PLANETA GAMA

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- O que vai fazer? Lumina não estava entendendo exatamente o que eu pretendia com o pedido, mas eu tinha um plano ou preferiria pensar que era um plano.

- Preciso salvar vocês e Uriel. Suspirei ao rasgar minhas saias pela barra até os joelhos mais uma vez. - Eu lutei toda minha vida por Uriel, é só isso que eu sei fazer, não posso deixar que aconteça o que aconteceu com Trista aqui. Olhei para cima com esperança de tudo ter acabado, mas os céus se borraram de vinho mais uma vez e um vento incessante começou antes da imagem de outro dente gigantesco nos ares aparecer. - Eu não irei me perdoar se eu não fizer nada para impedir. Lumina acenou um " Sim " com a cabeça depois de segundos de silêncio e me desejou boa sorte antes de tudo.

Eu sabia que não era o desejo dela de me ajudar a fazer algo tão cegamente perigo, era nossa única esperança, uma única tentativa.

Eu já estava preparada para voar, posicionando minhas mãos no último galho falho e fino da enorme árvore crescida atrás do Ulidom, a periogra já estava quase pronta e minha espada se portava na mão direito fielmente pronta.

- Damara! Me virei em direção ao chamado, ele estava próximo o suficiente para me atrapalhar de certa forma.

Eu não tinha muito tempo, os céus não aguentariam, e quando os dentes pousassem na terra, sabe-se lá o que causaria sob o solo. O despedaçaria com uma única mastigada, o engoliria como um pedaço de carne, nos digeriria como uma refeição?

- Me desculpa... - Eu não tenho tempo! Gritei em relutância para Graviel não interferir e me posicionei no elástico brilhante do estilingue mágico de Lumina. - O Trivial já se rompeu, eu preciso ir...

Mesmo eu tentando impedir o rapaz de subir no mesmo galho em que eu estava posicionada e pronta, ele continuava questionando e continuava ali me olhando, me olhando uma vez mais, antes de se sentar ao meu lado no estilingue. - O que está fazendo? Eu o observei, irritava - Ficou maluco? Ele me olhou pela última vez firmemente.

- Não posso deixar você fazer isso... Não posso, sinto muito. Eu xinguei toda sua origem mentalmente por aquilo. - Eu não posso deixar você ir, agora... - Por favor, desça, você vai se machucar.

- Eu não tenho tempo para isso. Apertei a minha espada dourada com firmeza antes de o moço segurar em meus ombros, apertando e com vontade.

- Eu vou... - Eu posso não ter um plano, mas eu arranjo um. Eu percebia confiança, coragem e determinação em Graviel e eu o xinguei mais uma vez.

- Eu também não posso deixar você ir, então... - Eu não vou sair daqui. Engoli a seco, me preparando para não chorar uma última vez. - Você pode me ordenar, me pedir ou me implorar para descer e, se isso acontecer, eu preciso fazer, pois, é um comandante bem mais poderoso que um soldado como eu que somente obedece. - Mas, sabe que este é o meu trabalho aqui em Uriel. - É meu trabalho proteger aquelas meninas, o meu reino e meu planeta. - Eles precisam de mim e, como o senhor está aqui, também é o meu trabalho protegê-lo então. - Por favor, eu lhe imploro. - Confie em mim. Meus olhos estavam lacrimejando e logo lágrimas cairiam pelo nervosismo.

Graviel ainda se mantinha confiante, e, por mais que o desapontasse, ele continuava me olhando e questionando meus pedidos. Me pareceu pensar muito antes que um barulho quebrasse o silêncio lastimável.

Um dente do monstro pousou no solo e um terremoto percorreu todo o planeta, causando rachaduras na terra por toda parte. No solo, homens e mulheres corriam por todos os lados e gritavam em descontrole e desespero.

- Por favor. Ele me respondeu baixo e, com os olhos marejados, igualmente a mim, me implorou.

Eu estava o odiando por isso, eu não poderia deixá-lo, não poderia arriscar a vida dele. Eu tinha duas escolhas simples e que me partiam o coração mesmo assim.

Pelo Sangue da Besta (Saga Leviatã)Onde histórias criam vida. Descubra agora