Capitulo 23

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Fiquei um pouco sozinha a semana toda. Andei fumando mais do que devia e na noite passada, três garotos vieram ne implorar para que vendesse alguns cigarros a eles. Acho que sustentei o vicio deles e agora era uma traficante.

Alaska continua calada. O que me assusta, por que só pode estar pensando em vingança. Ela me evita o tempo inteiro, e nem faço tanta questão de que nos falamos. Como previ, ela está a andar com a Ashley de novo.

Taylor aparece todas as noites, e segundo ele, está morando dentro do carro. Só não quero imaginar como.

Pois bem, esse é o mês da festa secreta do Gilinsky. Acho que eles vão disputar um jogo de basketball em outra cidade, e independente do resultado, irão fazer essa festa. Taylor foi convidado. Ele disse que essa é a chance de mostrar de uma vez que estamos tendo alguma coisa, mesmo que Cameron já saiba. Nash também vai estar na festa, e Taylor vai busca-lo.

"Não vejo a hora de voltarmos ao seu apartamento." ele disse em uma das noites em que nos escondemos debaixo das arquibancadas e eu lhe ofereci um cigarro, sendo estranhamente correspondida com um sim.

"Faltam três dias, acha que consegue aguentar?" perguntei tirando o cigarro da sua boca e dando a última tragada.

"Estou uma semana sem sexo, acha que consigo?"

"Babaca! Só quer estar a sós pra transar?"

Ele riu.

"Também. Mas sei que o clima está pesado aqui e que a qualquer momento, Alaska pode colocar uma bomba embaixo da sua cama e te fazer saltar miolos por todo o campus."

Foi minha vez de rir. Eu não descartava essa ideia.

"O que diria se eu dissesse que estou pensando em trancar a universidade?" disse, sem querer que aquilo virasse em briga.

"Porque faria isso?" lançou um olhar de desconfiança.

"Não sei mais se quero ser a melhor diplomata do país. Na verdade, nem mesmo sei o que quero ser."

Ele não respondeu. Eu sabia que levaria uma bronca do papai e da mamãe, e que havia me esforçado tanto para conseguir aquela bolsa. Mas talvez nada daquilo fosse para mim.

"Pensar grande nos impulsiona para frente, mas acho que o que faz o futuro são as pequenas coisas. Não sei, posso estar errado." disse olhando para um lugar longe. "Eu só queria ter um trailer para viajar até a América Central. Ou então ter uma casa na praia para viver longe do barulho da cidade. Esse será o meu futuro, simples e nostálgico."

"Só queria ter um estoque desses." apontei para os cigarros. "Um futuro simples e nostálgico."

"Suicida também."

Nos abraçamos. Talvez eu não conseguisse mais ver o mesmo Taylor de seis meses atrás. Aquele era o Taylor que todos inventavam nas suas cabeças, estúpido, frio e agressivo. Mas o verdadeiro, estava bem ao meu lado. Me beijando, contando histórias e saboreando meus cigarros. A dúvida de sentir amor por ele ou não, já não existia mais. Eu amava aquele e mais outros Taylors que ele me proporcionava.

"Meia noite." sorriu acendendo outro cigarro. "Dois dias agora."

"Acho melhor voltar para o seu trailer vulgo carro." disse agarrando em cinco cigarros. "Pode leva-los pra sua frustante noite sem sexo."

Taylor riu e demos o último beijo, depois o vi pular o muro acenando com as mãos amareladas de nicotina.

why try ♌ taylor caniffOnde histórias criam vida. Descubra agora