| CAPÍTULO TRÊS, NEIGHBOURS |
Verifiquei se ainda não haviam mandando-me alguma carta sequer, logo depois de acordar. Segundo o homem magrelo e de cabelos brancos que sempre encontrava-se na recepção, nada ainda havia sido entregue. Voltei ao apartamento irritada, não entendendo o porquê de estarem a demorar tanto para mandarem-me uma resposta. O sentimento de rejeição crescia cada dia mais, e eu sentia-me totalmente perdida.
Acendi um cigarro e segui até o sofá, jogando-me nele. O teto branco parecia encarar-me, e a fumaça se esvairava pelo pequeno apartamento. Ouço batidas na porta, mas ignoro. Meu coração acelera quando batem outra vez, e então eu levanto e chego perto da porta, apenas esperando que batam de novo. E batem. Nesse instante, hesito abrir, já que aquela porta nunca havia sido batida desde minha mudança.
“Quem é?” pergunto, talvez um pouco apavorada. Poderia muito bem ser um parvo, fora de si, a tentar agarrar qualquer pessoa.
Apago o cigarro e espero que digam algo.
Ninguém responde. Então abro a porta, porém, com os olhos fechados. Quando abro, uma risada abafada é dada e eu passo a olhar para um rapaz alto e magro. Seus cabelos estão desarrumados e alguns fios caem no seu rosto. Seus olhos são de um azul tão profundo, como se estivessem a refletir o mar. Percebo a sua pele pálida, e o seu sorriso direcionado a mim.
“É a tal Elisabeth?” pergunta, e eu levemente franzo o cenho.
“Sim.” respondo-lhe. “E você, quem é?”
O rapaz dos olhos hipnotizadores lança-me um sorriso outra vez. Ele hesita antes de responder, e passa as mãos pelos longos cabelos.
“Nash.” responde unicamente.
Lanço-lhe um sorriso e encosto minhas ancas na porta. Nash olha-me dos pés a cabeça e volta o olhar para mim, parecendo não querer distrair-se com outras coisas.
“Estou organizando uma festa para hoje a noite, e queria saber se não te incomodas com som alto e estas coisas.” diz, levemente mordendo os lábios e mostrando as bochechas a corar.
“Não me importo.” respondo tentando assegurar-lhe de que realmente não ligava para isto. Meu problema não era o som alto, mas sim perceber que a única solitária e amarga de todo o prédio era somente eu.
“Tem a certeza?” franze o cenho e coloca as mãos para trás do corpo, e eu apenas lanço um sorriso.
“Eu tenho.” afirmo com um movimento de cabeça.
“Acho que nos daremos bem, Elisabeth.” sorri. “Se quiseres aparecer na festa, moro no 402, logo abaixo.”
Uma festa seria perfeito. Se eu conhecesse alguém, e não estivesse tão deprimida. Sim, deprimida. Eu ainda não entendia como esse estado de espírito poderia estar há tantos dias atordoando-me.
“Melhor deixar para a próxima, sim?”
Nash contrai os lábios em concordância.
“Espero ver-te mais vezes.” afirma, em seguida despedindo-se.
Espero que ele entre no elevador e fecho a porta, sentindo-me zonza e confusa. Eu estava a recusar uma festa. Mamãe não gostaria nada de saber que estava a blindar-me de toda a gente. O rapaz até parecia-me giro, mas eu não sentia-me preparada para uma festa. Quer dizer, preciso concentrar nos estudos e na resposta que alguma universidade me dará.
Jogo meu corpo no sofá outra vez. Sinto as lágrimas derramarem-se dos meus olhos, e eu tento mentir para mim mesma que todo esse sentimento de solidão irá passar.
Uma ligação poderia fazer-me tão bem.
A foto na mídia é minha, e a moça da foto sou eu. Sigam-me no instagram pra mais: @harryboiola
Love u all, d xx
{editado}
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why try ♌ taylor caniff
FanficQuando Lisa conhece Taylor, também descobre que há uma droga muito mais forte do que todas que já teve a oportunidade de experimentar: a droga do amor. [Taylor Caniff fanfiction] © 2015, thejack1975.