35. Am I a monster?

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Capítulo tem um pouco de tudo? ^^

Boa leitura!


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Manhã na mansão Grayskull. Um café da manhã ainda que breve com as melhores guloseimas ao lado de Adora era algo que definitivamente poderia atenuar a ressaca da noite de sono conturbada que Catra tivera ontem à noite. Até conseguir pegar no sono, fora cruelmente torturada pelo remorso que se instalava em sua alma a cada minuto em que lembrava da cena com ela em Etérnia e como pela primeira vez se sentiu mais do que deliciada ao vê-la tremendo totalmente entregue sob sua rédea, estava se reconhecendo sádica. Mas não queria ser. Conforme havia feito pesquisas na Internet, sádico era alguém que sentia prazer em infligir dor alheia, e ela não se enxergava nesse papel até aquele pedido infame da professora naquela noite em First Ones. Depois, as marcas sob a pele da loira, olhar para elas a arrancava ferozmente da realidade, parecia que se sentia forçada à mergulhar em um tanque de autopenitencia.

Sua mente estava viajando, ela punha os cotovelos sob a mesa, ignorando o prato ainda completamente cheio de torradas, queijo, geleia e o copo de suco que fora a única coisa que tocara nos lábios desde que desceram para o desjejum. Balançava as pernas freneticamente por baixo da mesa. Suas orbes miravam as paredes da grande sala, mas seu olhar sequer estava naquela dimensão.


Baby? – Adora perguntou levando uma torrada à boca. — Você tá bem?

Catra deu uma leve arqueada para trás, sendo retirada da própria utopia. — Oi...eu tô bem, sim. – voltou a comer.

A loira levantou a sobrancelha e mordia o pão. — Parecia que nem estava aí, amor... Preocupada com alguma coisa?

— Já disse que tô bem, Adora. – ela respondeu bufando de leve. — Por que tanta insistência?

— Porque você está estranha desde que acordou. Aliás, você tem estado estranha desde que retornamos de Etérnia...

— Não é nada... tô ansiosa, só isso... – Adora a interrompeu. — Pela viagem de volta?

— É isso! Vem cá... a Mara não toma café da manhã não?

— Ela sai muito cedo para trabalhar. – Adora respondeu olhando ligeiramente para o retrato no centro da sala.

— Putz, Adora... ela devia dar um tempo, né? Todo mundo tem que ter vida social, não acha não? Tentava desviar a todo custo o assunto que Adora puxara sobre sua estranheza repentina.

­— Applesauce... – Adora respirou fundo e a fitou. — Cada um lida com a vida como pode. Mas olha, ela deixou um beijo especial pra cunhadinha do coração dela. – riu e balançou a cabeça ironicamente. Também achava que a irmã deveria parar um pouquinho que fosse... — Já terminou?

— Já sim...

— Ótimo, vou subir para tomar banho... - levantou-se da mesa.

Catra demorou um pouco mais, ainda estava pensativa.


....



Adora estava no banho, mas Catra não pretendia acompanha-la vez. Sua cabeça estava atormentada numa mescla perigosa de culpa e rejeição. Culpa pelo tormento físico que causara à ela, rejeição porque não queria se aceitar como a responsável por aquilo. Esperou a namorada sair do chuveiro, e evitou olhar seu corpo enquanto ela própria se encaminhava para sua vez de tomar banho. Adora notou assim que ela passou por si apressada, evitando lhe olhar diretamente e a puxou pela cintura como sempre, a garota se debateu em seus braços. — Me solta, Adora! A viagem...

Hey, Professora - Catradora (Em Reescrita; soon)Onde histórias criam vida. Descubra agora