aula com seu jeito meigo.

A aula já havia sido consumada, o que é bem chato pois que é a melhor professora de todas.

_ Vamos a lanchonete estou esfomeado. _ Disse Michel, me tirando dos meus pensamentos

_ Tá, vamos. _ Falo o abraçando por trás

_ O que os pombinhos vão querer? _ Pergunta a tendente

_ Não é nada disso que está pensando. _ Falo, entendendo o verdadeiro significado da palavra "pombinhos", me apronto em dizer que não somos namorados e Michel me interrompe.

_ Sorvete piaçoca com Nute-la, para os dois. _ Fala Michel me abraçando.

_ Por que não deixou que dissesse a ela que não somos namorados? _ Questiono desconfiada

_ Não tem importância. _ Completou virando as costas para mim.

Nos acomodamos no selim que se encontrava no meio da lanchonete, e sorvemos Sorvete.

_ Agora vai contar me da viagem? _ Pergunto esperançosa.

_ Foi uma viagem espetacular, explorei muito dela... E tem cada homem. E que homem. _ Relata empolgado

_ Me parece que conheceu alguém. _ Menciono vendo a felicidade estampado em seu rosto

_ Sim, ele é um Deus grego. _ Explana buliçoso

_ Falando em Deus Grego, hoje esbarrei num Deus grego.

_ Em que momento, porque estivemos junto o tempo todo, exceto quando saiu para secretaria.

_ Exatamente! Foi nesse tempo. _ Falo envergonhada.

_ Agora explica a demora, como ele é?

_ Ele é requintado, invulgar, e tem tatuagem no pescoço, conclui que tem mais nas outras partes do corpo...

Relatava os factos mas antes mesmos de terminar de falar, Curiosidade em pessoa me interrompe.

_ Mas o quê? _ Pergunta animado

_ Mas o que tem de bonito tem de deseducado.

_ Me apresenta esse deseducado e lhe ensino bons modos. _ Fala maravilhado com a ideia de o conhecer.

_ A faculdade é grande, é bem provável que não o veja novamente. _ Falo triste, cogitando a ideia de não o ver mais.

_ Pelo menos sabe o nome dele?

_ Como vou saber, Michel. _ Parecia desapontado com a resposta, infelizmente não faço ideia de quem seja o desastrado.














Meu professor tatuadoOnde histórias criam vida. Descubra agora