Loving can hurt
Loving can hurt sometimes
But it's the only thing that I know
When it gets hard
You know it can get hard sometimes
It is the only thing that makes us feel alive. (Photograph, Ed)
"Você está bem?" me ajoelhei a sua frente e vi lágrimas transbordarem dos seus olhos. Sentado ali, com a cabeça entre as pernas e soluçando alto, parecia tão inocente. Acariciei seus cabelos e deixei que continuasse a chorar. Talvez eu estivesse curiosa para saber o por quê de tanto choro, mas aquela não era a melhor hora para isso.
Estava a chover fraco, e nossas roupas já começavam a ficar encharcadas. Olhei para as janelas dos dormitórios e todos pareciam já estar dormindo.
"Ei, levanta daí" entrelacei meus dedos nos seus e ele levantou a cabeça devagar. Quando se deparou comigo, seus olhos pareciam ter se afundado. Seus lábios tremiam, por algum motivo tremiam. E não era de frio, porque não parecia.
"Vá embora" sussurrou, desviando o olhar rapidamente.
"Eu só quero te ajudar. Qual o número do seu dormitório?" disse, tentando ao máximo esquecer o que ele havia me dito antes.
"Não interessa, só me deixe sozinho, OK?" alterou o tom de voz, mas eu novamente fingi não escutar.
Alias, não sabia por que estava o ajudando. Era como se algo dentro de mim, algo forte, me dissesse a todo instante: 'ajude ele, não deixe-o sozinho'. O pior era que eu não estava de mal humor por estar o ajudando, e acho que nem ficaria depois. Dentro de mim, eu me sentia bem por estar fazendo aquilo. Seja lá por qual motivo, seja lá o por que de eu estar tão estranha.
"Deixa de marra! Levanta daí. Está chovendo, você vai ficar doente" levantei e puxei seu braço, e para minha surpresa ele levantou também. Sem mais as lágrimas, apenas um soluço agora fraco.
Envolvi meu braço no seu corpo molhado e senti o seu pousar no meu ombro. Ele estava fraco de tanto chorar e sujo por estar no meio do gramado.
Arrastei ele até meu dormitório e me certifiquei de que Alaska não estava lá. Devia estar ocupada com Brad. Levei-o até o banheiro, tirei sua camisa e liguei o chuveiro.
"O que está fazendo?" perguntou quando o empurrei para dentro do box.
"Te botando pra tomar banho" parei para olhá-lo. "Agora tira essa roupa e divirta-se. Estarei ali quarto" pendurei a toalha no gancho e saí rápido.
OK, eu devo estar enlouquecendo. Trouxe um garoto para o meu dormitório, e ele está nu no meu banheiro! Talvez eu tenha olhado quando tirei sua camisa. Mas foi rápido, nem pude memorizar a sua pele macia e bronzeada, os músculos contraídos e o seu cheiro absolutamente irresistível.
Esperei por mais alguns minutos, vinte no máximo, e vi ele sair de toalha pela porta.
"Que roupa eu vou colocar?" sua expressão confusa me fez rir e perceber que eu não havia nenhuma roupa masculina.
Fui até as malas de Alaska e por algum motivo que eu iria perguntar depois, achei camisa, cueca e calças masculinas. Certo, isso era estranho.
"Aqui" estendi a roupa na sua direção, ainda rindo do desconforto dele.
Ele desatou o pequeno nó na toalha e iria deixá-la cair, até que eu gritei: "EI! EU ESTOU AQUI!"
E foi aí que ele deu o primeiro sorriso desde que o vi no gramado a chorar. Fechei os olhos e só os abri quando me certifiquei que ele havia entrado no banheiro.
Quando voltou, parecia mais confortável. Seus olhos não estavam mais vermelhos e eu já podia ver sua meia covinha aparecer. Parecia aquecido, ainda que fosse estranho estar no meu dormitório. Ele se aproximou e sentou ao meu lado, observando cada parte do meu rosto. Tentei não retribuir o olhar, mas parecia que nos entendiamos muito bem assim. Nos olhando, explorando cada canto um do outro.
"Está melhor?" perguntei e lembrei de quando o vi no elevador do prédio. Perguntando a mesma coisa para mim, depois de me ver passar mal no meio da rua.
"Acho que sim. Você está?" sorriu. E meu Deus, que sorriso lindo!
Ri e assenti. Logo, senti minhas bochechas arderem. Baixei a cabeça e brinquei com meus dedos por algum tempo, até sentir as mãos dele pousarem nas minhas.
"Obrigado por se importar" sussurrou perto do meu ouvido, me fazendo sentir algo frio subir por meu corpo.
"Só quis retribuir, Taylor" acabei por olhá-lo, num infeliz impulso. Já sentia sua respiração quente se chocar em meu rosto. Ele mordia seus lábios, como se estivesse se controlando. Mas que diabos ele ainda estava fazendo ali parado? Se o deixei chegar tão perto, certamente não queria apenas sentir sua respiração.
Fechei os olhos devagar, como se estivesse sido anestesiada. Me assustei quando seu lábio tocou no meu. Mas não foi um beijo, literalmente, Taylor só encostou. Logo se afastou e tirou as mãos do meio das minhas.
"O que foi isso?" perguntei tão confusa.
Ele não queria me beijar, era óbvio. Não queria me beijar, por me achar insuficiente para ele. É claro! Eu não chego nem aos pés das garotas gostosas, altas e loiras que ele deve beijar. Me senti tola por ter achado que poderia beijar Taylor.
"Desculpa. Não pense que..." suspirou. "Eu só não quero forçar, nem quero que ache que te beijei para agradecer"
Olhei novamente para os seus lábios e em seguida, para seus olhos. Queria poder abrir um buraco ali mesmo e fugir. Não queria ser motivo de piada no grupinho do Taylor, eu só fui tola demais. Achar que ele me beijaria de verdade era tão estúpido da minha parte.
"Acho melhor ir pro meu dormitório" Taylor levantou e deu um beijo na minha testa. "Durma bem. Não fuja"
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why try ♌ taylor caniff
FanfictionQuando Lisa conhece Taylor, também descobre que há uma droga muito mais forte do que todas que já teve a oportunidade de experimentar: a droga do amor. [Taylor Caniff fanfiction] © 2015, thejack1975.
