Meu professor tatuado

Bónus: Arthur Bragança

Sabe aquela pessoa que não se importa com nada, que passa a vida com muitas mulheres, bebidas, tatuagens, tudo que se considera errado, esse foi eu na juventude, lembro até hoje quando fiz a primeira tatuagem, meu pai pirou, isso porque ele era o mais renomeado do povoado, e eu era aquele que todas as mulheres do povoado queriam pegar, era incitante ter mulheres a toda hora mas depois decide mudar, claro sempre fui bom a operações matemáticas, só não achava que estudar fosse a solução de tudo, ou seja meu pai tinha dinheiro, porque precisaria estudar, ai comecei a não frequentar a escola, mas a vida meus caros, da uma revira volta, meu velho não só morreu, mas também deixou uma divida enorme para família, que situação complicada eu estava sendo o único filho da dona Margarida, minha mãe, ai comecei a trabalhar e decide voltar a estudar, enquanto estudava de dia, a noite trabalhava como barman.

Por longos 4 anos, me formei em ensino a Matemática na faculdade que tinha no meu povoado, e consegui quitar a divida que meu pai devia, que me custou noites e noites sem dormir, caramba pai, tinha que fazer isso com agente, lembro até hoje quando a mãe chorou, pela sua morte e pela divida, minha mãe não trabalhava.

Eu era o melhor aluno da faculdade, depois da formação consegui emprego como professor de matemática na faculdade em que estudava, onde trabalhei por longos cinco anos, e num passado muito recente, concretamente este ano, fui chamado para leccionar Estatística na UERJ, uma oportunidade única, com essa promoção para dar aulas na cidade, minha vida mudaria para o melhor depois de tudo que passei no meu povoado, acreditem me enganei gente, advinham só, no meu primeiro dia de aulas na UERJ, esbarrei com uma aluna mal-educada, eu que achava que tudo seria fácil, pelo contrario cada vez mais piorando, porque cada lugar que eu me cruzava com essa aluna era insultos, mas isso não é o pior, o pior é que estou gostando da pequena, mas o que a garota tem de bonita vão por mim tem de insolente.

As minhas chances de ter uma relação com ela eram nulas, ela vivia um romance de novelas com seu namoradinho que por destino da vida tenho que aturar ele quase todos os dias.

Sou tirado dos meus pensamentos com a entrada de uma notificação no meu celular. "Amigo se arruma, passo te levar para boate, melhor não dizer não, porque já paguei bilhete. (Edward-19:23) " Recado que me tirou dos meus pensamentos " "Cara, você com sua mania de não avisar." "Passo as oitos da noite. (Edward-19:26) " " Ok."

Bloqueio o celular e deixo em cima da mesa, estou sozinho no meu Apê, acho que me expressei mal, moro sozinho, minha mãe ficou no povoado, segundo ela, cá não tem nada para ela, a vida dela está no povoado, mas ofendeu gente, eu sou o quê? Sou a vida dela, ou devia ser, porque sou único filho que ela tem.

Edward é meu amigo, nos conhecemos ha três anos atrás, quando passou férias lá no povoado com sua família, simpatizamos e nos tornamos grandes amigos, logo que cheguei na cidade contactei a ele.

Neste momento estou arrumando-me para ir a maldita boate, entro no meu quarto, tiro roupa, entro no banheiro, tomo banho, e fico alisando para cada tatuagem no meu corpo, volta de 10 tatuagens espalhadas por todo canto do corpo.

Fico no chuveiro por 5 minutos, saio e pego na toalha, enxugo meu corpo e a cabeça, visto uma calça jeans, uma camisa branca e calço ténis brancos, uso relógio e passo perfume, pego carteira meto no bolso da calça e levo o celular que estava na mesa, desço para sala e fico esperando Edward.

Não demorou muito para ele buzinar, saio e o encontro no carro

_ Você dirige na volta, melhor não levar seu carro. _ Disse-me alertando

_ Esta bem. _ Digo e entro no carro, ele sai dirigindo para a boate

Fico pensando na aluna do 4° ano, é uma formosura de pessoa, mas ainda esta semana, o namorado levou presente para ela, na minha aula, minha aula caramba, e acabo socando no carro, o que faz Edward parar num movimento brusco.

_ Está tudo bem, ou devo-me preocupar. _ Me pergunta preocupado

_ Não tem porque se preocupar, pode dirigir. _ Ele sai dirigindo para a boate;

Ele procura um lugar não movimentado para estacionar o carro e me entrega a chave e saímos para dentro da boate, para ala VIP, fico bebendo e logo avisto a insolente da minha aluna do 4° ano, e caramba ela esta uma Deusa naquele vestido acima dos joelhos, olho para os lados e meu amigo não perdeu tempo, está acompanhada de uma loira bonita, ele nem notaria minha ausência e os meus pés não me obedeceram, caminhei até ela e a provoquei dizendo.

_ Quer babete? _ Digo só para provocar

_ Ba o quê?! _ Pergunta se fazendo de lerda

_ Babete menina! Está toda babada. _ Digo debochando

_ Lamento decepcioná-lo, mas eu estava olhando para aquele que esta vindo ai. _ Disse apontando para o namorado

_ Querida, toma cachaça, o seu favorito. _ Disse o namorado lhe entregando um copo de bebida, não podia escolher uma boa hora para aparecer

_ Obrigada! Amor. _ Joga na minha cara que e amarrada na dele.

_O que não faço por ti. _ Disse ele a abraçando.

_ Miche, olha quem está aqui, o professor Arthur. _ Depois de muitos bla bla ela aponta para mim

Me despeço daquele local, e procuro outro menos poluído, se fosse em outros tempos pode crer que aquele namoradinho dela sairia deste local desdentado, fico bebendo e aparece uma gata atraente, até que da para tirar uma casquinha.

_ O que um bonitão e gostoso para caralho como você faz sentado e sozinho. _ Pura sensualidade

_ Esperando uma garota gostosa como você.

A mina não perdeu tempo, pegou na minha mão e me levou na pista, atrevida ela, enquanto danço vejo a Valentina que dançava com seu namorado e fico reparando nela por um bom tempo, não sei bem o que aconteceu, só sei que depois vi a mina que dançava comigo caída no chão e quem estava nos meus braços era Valentina, não falei nada, apenas curti o momento, e olha que a miúda mexe bem o esqueleto, e percebi que ela ficava mim provocando empinando aquele traseiro dela no meu garoto, e fiquei curioso em saber como o namorado reagiria a atitude dela e decide perguntar o que o namorado achava dela se esfregar em mim, ela apenas respondeu com uma pergunta, o que a minha namorada acharia por eu estar de tesão por ela, como não estar, se ela fica se esfregando em meu garoto, tivemos uma conversa agradável e decidi a convidar para um lugar mas calmo, que é na minha cama, só que ela ainda não sabe, mas é inteligente, com certeza já entendeu o que quis dizer, no inicio ela ficou meio receosa, mas depois a convenci e a puxei para fora daquele lugar com toda pressa do mundo, não via a hora de a por de quatro na minha cama.