Sou acordada com o celular, tocando e logo levanto e atendo.
_ Alô! Pai como esta?
_ Alô! Filha estou bem, tenho péssimas notícias, estamos falidos.
Meu pai fala do outro lado da linha, e fico sem reação, como assim falidos, não e possível, até ontem agente era o centro das atenções, o que vai ser de mim, das minhas amizades, sempre me coloquei indiferente a pessoas pobres, e ouvir que farei parte dessa classe social me deixa desnorteada.
_ Alô filha, ainda está ai.
_ Sim pai, como é que isso foi acontecer, o senhor não vai me deixar na miséria.
Falo aos berros não é possível,
_ Desculpa filha.
_ Do que adianta pedir desculpas agora, se estamos arruinados, deixa eu falar com mãe.
_Mãe! É verdade o que pai disse, me fala que é mentira.
_ É verdade sim filha.
Desligo o celular, jogo no canto da casa e fico pensando o que vai ser de mim daqui em diante, sempre fui uma criança cercada de muito dinheiro, nunca me faltou nada, ou faltou o amor dos meus pais, sempre trabalharam fora dos pais, sou a mais velha, tenho um irmão mais novo, que vive com eles, em paris.
Não entrava na minha cabeça que eu fosse pobre, não mesmo.
Levanto da cama, tomo banho visto meu par de roupas importado com detalhe único, que quase ninguém na faculdade tem, ponho perfume importado, tudo que eu tenho e importado de vários países do mundo, outras eu mesma comprei, quando passei férias em Londres.
Pego na bolsa e saio para fora e encontro meu motorista a minha espera, entro no carro e Alex sai dirigindo para UERJ, e procuro saber dele se já recebeu a notícia ou não.
_ Já recebeu a notícia da nossa falência_ Pergunto ao Alex
_ Sim senhora, inclusive seus pais já dispensaram meus serviços. _ Responde, e fico perguntando o que esta fazendo aqui.
_ E porque ainda está aqui, trabalhando para mim. _ Pergunto.
_ Sempre trabalhei nesta casa, não só por dinheiro, mas também por amor a sua família, e seu pai deu instruções para hipotecar a casa, mas eu mesmo mim encarreguei de comprar- lo, a senhora pode ficar nela a vontade. _ Depois dessa confissão fico sem saber o que responder, não era possível que uma pessoa tenha um bom coração, que boa lição a vida esta mim dando.
_ Obrigada, Alex, por salvar nossa casa e meu prestígio.
_ De nada senhora. _ Disse e não consigo acreditar como a vida da uma revira volta, ele me deixa na calçada da escola, mas antes vi Valentina descendo do carro de Arthur, meu professor de estatística, que estou apaixonada por ele, eu não ia deixar aquela sem graça, ficar com ele, acho que não entendeu o recado de quando fui ao local de trabalho dela onde trabalha como garçonete.
Saio do carro decidida acabar com a felicidade daquela sinhá, entro na faculdade e encontro Sophia minha melhor amiga.
_ Sophia, como está amiga? _ Pergunto a ela
_ Luci, estou bem, mas parece que quem não está bem é você. _ Fala e Luci é o nome que ela carinhosamente me chama.
_ Impressão sua amiga, estou ótima. _ Falo. Não diria a minha amiga, que estamos falidos, ia ficar pensando que meu reinado não servi de nada.
_ Já que você diz. _ Fala ela.
_ É a pura verdade...
Saímos para sala de aulas, a aula começou, mas antes de começar ouvi valentina dizendo ao Michael que tem uma novidade, eu não gosto nada desse Michel, nada contra os gay, mas ele tem um nariz empinando e se acha protetor da Valentina, quero ver quem lê protegera quando for expulsa da faculdade.
Presto atenção na aula mas com ideia de depois seguir eles, para ouvir do que se trata, e assim que aula terminou tratei de segui-los, eles foram a arquibancada, e ouvi tudo, ela dizendo para Michael que esta tendo um caso com o professor, que pegaram-se no carro, até que ele cozinhou para ela, já se viu isso, aquela não merece nem que lhe façam um café, quando terminaram de conversar, tocou a hora de ir a sala, eles se levantaram e eu me esconde depois segui_ os, e vi quando Arthur puxou Valentina para sala dos professores, fiquei na porta escutado tudo, e vendo, mas quando vi que estava para se beijar entrei interrompendo, tinham que ver a cara que fizeram de assustados, e eu me divertia com a reação deles, e Arthur tentando se justificar, Valentina não disse nada, e logo ela saio me dechando só com Arthur.
_Professor, eu posso oferecer mais do que ela oferece. _ Falo pegando em seu peito e acariciando o mesmo, mas me espanto ao ver ele tirar minha mão
_ Ninguém pode me oferecer o que a Valentina me oferece. _ Fala ele, e minha vontade de pegar naquele gostoso e beija- los, mas me contive.
_ Não sabe o que esta perdendo professor, _ Digo e logo saio para sala, entro e me sento, mas antes de ir para casa, uma certa pessoa vai-me ouvir, a aula decorreu normalmente e quando tocou para sair, todo mundo saiu menos eu, Sophia, Valentina e Michael.
_ Já fui clara, quando ti falei para ficar longe do Arthur. _Digo e o amiguinho fofoqueiro dele vem na frente, para defender sua queridinha
_ Só que esqueceu de dizer, que você esta apaixonada por ele, que vive correndo atras, como uma desocupada. _ Fala Valentina, o que e verdade e Sophia faz cara de surpresa.
_ Isso não te interessa, quem e você para falar dos meus sentimentos. _ Digo enfurecida
_ Tudo que tem a ver com Arthur me interessa, sim senhora, e cuidado com o que diz por ai, se não a sala toda vai ficar sabendo da sua situação, que aposto que nem sua amiga, sabe. _ Ela fala como se fosse normal se apaixonar pelo meu homem.
_ Você não sabe nada da minha vida, sua desqualificada. _ Digo e ela fica rindo, não sei de sei la o que esta rindo.
__ Esta enganada, sei mais do que você imagina. _ Fala ainda rindo
_ Vamos sair daqui Sophia. _ Digo para Sophia e saio da sala, como ela ficou sabendo da nossa falência, ate eu só fiquei sabendo hoje.
Saio enfurecida daquele lugar, por sorte Alex estava la, não lhe dirige a palavra nem a Sophia, apenas entrei no carro e Alex saiu dirigindo para casa, que agora era dele.
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Meu professor tatuado
RomanceValentina Martins é uma aluna do 4˚ano do ensino superior, inteligente e companheira, ela vivera um grande conflito em sua vida ao se apaixonar pelo seu professor. Ele é Arthur Bragança o novo professor mais cobiçado da UERJ, insensível, que desnor...