36. Catras..trofe

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Preparades? Pq muitas emoções virão por aí xD

Boa leitura! :3


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Depois daquele domingo conturbado e cheio de surpresas, Catra estava amuada debaixo dos lençóis em seu quarto mordida de raiva, morta de vergonha e confusa. Lutava contra o sono que chegava aos olhos com as pálpebras querendo fechar aos poucos, mas a mente não parava um segundo sequer. Lembrava-se constantemente de Adora a pondo para fora de sua casa no domingo à noite, de rejeita-la na cama daquela maneira, o olhar furioso e decepcionado da loira sobre si, e novamente aquele sentimento de culpa extrema já a castigava mais uma vez. Ela fechou os olhos implorando desesperadamente à qualquer divindade do sono lhe permitir cair em um coma profundo em que ela acordasse na manhã seguinte sem lembrança alguma das últimas desventuras vividas.

Para seu infortúnio, entretanto, ela demorou a dormir. Ao seu lado já residia o maço de cigarros com os três últimos, já amassados. Ela respirou fundo, pegou o travesseiro e pôs sobre o próprio rosto, numa tentativa de auto-sufocamento. A sensação da asfixia lhe excitava, mas naquele momento era somente autopunição. Parou pela falta de ar, sentindo-se cansada, a tosse pelo excesso da nicotina e os olhos inchados de tanto chorar já tinham invocado uma senhora enxaqueca. Levantou meio trôpega da tontura causada pela queda repentina da pressão ao se erguer rápido demais, cambaleou até a prateleira no alto do quarto onde residia sua pequena farmácia, pegou um comprimido de analgésico e tomou-o com a garrafinha de água que ficava no quarto para esse fim; retirou apenas a blusa e jogou-se na cama, vendo o mundo do ambiente de seu quarto girar.


.....



Na manhã seguinte, abria os olhos incômodos com a invasão da luz do sol que adentrava pelas cortinas balançando com a brisa matutina, indicando o nascimento de um novo dia. Mais um dia para ela se culpar. Infelizmente seu desejo da noite anterior não fora realizado. Nenhuma divindade do sono teve pena dela. Do monstro que ela era!

Custou a meramente pôr os pés para fora dos lençóis bagunçados, seu corpo gritava de fome, a necessidade fisiológica de se alimentar, mas sua vontade era simplesmente de morrer. Embora estivesse fazendo drama, era perfeitamente justificável e mesmo ela não sendo ainda capaz de entender completamente, achava uma injustiça Adora não compreende-la e trata-la daquele jeito tão rude. Pelo visto, a Senhora Grayskull havia voltado com tudo, de quebra, com a imaturidade típica de Adora. Catra estalou os lábios de indignação, arrumava de leve os cabelos desalinhados na frente do espelho, olhando-se fixamente por alguns segundos. Num momento de contemplação pessoal, moldava seu próprio reflexo com os dedos, observando atentamente a própria imagem refletida, balançou a cabeça em negação. Estava numa profunda crise sobre si mesma. Era difícil se conhecer, descobrir coisas novas sobre si e se aceitar sem nenhuma resistência.

Como acordara bem tarde e sem noção de que já passava da hora do almoço, estranhou o fato de SW não ter ido incomoda-la como de praxe, até que se lembrou de que as coisas estavam ligeiramente estranhas entre elas.

PUTA QUE PARIU, CATRACA, PARABÉNS, HEIN. VOCÊ CONSEGUIU DEIXAR TUDO AINDA MAIS FODIDO... ­– bateu palmas ironicamente em frente ao espelho, reprovando-se a si mesma mais uma vez.

Voltou ao quarto, colocando uma blusa enquanto mirava a rua pela abertura das cortinas na janela. TALVEZ EU DEVA DAR UM ROLÊ POR AÍ, SEI LÁ... Desejou que não estivesse de férias e tivesse de ir para a faculdade, quem sabe lá esqueceria Adora e todas as merdas e.... oh não, traição...., Adora era professora em sua faculdade, e ironicamente, numa segunda-feira ela tinha aula de Inglês. Fechou os olhos angustiada com o combo de eventos negativos que atravessavam sua vida naquele momento.

Hey, Professora - Catradora (Em Reescrita; soon)Onde histórias criam vida. Descubra agora