why try ♌ taylor caniff

Capítulo bônus 2

—Não se culpe por nada, meu amor. —ele diz enxugando a lágrima que escorria por meu rosto.

Eu estava ali pela quarta vez. Naquela tarde, quando estava sentada na varanda, eu senti algo escorrer por minhas pernas. Chamei Taylor depressa, sabendo que aquilo não podia ser normal. Então ele me colocou no carro depressa e fomos ao hospital. Fui atendida com urgência.

Taylor não queria me falar, mas naquela altura já se podia saber.

Eu havia feito mais um aborto.

—Me desculpa, me desculpa, me desculpa... —repito me sentindo incapaz.

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No dia seguinte, o terceiro de setembro, voltei para casa. Meus pais esperavam por mim, enquanto Taylor me cuidava minuciosamente.

Paramos com o carro na frente de casa, e Taylor me ajudou a caminhar até a porta. Quando vi mamãe no sofá e papai na poltrona, já afetados pela idade, voltei a chorar. Kyle saiu da cozinha segurando a mão de Josh, que era a cópia viva de Jasmine.

O problema todo era comigo. O ciclo sempre acabava mal, mais especificamente, num aborto. O quarto em quase quatro anos. Todos não passavam de cinco meses. Ter um filho era o grande sonho de Taylor, e eu simplesmente não conseguia realizar esse sonho.

—Sente-se aqui, querida. —mamãe me ajudou a chegar até o sofá, mas ela mesma não tinha mais força para isso.

—Vou buscar algo para você comer. —Taylor diz correndo até a cozinha.

Josh se aproxima e põe a mão na minha barriga, seus olhinhos azuis confusos com tudo.

—Tia Lisa, —ele me olha. — o Louis também foi para o céu?

Foi pior do que das outras vezes. Na verdade, sempre foi horrível ter que contar a Josh sobre os abortos. Ele quem escolhia o nome, e dessa vez foi Louis, o nome do seu bisavô, meu avô.

—Acho melhor levarmos ele para casa, —papai disse. —Voltamos mais tarde.

Assenti e Taylor levou-os até a porta. Quando ouvi o barulho do carro ficar mais distante, não consegui segurar o choro.

Taylor correu até mim e me abraçou, acariciando minhas costas e sussurrando:

—Está tudo bem, eu estou com você.

Mas não estava. E eu sei que não estava nada bem para ele também. Criar expectativa, se preparar para ser pai e no final, ter que lidar com a dor da perda. E ele não desistia de tratar cada gravidez de uma forma diferente.

Uma felicidade de, no máximo, cinco meses.

—Eu juro que estou me sentindo horrível, porque simplesmente não consigo te dar uma família. —digo aos prantos, tentando aliviar a dor agoniante que se instalava no meu peito.

—Amor, está tudo bem, de verdade. —ele tenta me acalmar.

Parecia um pouco egoísta, e era mesmo. Mas eu pensava que, se não desse um filho á Taylor, ele me trocaria por outra que pudesse engravidar e lhe dar um filho lindo. Eu não sei qual é o problema, mas é tão horrível se sentir incapaz de faze-lo feliz.

—Olha, se você quiser a separação por isso, eu vou entender. —lhe dou a bandeira branca.

Estávamos casados há quatro anos. Não foi uma grande festa, Taylor havia acabado de iniciar um projeto na internet, mas foi o suficiente. Shawn e Alaska foram os padrinhos, e acredite, eles continuam juntos.