Capítulo 4

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Enquanto observava a pipoca estourar, escutei batidas na porta e fui atender, já sabia que se tratava da minha amiga. 

Assim que abri a porta tive a visão da Beth usando um óculos de sol redondo, espera, não estava nem fazendo sol, porque ela estava usando isso ? 

- Olá lindeza - ela se jogou em cima de mim, por pouco não íamos direto pro chão. 

- Elisabeth Collin quer me matar ? - pergunto quase sem ar de tanto que ela me apertava. 

- Odeio quando você me chama de Elisabeth - me solta resmungando e eu ri baixo. 

- Eu sei, faço isso só para te irritar mesmo - digo e ela mostra língua para mim e senti como se tivéssemos 5 anos de novo. 

- Chata, sabia que eu... - ela franziu o nariz com uma careta estranha - Tem alguma coisa queimando ? - pergunta e eu arregalo os olhos 

- DROGA, A PIPOCA - grito correndo para a cozinha e desligando o fogo imediatamente. Quando abri a tampa da panela, aquilo não parecia nem um pouco com uma pipoca, estava mais parecendo aqueles carvões que você compra para fazer churrasco. Escutei a gargalhada alta de Beth atrás de mim. 

- Isso está parecendo carvão - ela diz rindo. 

- È eu sei, bom infelizmente não vai ter pipoca para você - digo e ela para de rir e fecha a sua expressão. 

- Aaahhh não Nat, vai deixar a sua melhor amiga, dona de todo o seu coração com fome, eu vou morrer. - acho que drama deveria ser o segundo nome dela. 

- Abre a geladeira deve ter alguma coisa - falo dando de ombros. 

- Você é uma péssima anfitriã - resmunga abrindo a geladeira e pegando um dos sanduiche frios que a minha mãe gostava de fazer, ela morde um pedaço gigante e eu poderia jurar que vi faíscas brilhantes da sua cabeça que nem nos desenhos animados. 

- Hummmm - ela murmura - Tia Diana é uma cozinheira de mão cheia - diz  e eu assenti, acabei sendo influenciada e peguei um sanduiche também, me sentei na cadeira da bancada em sua frente.

- Ela é sim, o que você ia me falar antes da pipoca carvão ?- perguntei e ela riu, mas fechou a expressão parecendo lembrar do que iria me falar.

- Ah - ela bufou irritada e eu franzi o cenho - Eu passei no supermercado para comprar esse óculos que estava naquela vitrine de coisas aleatórias, e eu caminhava indo pro caixa quando simplesmente um cara quase me atropelou com o carrinho de compras, dá pra acreditar ? - contou e eu quase me engasguei com o pedaço de sanduiche. 

- Espera, o que ? Como assim ? 

- È absurdo eu sei, cara babaca sem educação, e ainda por cima não me pediu desculpas, eu quase cai em cima da área que estava as verduras, eu quase virei uma horta - disse e eu ri alto. 

- E o que você fez depois ? 

- Gritei tão alto com ele que o supermercado inteiro escutou, ficamos brigando e só paramos quando o segurança me segurou para eu não bater nele, idiota. - disse irritada e eu continuei rindo.

- Nossa - ri mais um pouco - Mas esse cara não é alguém que a gente conhece ? 

- Na verdade não, ele não parecia ser daqui da cidade - disse e respirou fundo - Mas eu sou obrigada a confessar que ele é um dos caras mais lindos que eu já vi.

- Hummmm - impliquei cutucando-a e ela revirou os olhos

- Não enche. - brigou comigo e ergui as mãos em rendição. - Vamos mudar de assunto que só de lembrar daquela cara eu já fico cega de raiva. - concordei quase rindo novamente.

Dark StarOnde histórias criam vida. Descubra agora