Capitulo 19

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Cos, honey, your soul could never grow old
It’s evergreen
And, baby, your smiles forever in my mind and memory. (Thinking Out Loud, Ed)

Com os olhos semicerrados, levantei da cama cambaleando. Vesti uma roupa quente e debrucei-me no parapeito da janela. Naquela manhã fria, resolvi preparar um café e fumar meu ultimo maço de cigarros antes de começar a pintar outro quadro.

"Bom dia, Lis." a filhinha do zelador apareceu na minha frente, segurando uma de suas bonecas.

"Bom dia, Kendall" sorri enquanto vi a menina correr para os braços de uma mulher de meia idade.

"Veio buscar a encomenda, querida?" a mesma mulher perguntou.

Assenti e vi ela tirar um grande pacote detrás do balcão.

"Aqui está" entregou-o e eu agradeci.

Esperei o elevador por um tempo e nada. Não sabia como conseguiria, mas tentaria subir as escadas com aquele pacote gigante.

Consegui subir uns dez degraus, até me chocar com algo. De primeira, achei que havia batido em alguma parede, mas paredes não gritam:

"AI!"

Então eu olhei por cima do pacote e o vi. Com uma expressão brava, passando a mão na testa em sinal de dor.

"Devia olhar por onde anda." disse quase gritando.

"Não sabia que você é intocável, perdão." lancei um sorriso falso a ele.

"Não me diga que mora aqui." a cara de nojo que fez foi engraçada.

"Cala essa boca, Cameron." peguei o pacote novamente e bati no seu ombro.

Cameron Dallas era aparentemente, lindo de morrer. Tinha uma boca carnuda, cabelos bagunçados e um corpo impecável. Ele até era do tipo príncipe, mas quando abria a boca, virava um sapo nojento.

Com muito esforço, cheguei a frente do meu apartamento com vida e sem bater em mais ninguém. Demorei para abrir a porta e segurar o pacote ao mesmo tempo, mas depois de alguns minutos consegui. Larguei-o escorado no sofá e coloquei as tintas ao lado para que mais tarde pudesse começar o trabalho.

Tomei um banho rápido, vesti uma roupa velha e prendi o cabelo. Desembrulhei a tela e a posicionei perto da janela, junto de uma pequena mesa cheia de tintas de todas as cores. Começaria com traços, então preparei o pincel com a cor preta e tentei me manter calma para não borrar.

Antes de colocar a tinta na tela, a porta foi forçada e eu me assustei. Fiz silêncio e esperei que fosse só alguém que por ventura, tenha se esquecido onde morava. Mas ela foi forçada mais uma vez, agora mais forte, e então eu corri para abrir antes que ela fosse ao chão.

Lá estava ele. Quando tudo parecia calmo, sem atordoar minha cabeça e sem eu me sentir culpada, ele aparecia. Com o jeito mais normal do mundo, parecendo fingir que nada, absolutamente nada, tenha acontecido nesses últimos meses.

"É... Oi." disse contraindo os lábios, com as bochechas um pouco mais avermelhadas do que o comum.

Fiquei parada feito uma imbecil, esperando que ele chegasse logo ao assunto que eu tanto queria falar. Enquanto pensava no que diria para Taylor, ele adentrou no meu apartamento e se deparou com a tela e as tintas.

"Você nunca me disse que pintava quadros." disse pegando em uma tinta azul e parecendo nunca ter visto aquele tom.

"Taylor, não finja que nada aconteceu. Isso é ridículo."

"E o que aconteceu?"

"O que aconteceu? Primeiro você me deixou ser punida por uma coisa que nem fiz, me ignorou por meses e depois trancou a faculdade do nada."

Um liquido quente parecia queimar minha garganta, uma ansiedade tomava conta do meu peito e por um segundo, pensei que iria desmaiar.

"E você se importou que eu tenha trancado a faculdade?"

"Não sei, mas achei que eu tivesse um pouco de culpa nisso."

"Apesar de gostar de você, minha vida não gira ao seu redor, Elisabeth."

Tive vontade de sair dali na medida em que percebi que estava a chorar na frente de Taylor. E era tão vergonhoso, estar chorando na sua frente novamente, me sentindo inferior a ele mais uma vez. Em meio ao choro, soltei uma gargalhada sarcástica.

"Por que está rindo?" Taylor perguntou chegando mais perto.

"Você repete tantas vezes que gosta de mim, mas nunca provou isso. Estranho, né?" ri mais uma vez.

"O que você quer?" suas mãos acariciavam meus cabelos.

"Quer mesmo saber?" eu disse, agora tendo mais um ataque de choro.

Idiota, pare de chorar!

Taylor balançou a cabeça e por um momento, senti que ele já sabia a resposta.

"Eu quero você."

Rapidamente, ele sentou no sofá colocando as mãos na cabeça sem dizer nada. Sentei ao seu lado e num impulso, ele me beijou.

Taylor, o causador da minha possível loucura, estava a me beijar. Mas era um beijo tão bom que me fez relembrar o primeiro de um jeito que só nós poderiamos explicar.

"Eu amo você." sussurrou no meu ouvido e eu não contive o riso, fazendo ele parar de me beijar. "Por que está rindo agora?" bufou.

"Taylor Caniff, você é o garoto mais complicado que eu já conheci e agora está a dizer que me ama. Quer que eu faça o que? Chore? Isso é um milagre." eu disse e ele riu também.

"Deixa de bobagem e venha cá." puxou-me pela cintura e voltou a me beijar.

Cuidadosamente, Taylor me colocou em seu colo. Depois de nos olharmos, ele beijou minha nuca enquanto tinha suas mãos dentro da minha blusa. Paralisei quando senti ele desabotoar meu sutiã, mas então olhei-o e senti que ele não era um daqueles babacas. Taylor não era do tipo de garoto que só me levaria para cama por diversão, ou que só me deixaria molhada e depois tiraria sarro da minha cara por ficar excitada.

"Prefere aqui?" perguntou colocando uma mexa de cabelo atrás da minha orelha. Assenti e então tratei de beijá-lo.

Taylor me despiu e rolou os olhos por meu corpo. De certa forma, nunca havia sido olhada daquele jeito, como se me desejasse por realmente sentir algo por mim. Tirei sua roupa e arranhei seu peito gemendo seu nome, sentindo ele se arrepiar de vez em quando.

Depois de me penetrar, senti algo quente percorrer meu corpo. Ouvi Taylor gemer e então seus músculos relaxaram, em seguida jogou a cabeça para trás e respirou fundo. Descancei em seu peito e senti o vento frio que vinha da janela se chocar com nossos corpos fervendo.

"Eu também... Amo você." sussurrei, mas não sei se Taylor ouviu.

why try ♌ taylor caniffOnde histórias criam vida. Descubra agora