7. Alaska

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                           | CAPÍTULO SETE, ALASKA. |


Levei as malas até a portaria e descarreguei os livros, juntamente com as outras bolsas. Tranquei as janelas, arrumei a cama, dei um jeito na bagunça da sala e perfumei o apartamento inteiro. Esperava que quando voltasse, ainda estivesse com aquele perfume maravilhoso. Dei uma última olhada em volta e sorri. Girei a chave na porta e suspirei, sentindo um forte aperto no peito por estar abandonando meu segundo lar.

Tudo aconteceu há dois dias atrás, quando estava voltando da tabacaria. O celular estava no apartamento quando me ligaram. Haviam umas duas chamadas perdidas, e me desesperei quando percebi que era o número da universidade de Princeton. Liguei, liguei e liguei. Até que eles retornaram e eu não pude conter a alegria.

Papai e mamãe estão lá embaixo, apenas me esperando para partimos ao campus. Estou ansiosa, confesso. Fazer relações internacionais sempre foi o meu grande foco, e eu não poderia estar em universidade melhor para isso! Definitivamente, eu darei tudo de mim para ser uma das melhores diplomatas dessa nação.

Papai parou o carro em frente á entrada principal da Universidade de Princeton. Tirei minhas malas de dentro do carro e ajudei mamãe com algumas bolsas que haviam sido trazidas na frente.

"Qual o número do dormitório, querida?" papai perguntou, segurando minhas duas malas mais pesadas.

"Ahn...Deixe eu ver" abri a bolsa e peguei um pequeno papel. "Dormitório C45"

Os corredores eram estreitos e ficavam pior com a multidão que se aglomerava na frente dos quartos. Desviei alguns olhares, ri de algumas conversas que ouvi e me assustei com algumas mãos tocando partes do meu corpo sem querer.

"É aqui" mamãe sorriu e colocou a mão na maçaneta.

"Não!" gritei num sussurro, em seguida olhei para os lados para me certificar de que não havia chamado a atenção de ninguém. "Deixe que eu entro primeiro"

Me supreendi com o que vi atrás da porta.

Cortinas floridas, papel de parede bege, luzes decorando o quarto. E quadros, muitos quadros de artes.

Rolei os olhos para uma garota. Cabelos incrivelmente ruivos, olhos claros, pele branquinha e sardas evidentes no rosto. Usava um vestido azul de bolinhas, com um laço vermelho nas madeixas ruivas.

"É a nova colega de quarto?" sorriu e deu alguns passos para a frente.

"Sim" sorri e estendi a mão para parecer simpática "Sou a Elisabeth"

"Olá, sou a Alaska!" estendeu a mão em resposta. "Deixei duas prateleiras deste lado e um criado mudo para você pôr suas coisas"

"Ahn, obrigada" joguei minhas bolsas encima da cama desocupada. "Papai, ponha as malas aqui"

Mamãe olhou mais uma vez ao redor do quarto e vi seus olhos marejarem. Eu sabia que era de alegria, ver mais um filho entrando na universidade. Era seu grande sonho.

"Então vamos indo" papai me abraçou e sussurrou: "Boa sorte, amo-te"

"Não deixe de ligar e comporte-se" mamãe me esmagou num abraço apertado. "Estamos orgulhosos. Amo-te, Elisabeth"

Da minha nova janela, vi papai e mamãe saírem do meu campo de visão.

"Você veio estudar o quê?" Alaska perguntou, sentada em sua cama e a lixar uma das unhas da mão.

"Relações Internacionais" respondi ainda olhando para o campus. "E você?"

"Jornalismo" disse sem entusiasmo algum na sua voz. "Já estou cursando o segundo ano"

Balancei a cabeça em resposta e estreitei os olhos. Olhei melhor para o gramado do campus e reconheci aquela camiseta estravagante. Meus olhos doíam só de olhar por muito tempo para todas aquelas cores.

"Temos um final de semana por mês para passarmos em casa" Alaska mais uma vez chamou minha atenção. "Espero que você saiba"

"Alaska" chamei seu nome sem desviar os olhos daquele garoto. "Venha cá, rápido"

A garota se junto a mim na janela e olhou para o campus também.

"Você conhece aquele garoto?" apontei para ele, que agora se juntava a um grande grupo de meninos.

"Não" Alaska franziu o cenho e estreitou os olhos para tentar vê-lo melhor. "Acho que é novato assim como você" rapidamente me olhou com os olhos arregalados. "Já está interessada nele?"

"Não, claro que não!" fitei Alaska como se ela estivesse a dizer algo absurdo. "Só achei que o conhecia, mas vendo melhor agora. É, não"

Abri as bolsas e ajeitei meu lado com minhas coisas enquanto Alaska arrumava seus novos matérias para o ano.









{editado}

why try ♌ taylor caniffOnde histórias criam vida. Descubra agora