why try ♌ taylor caniff

Capitulo 25, Final.

"Você está tão maravilhosa em seu vestido
Eu amo o seu cabelo assim
A forma como ele cai de lado em seu pescoço
Nos seus ombros e costas
Estamos rodeados por todas essas mentiras
E pessoas que falam demais
Você tem aquele tipo de olhar nos seus olhos
Como se ninguém soubesse nada além de nós
Caso esta seja a última coisa que eu vejo
Quero que saiba que é o suficiente para mim
Porque tudo o que você é, é tudo que sempre precisarei
Eu estou tão apaixonado, tão apaixonado
Tão apaixonado, tão apaixonado."

|Tenerife Sea, Ed Sheeran. |

Era o dia da festa do Gilinsky. Estavam quase todos no estacionamento da Universidade de Princeton, na beira da rodovia I-82. Cameron e Ashley, Gilinsky e Lara, Sammy e uma caloura romena chamada Hannah. O outro Jack, com o apelido Johnson, estava esperando sua garota.

"Falta Shawn e Alaska." Cameron disse.

"E a Emilie." Johnson choramingou.

"A Alaska vem?" perguntei á Sammy.

"Sim, ela entrou pro grupo depois de virar oficialmente a namorada do Shawn." respondeu revirando os olhos.

Ficamos escorados no carro de Taylor. Eu usava um vestido azul royal e sapatos, com um batom vermelho nos lábios (que me incomodava, mas Taylor dissera que era sexy). Bom, Taylor usava uma camisa de colegial e calças escuras. Como costume, usava também uma touca cinza.

"Erramos o caminho." Shawn disse entrando na roda.

Aí eu pus os olhos na Alaska. E ela pôs os olhos em mim. E Santa Deus! Ela estava deslumbrante. Mais um de seus vestidinhos floridos que se acentuavam ás suas madeixas ruivas. Mas o rancor dela falava mais alto. E porra, ela estava com o Shawn. Iludindo ele, como se ele fosse apenas um boneco inflável.

"Certo." Cameron desencostou do carro. "Nash, Sammy e Hannah vão no carro do Taylor. Johnson, não podemos mais esperar Emilie. Você vai no meu carro, junto de Ash. Gilinsky e Lara vão na frente."

"Onde é a festa?" Nash perguntou.

"Casa do Matthew." Gilinsky respondeu. "Não se preocupem, vamos incendiar aquele lugar."

E era verdade. Eles quase que literalmente, incendiaram a casa. Johnson levou cigarros, e no meio de tantas Strawberry Hills, nós ficamos bêbados. E o céu parecia mais estrelado do que o normal. E Lara pagou boquete para Johnson, que nem era seu par. E Taylor resvalou na beira da piscina, e cortou a cabeça. E Cameron levou ele para o banheiro, aí eles quebraram o espelho. E Alaska me ajudou a enfaixar a cabeça dele. Mas Nash tentou acender um cigarro no fogão, e derramou cerveja encima do fogo. Aí a cozinha estava incendiada, e o tal Matthew apareceu com o extintor gritando que era um bombeiro e apagou tudo. Quase no fim, bem quando a maioria dos corpos já estavam esparramados no chão e achei que aquilo havia sido exageradamente engraçado, eu senti uma mão pousar no meu ombro.

"Eu sinto tanto a sua falta, Lisa." Alaska chorou, me abraçando como jamais havia feito.

"Eu também sinto, sua imbecil." chorei junto, de uma forma tão intensa que me fez sentir algo explodir dentro de mim.

Ajudei ela a deitar no sofá. Taylor estava gemendo de dor no gramado, com a garrafa de vodca nas mãos. E eu me aproximei para assusta-lo, mas minha cabeça rodava e eu pensei que talvez ele pudesse ter um ataque cardíaco ali mesmo.

"Definitivamente, o céu está cheio de estrelas." falou quando sentiu minha mão na sua perna. "Ou eu estou bêbado demais para contradizer."

"Alaska me abraçou." contei empolgada. "E eu abracei ela. E meu Deus, eu estou pesando menos uns cem quilos agora."

"Seria uma boa transarmos no gramado do Espinosa, não é?" ele disse rindo. "Mas acho que a vodca está influenciando minha potência sexual."

E ficamos em silêncio. Não mais aquele silêncio que me sufocava. E eu pensei nas vezes em que achei aquilo tudo instantâneo demais. Mas não existe instantaneidade. Nada é tão rápido assim. Talvez tudo aquilo que eu sentia agora fora construído por cada palavra. Eu não acreditava em amores instantâneos. Nem em contos de fadas. Já havia vivido coisas o bastante para só acreditar na realidade, mesmo que agora eu estivesse criando uma metáfora dentro de mim. E tudo fez sentido. E talvez não faria tanto sentido assim se eu não estivesse sentada ao lado dele, com minha mão na sua perna, e cuidando do seu corte na cabeça. E vivendo cada minuto como se fosse os últimos segundos finais, sem esmagar meus sentimentos. Sem deixar de dizer:

"Eu te amo, Taylor."

Para toda vez que meu peito doía. Para cada saída dele. Os sentimentos precisam ser ditos, mas antes você precisa senti-los. E eu sentia isso por ele, sentia tanto que me dava medo. Por Taylor ser meu novo vicio. Por ele passar a se tornar minha nova nicotina.

"Eu amo você," ele disse enrolando as palavras. Mesmo assim, eu entendia que ele sabia o que estava falando. "Cada estrela que eu estou vendo representa um pouco desse amor. E eu estou vendo um céu cheio delas. E meu coração está assim: cheio de amor por você, Lisa."

Girei o corpo em sua direção, e senti o seu cheiro de vodca. Senti meus dedos formigarem, aí segurei o seu rosto. E eu beijei-o. Beijei Taylor até eu não sentir mais o tato e transformar duas bocas em uma só. E eu vi todas as estrelas que Taylor via, cair encima de nós. E eu puxei seu cabelo, fazendo ele gritar de dor e dizer:

"Ouch! Acho que uma estrela caiu encima do meu corte."

E eu ri. Estávamos bêbados demais para lembrar no dia seguinte do boquete da Lara, dos corpos atirados e do incêndio.
Mas nem por todos os anos que eu desejava passar do seu lado, nós esqueceriamos do céu estrelado e das metáforas daquela noite.

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Meu Deus, acabou!!! Eu vou chorar um rio.

Esse foi o melhor jeito que podia acabar, pelo menos pra mim. Vou sentir falta de ser a Lisa.

Agora vou revisar os capítulos anteriores.

⚠ Comentem se querem um daqueles capítulos deles há uns anos depois. ⚠

Espero que tenham gostado da história o tanto quanto eu gostei de conta-la a vocês.

Beijos, ilysm e espero vocês no final de CAFFEINE também!!