13. Quem é você, Adora?

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Voltei...voltando aos pouquinhos! xD

Fiquem com a treta e a chegada de alguéns interessantes que vão balançar esse cabarét =}

Boa leitura!

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O cenário não poderia ser menos dramático do que Catra fumando um cigarro atrás do outro, saindo desorientada de Horde a pé, buscando o caminho de casa. Em momento algum ela conseguiu parar de pensar em tudo o que ouviu naquela fatídica noite que era para ter sido mais um rolê divertido em sua vida, todavia aquele foi de longe o pior desfecho possível. Ela cambaleava pelas ruas segurando o peito enquanto partia para o próximo entorpecente sem se preocupar com as possíveis crises respiratórias que iria ter depois. Não era justo Adora brincar com seus sentimentos daquela maneira. Esse pensamento vinha à mente da garota como o gatilho que faltava para ela ter uma crise de choro. Felizmente a sorte parecia estar ao seu lado, e mesmo embriagada ela foi capaz de chegar em casa em segurança. Um vacilo e com certeza levariam seu celular, dinheiro ou até coisa pior.

Enfiou a chave na fechadura e girou irritantemente até acertar o ponto de abertura. Entrou aos prantos no apartamento e logo desabou no sofá. Nunca antes se sentira tão despedaçada e tudo o que queria era o colo de SW. Lamentou amargamente a ausência da tia. SW era chata e implicante com ela a maior parte do tempo, mas notava claramente quando a sobrinha não estava bem. Embora o modo maternal desajeitado, sabia exatamente quando e como confortá-la. Catra fechou os olhos, estirada com as pernas para fora do sofá e se entregou a ilusão de estar no colo de SW com ela a confortando, muito provavelmente xingando-a e criticando seu comportamento, mas sendo a mãe que, torta como fosse; ela podia ser.

Catra sentiu o celular vibrar no bolso da calça e pensou em pegar, mas a sensação do mundo girar e o ligeiro pressentimento que o autor daquela importunação fosse Adora a deixava ainda mais frustrada. Passou a mão pela tela e ignorou as notificações, deixando-se render à náusea. Nem para praguejar ela tinha forças agora, tudo que queria era entrar num coma alcóolico e não acordar nunca mais.


Na manhã seguinte, acordou com a sensação tortuosa de um peso de 100 quilos em cima da cabeça, limpou as remelas nos olhos bicolores e sentiu a vontade avassaladora de vomitar, correu para o banheiro e se prostrou na frente do vaso, deixando sair todo o álcool mal digerido da noite anterior. Ela permaneceu ali até não ter mais nada para por para fora e levantou trôpega, sentindo fraqueza e fome. A dor de cabeça também acabou de chegar para piorar o dia. Depois de lavar o rosto, foi até o quarto e se jogou na cama. Só queria dormir o dia inteiro. E daí que era quinta-feira? E daí que tinha aula na faculdade, e aula de Inglês? A última coisa que ela queria ver era a cara de Adora Grayskull. Uma ou duas faltas não iriam fazê-la perder na matéria. Com esse pensamento desleixado, pois, ela acabou dormindo do jeito que estava.



....



13:07 PM


O celular a despertou porque não parava de tocar. Catra acordou com o susto do barulho do celular que não era nem alarme, eram trocentas notificações de mensagens de Whatsapp, ligações perdidas e SMSs. O mundo estava acabando por acaso? Esperou as forças voltarem ao corpo e se levantou, desceu as escadas atrás de comida. Por um momento quase chegou a conseguir sentir o cheiro das panquecas de SW e empurrou essa lembrança para o fundo da memória. Já bastava toda a merda da noite passada.

Hey, Professora - Catradora (Em Reescrita; soon)Onde histórias criam vida. Descubra agora