Capítulo 9

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Desperto circunvalada de branco e prontamente reconheço o lugar, me encontrava na sala do hospital, levanto da cadeira onde repousei por uma noite, chego perto do Michael que se encontrava desacordado.

_ Hei, amigo! Quero-te desejar uma óptima recuperação, você ficara bom logo, acredite em mim. Seja forte e continue batalhando. Eu te amo!

Levanto, dou lhe um beijo na testa e caminho em direcção a porta, no entanto antes mesmo de chegar a porta ouço meu nome sendo chamada com uma voz fina.

_ Val. _ Disse Miche tentando se levantar

_ Meu amor! Estou aqui, não faz esforço.

_ Porque estou aqui?!

_ Não lembra de nada? Sofreu um atentado, nos falamos mais logo, preciso ir a faculdade, descansa. _ Digo e beijo na sua mão, saio um pouco aliviada em saber que esta se recuperando

Saio e procuro por minha mãe, para me despedir.

_ Filha bom dia. _ Cumprimenta Flora com um abraço.

_ Bom dia mãe. _ Digo retribuindo o seu abraço.

_ Como esta, Michael!?

_ Parece óptimo mas ainda não tenho notícias do médico.

_ Que bom! Filha, vai ver que logo, logo estarão juntos.

_ Que assim seja, preciso ir, quero-me trocar para ir a faculdade.

_ Se cuida filha. _ Fala minha mãe e entra na sua sala, entro no elevador e caminho até ao estacionamento, dirijo em direcção á casa, olho para meu relógio que marcava 05h:23min, aprontar-me-ei, o tempo ainda estava em meu favor.

Dirijo rápido, e em menos de 15min estava em casa, ainda não tinha trânsito, agora marca 05h:42min.

Abro a garagem, deixo o carro, fecho e saio correndo para meu quarto, jogo a bolsa na cama, tiro roupa, amarro toalha no corpo e amarro outra na cabeça, entro no banheiro, tomo banho e escovo os dentes, ponho minha roupa intima para secar e saio da casa de banho para o quarto, Visto uma calça jeans preta, uma blusa branca e calço sapatos brancos, passo maquiagem simples e pego meu livro, meto na mochila, faço o mesmo com os cadernos, aldravo meu quarto e coloco a chave no primeiro bolso da mochila, e saio rumo á cozinha faço café, tomo e nem me deu vontade de terminar, despejo e coloco a xícara na pia para lavar.

Chamo táxi, seria ousadia dirigir sem carteira de motorista

Saio de casa e já tinha um táxi me esperando, entro nele e sai dirigindo.

_ Aonde a senhorita deseja ir? _ Pergunta o taxista.

_ Me deixa na UERJ, por favor. _ Digo e ele faz um está bem com a cabeça.
Encosto minha cabeça na janela, fico pensando em quem pode querer machucar meu amigo, e não vejo nenhum inimigo aparente. Só tirado dos meus pensamentos com o taxista informando a nossa chegada na faculdade.

_ Chegamos senhorita.

_ Toma. _ Lhe entrego o dinheiro da corrida e entro na faculdade.

A faculdade não é a mesma na ausência de Michael, que faz pilhérias engraçadas adoçando meus dias.

Saio em direcção a sala, e fico no meu recanto, sem menor interesse para diálogo ou algo do tipo.

_ Olha só, não é que a fêmea está sem seu macho. _ Disse Luciana, referindo-se ao Michael.

Ao que parece, esse ano decidiu-me encher o saco, primeiro, o esbarro propositado agora este desagrado.

Permaneço no silêncio, não estou com mínima vontade de discutir hoje, muito menos ser penalizada.

_O gato mordeu sua língua!? _ Pergunta Luciana quando vê que não afronto

_ Não me enche o saco, garrota. _ Digo irritada, tenho problemas de mais para aturar patricinha mal-educada.

_ Se não vai fazer o quê?

_ Hum! Que medo. _ Disse Sophia a amiga, que até aquele momento permanecia em silêncio observando tudo.

_ Não queira descobrir, querida. _ Digo olhando bem feio para ela

_ Há Sophia ouviu isso, estou com medo, muito medo, olha só, até as minhas mãos estão tremendo. _ Debocha e simula uma cara amedrontada.

Para minha salvação entra o professor, me livrando dum imenso problema, porque já ia fustigar o rosto bonitinho da patricinha, quem sabe se com a cara difamada, fica medonha e para de me encher o saco, assim como seria um alívio para humanidade.

Deus que me perdoa, mas era necessário desabafar, a aula decorre bem, uma e outra vez via o olhar ameaçador da Luciana, não me acovardarei diante da metida, sou boa de briga, só não terá graça guerrear na ausência de Miche.

Toca o recreio e não saio, fico na minha lendo.

_ Valentina, cadê Michael? _ Pergunta Rose, uma das colegas.

_ Ele foi agredido na noite de ontem, está no hospital. _ Falo triste.

_ Que horrível, como se sente!? _ Pergunta mas uma vez, e eu não estava com paciência para interrogatório, mas era necessário responder, porque ela parecia preocupada, além do mais, é nossa colega.

_ Melhorando, eu acho. _ Respondo

_ O que acha de contar a turma, assim agente faz uma visita.

_ Será que é uma boa ideia. _ Falo com receio de informar a turma, mas eles tem o direito de saber.

_ Sim, assim que voltarem do intervalo informa.

_ Esta bem.

Minutos após todos os alunos se fizeram presente a sala, levanto e respiro fundo, caminho até afrente e olho para diversos alunos que se encontravam conversando.

_ Colegas, um momento da sua atenção. _ Digo e a turma se põe em silêncio.

_ Desembucha Valentina. _ Disse um colega.

_ Quero informar a turma que o colega Michael esta internado no hospital cruz Vermelha _ Digo e vejo algumas caras de tristeza, outras de indiferença.

Enquanto o professor não entra pego no meu celular, mando mensagem para minha mãe. "_ Mãe, como está Miche?" "_ Filha! Fica despreocupada, ele está em observação agora." "_ Confio na senhora, beijo." "_ Outro." Dialogávamos através de SMS.

Bloqueio o celular, coloco na minha mochila e começa a aula.

Meu professor tatuadoOnde histórias criam vida. Descubra agora