Chegamos na faculdade às 07h:50min, e tínhamos 10min até a aula começar, então antes que a professora Lisete me mandasse levar o material na secretaria me disponibilizei em ir levar.
_ Miche, nos vemos já. _ Digo e me afasto dele.
_ Aonde vai Vale?
_ Vou a secretaria. _ Grito, pós já havia-me afastado.
Entro na secretaria, procuro pelo material e inesperadamente ouço alguém falar.
_ Olha quem nos temos aqui, a insolente. _ Disse o professor o novato.
_ Eu que o diga, senhor grosso.
_ Há além de insolente, é língua rudá.
_ Não tenho tempo para suas gracinhas, com licença. _ O empurro da minha frente e saio da secretaria com material nas mãos em direcção a sala
Ando até a sala e entro e a professora já estava na sala.
_ Senhorita Martins, Obrigada pelo material.
A professora Lisete_deu-nos aulas normalmente, sempre colocava as questões para mim, que respondi com muito bom gosto.
Já no intervalo, fomos a lanchonete e pedi sanduíche e Miche pediu hambúrguer.
_ Miche, da que vou a biblioteca, tem exercícios por resolver. _ Falo comendo a minha sanduíche de mortadela.
_ Aqueles de estatística?
_ Sim.
_ Esta bem, assim que sair da biblioteca me manda mensagem para ir te deixar no Gato de Botas.
_ Está bem docinho, mando, até já.
Me despeço e sigo a biblioteca, já que não tinha mas aulas iria aproveitar esse furo para resolver, se não o senhor tatuado me humilhe pela minha lerdes a operações matemáticas.
Vou na prateleira de Livros de Matemática, pego um que me ajude e me sento no canto e resolvo os exercícios, são bem complexos, não entendo porque preciso estudar estatística no meu curso.
Término de resolver e pego no celular e mando mensagem para Miche. "_Miche, terminei" "_ Tá, vou ai."
Bloqueio o celular e meto no bolso da calça, devolvo o livro e saio da biblioteca. Espero por Michael na calçada da faculdade.
Logo o vejo, caminho até ele, entro no carro e dirigiu para Gatos de Botas.
_ Entregue querida. _ Disse assim que parou em frente ao meu local de trabalho_ Obrigada.
_ Vir buscar-te?
_ Não precisa, pego táxi. _ Digo, não quero dar trabalho.
_ Esta bem._ Tenha bom trabalho.
Entro na lanchonete para começar com o trabalho.
Troco de roupa e visto uniforme, fui atender os clientes.
_ Boa tarde Senhor, o que vai querer.
_ O de sempre por favor.
_ E para já senhor.
Me retiro e vou pegar o pedido, e entrego o senhor.
_ Obrigada filha.
Atendia os clientes naquele entardecer quando a temperatura mudou drasticamente, céu nublado e chovia intensamente, sem carona que eu mesma tratei de dispensa-lo, procurei por mecanismos de chegar a casa, saio da lanchonete, procuro pelo táxi e nada, e pela temperatura não seria fácil, opto por caminhar, não sei o que é bem pior, ser assaltada ou pegar resfriado.
Quanto mais caminhava, mas era o meu medo em ser atingido por malfeitores, encontrava me totalmente molhada.
_ Pim pim... _ Alguém buzinou, e o meu medo foi se aumentando
_ Entra aí vai. _ Disse alguém, e quando olhei era o professor tatuado, reduziu a velocidade seguindo de acordo com o meu ritmo.
_ Não, obrigada. _ Continuei caminhando
_ Quer morrer? Entra ai. _ Frisa a palavra morrer, e a chuva se intensificava, então não me oponho e entro no carro.
Ele saiu dirigindo.
_ Toma, se não vai pegar resfriado.
Notando meu estado, ele ofereceu seu paleto para mim, prevenindo me de pegar resfriado, um acto que achei bastante fofo.
_ Obrigada.
_ Onde fica sua casa.
Escrevo o endereço no painel, e ele segue a trajectória
_ O que pensava, em sair com essa toda chuva?
_ Bom, não dormiria na lanchonete, então decide caminhar.
_ Poderia ter ligado para os seus pais. _ Disse, como se eu tivesse feito algo de errado.
_ Estou no interrogatório?
_ Calma, não precisa se exaltar, foi uma pergunta nada de mais.
_ Uma pergunta desnecessária
Fomos em silêncio, o que agradeço porque não estava com ânimo de conversar.
_ Chegamos Senhorita Martins.
_ Mas uma vez obrigada, seu paletó te entrego noutro dia.
_ Tudo bem, me entrega quando puder, tchau. _ Disse ligando o motor do carro e saio do mesmo e entro em casa.
Estava tudo calmo, o silêncio reinava naquela mansão, Flora não se encontrara em casa, com meu instinto presunçoso presumi que ficaria sozinha, mas era necessário confirmar ligando para minha mãe.
-Alô, mãe, te espero para jantar?
-Claro mãe, entendo, não se preocupe, beijo.
Minha mãe não voltaria agora. Subo as escadas, entro no meu quarto, tiro roupa, entro no banheiro, tomo um banho longo, saio do banho, visto pijama roxo estampado com meu rosto, levo a roupa molhada para lavandaria, ponho na máquina para lavar e seco.
Saio em direcção a cozinha, faço café e volto para o quarto e termino os exercícios, e fico pensando no professor tatuado.
Pego no celular e entro no Facebook, pesquiso pelo Arthur e encontro muitos, então pesquiso pelo Arthur Bragança, e o encontro, vejo a lista dele de amizades e nenhum conhecido da minha parte, cogitei a ideia de fazer pedido de amizade, mas desiste dessa ideia na hora.
Eram por volta das 21h, quando a saudade do meu papito bateu, tiro o retrato da foto do meu pai e fico olhando para ele por longos minutos e o deixo na mesa-de-cabeceira, pego o livro o preço da felicidade e leio.
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Meu professor tatuado
RomansaValentina Martins é uma aluna do 4˚ano do ensino superior, inteligente e companheira, ela vivera um grande conflito em sua vida ao se apaixonar pelo seu professor. Ele é Arthur Bragança o novo professor mais cobiçado da UERJ, insensível, que desnor...