Capitulo 18

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12 de julho, Universidade de Princeton, Indiana.

Metade do ano. Algumas coisas mudaram, e eu fui obrigada a me adaptar.

Josh, filho de Kyle e Jasmine, nasceu no dia do aniversário do papai. Não o conheci, pois Jasmine preferiu mudar-se para Louisiana. Gabaritei as provas do primeiro semestre, o que me fez a melhor da turma. Alaska saiu com Shawn por três semanas, batendo seu recorde de tempo com um garoto. Entretanto, ela continua com Taylor na cabeça, e isso parece cada vez pior.
Taylor. Essa foi a maior mudança, da qual eu menos esperava. Depois da noite em que a turma do Cameron Dallas fugiu, o Sr. Cook descobriu e puniu apenas dois deles, Philipe e Gilinsky. Como gostaria de saber o nome dos outros, e Cameron estava ameaçando eles, entregaram o nome de quase todos. Mas no lugar do Dallas e da Ashley, colocaram o nome de Taylor e o meu. Ficamos três meses sem os finais de semana em casa, além de sermos vigiados o tempo inteiro.

O que mais foi estranho, foi que Taylor não fez nada para desmentir Gilinsky e Philipe. Enquanto via meu esforço para me mostrar inocente de tudo, ele apenas mantinha-se calado. Quando a punição foi dada, achei que ao menos, ele iria se afastar do grupo. Mas não. Continuou a andar com Cameron, Gilinsky, Philipe e Cia. E simplismente, parou de falar comigo. Só me olhava de longe com a expressão séria, mas não se atrevia a aproximar-se. Tentei conversar e saber o que estava acontecendo, mas ele mandou me afastar, o que me magoou muito, já que eu fui idiota ao ponto de acreditar quando ele disse que gostava de mim.

Mas tudo ficou pior há quatro semanas atrás, quando estava sentada no gramado e vi o grupo do Dallas. Estavam todos, menos ele. No começo fiquei feliz, achei que ele havia deixado esse grupo imbecil de lado. Porém, os dias passavam e eu não o via. Em lugar nenhum. Foi aí que descobri que Taylor havia trancado a faculdade de direito. Me senti mal por dias, já que não havia feito nada para ajudá-lo ou entender o motivo de tanto afastamento.

Estava empolgada para reencontrar meu apartamento, minha bagunça, minha janela onde eu passava boa parte do tempo fumando. Saudade dos prédios, do cheiro da cidade, até mesmo do barulho dos carros. Chegaria lá em duas horas, mas não sei se conseguiria aguentar minha animação esse tempo todo. Arrumei uma pequena mala, já que não teria papai para me ajudar a carregá-la.

"Você vai agora?" Alaska disse sentada encima da mala para caber todas suas roupas.

"Não posso me atrasar" peguei minhas coisas, acenei para uma Alaska nervosa por não poder levar todo seu closet e fui rumo ao meu belo, pequeno e cheiroso apartamento.

Me arrependi de imediato dos finais de semana que cedi meu apartamento para Kyle e Jasmine. Estava tudo uma bagunça! O chão coberto de restos de comida, o sofá empoeirado, a geladeira aberta e repleta de garrafas de cerveja vazias. Os lençóis da minha cama estavam revirados, e nem queria imaginar o que deviam ter feito ali. As janelas só estavam fechadas e a porta trancada, porque o tal de Sr Grier havia feito isso. Minha vontade era buscar Kyle em Louisiana e usá-lo como pano para limpar toda a sujeira do meu chão.

Respirei fundo e comecei a arrumar tudo. Obviamente, terminei tarde da noite. Não era tão lerda assim, mas rápida também não, e sentia nojo de estar limpando uma sujeira que não era minha.

Finalmente, depois de colocar o ultimo quadro no lugar, me atirei no sofá. Imóvel, apenas a olhar o teto e pensar em uma só coisa, pela qual estava a mexer comigo havia um tempo:
Taylor Caniff.

Eu devia sofrer de alguma doença, ter batido a cabeça, ou ser idiota por natureza. Mas mesmo depois de tantos meses, eu ainda pensava nele da mesma forma. Com o mesmo sorriso, as mesmas bochechas coradas, os olhos escuros, a meia covinha e o cabelo macio. Sem contar suas camisetas, as bandanas exageradas, as toucas que ficavam tão bem nele. Era sempre o mesmo Taylor para mim, mesmo que eu soubesse que ele havia se tornado frio.

Fechei os olhos e lembrei do ultimo dia em que realmente estivemos próximos. Da raiva que senti quando ele não fez nada para se provar inocente da acusação de Philipe e Gilinsky, e ainda riu quando tentei dizer que estávamos juntos na arquibancada naquela noite. De todas as vezes que foi rude, essa foi a pior.

Ouvi batidas na porta e sem vontade alguma, me arrastei para abri-la. Revirei os olhos quando vi Nash, pondo seus lindos e claros olhos azuis em mim.

"O que você quer?" perguntei antes de quase bater a porta em sua cara.

"Calma!" Nash colocou o pé na frente para que a mesma não se fechasse. "Só quero conversar, é muito?"

"Pra dizer a verdade, sim, é muito" soltei um sorriso. "Você nem me conhece, porque quer conversar?"

"Meus amigos foram embora e eu vi que você chegou hoje."

"E?"

"E eu quero entrar, me convida logo."

"Entra, intruso."

Esperei Nash entrar e fechei a porta. Seus olhos que já devo ter dito serem extremamente azuis, percorreram toda a minha sala. Suas mãos tocavam cada quadro na parede, e ele ficou surpreso com as garrafas de Budweiser que eu tinha na geladeira.

"Posso beber uma?" seu espanto e felicidade ao mesmo tempo era como de uma criança. Assenti e sentei no sofá novamente.

"Cameron devia estar aqui, iria ficar maluco de ver tantas garrafas" riu.

"Cameron Dallas?"

"Sim" estranhou. "Como conhece ele?"

"Universidade de Princeton."

"Ah sim" Nash bebeu mais um gole. "Então deve conhecer os Jacks, Sammy e Taylor."

Meu corpo arrepiou só com seu nome.

"E Shawn." conclui.

"E Shawn." repetiu rindo. "Podemos marcar algo juntos."

Arregalei os olhos. Quer dizer, Cameron Dallas e seu grupinho até mesmo no meu prédio? Oh, não.

"Nem pensar. Odeio todos, com exceção de Shawn" Cruzei os braços, vendo Nash se afogar em mais um gole, literalmente.

"Sammy é um pouco tímido e Taylor é grosseiro, mas são todos legais."

"Não me chame pra nada com eles." agarrei a garrafa das mãos de Nash. "Agora pare de tomar minha cerveja."

"Quer jogar video game?"

"Quer ir embora?"

"Não, eu mal cheguei. Se você quis-"

"Se eu te der outra cerveja, você cala a boca?"

"Claro."

Obviamente isso não aconteceu. Nash falava o tempo inteiro. Contou que tinha mais três irmãos e que seu nome verdadeiro era Hamilton, não Nash. Depois de estar um pouco bebado, disse que queria tomar sorvete. Então fomos até o outro quarteirão e compramos sorvetes de morango. Não lembro, mas acho que ele só foi embora porque começou a sentir que iria vomitar. Talvez eu tenha o expulsado por isso, mas realmente não me recordo. Só lembro de ter me jogado na cama, me sentindo a pessoa mais pesada do mundo, assim como a mais cansada. Esperava que Nash estivesse tão bem quanto eu, mas se não estivesse também, não me importava.

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Desculpem mudar a capa da fanfic de novo, mas eu não havia gostado da outra.

Alias, vou torturar vocês mais um pouquinho quanto a Elisaylor ficarem juntos, desculpem.

Beijos.

why try ♌ taylor caniffOnde histórias criam vida. Descubra agora