Capítulo 7

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Natasha

Mas que droga é essa ? 

Ou melhor, que ser humano em forma de poste é esse ? 

Fiquei encarando os olhos castanhos intensos da pessoa que tinha me derrubado ao chão que também encarava os meus, mas o contato visual logo foi quebrado quando empurrei dele com força fazendo que saísse de cima de mim. 

- VOCÊ ESTÁ MALUCO ? - gritei encarando meu tornozelo, estava doendo pra caramba - NÃO OLHA PARA ONDE ANDA NÃO ? 

- O que ? Você que entrou no meu caminho sua maluca - escutei a sua voz grave e olhei para cima lentamente, nossa... Certo eu não era de reparar na beleza de garotos por que nunca me interessava, mas de uma coisa eu não podia negar, esse poste ambulante é lindo.

Ele era alto, pelo seu porte físico aparentava que ele praticava algum exercício ou esporte, seu rosto tinha o maxilar bem definido, cabelos pretos e olhos castanhos. 

- Eu entrei no seu caminho ? Se você olhasse pra onde anda não teríamos caído droga. 

- Ah pronto era só o que me faltava, uma maluca brota do chão e ainda grita dizendo que a culpa é minha - disse parecendo indignado, mas que babaca. 

- Me chame de maluca mais uma vez para você ver o que te acontece seu idiota - ele revirou os olhos e depois me encarou seriamente parecendo querer me intimidar, não deixei isso acontecer pois não desviei o olhar também o encarando furiosamente. 

- Quem é você ? - perguntou depois de um tempo com o cenho franzido.

- Não te interessa. 

- È nova por aqui ? - perguntou 

- Já me viu aqui antes ? - disse com a sobrancelha erguida e ele negou - Então o que você acha ?- disse debochada. 

- Você deve ser a garota nova que veio pra cá hoje não é ? Você e sua amiga loira. - e agora quem franziu o cenho foi eu, como ele sabia disso ? Depois que ele notou a confusão nos meus olhos explicou - As pessoas estão comentando, que duas garotas lindas vieram pro nosso colégio, até eu estava curioso para conhecer vocês - ele continuou me encarando - Bom eu espero então que sua amiga seja bem mais simpática por que se for como você... - deixou a frase no ar, bufei e revirei os olhos. 

- Não importa o que você ou as outras pessoas que não tem nada pra fazer e ficam falando da vida alheia pensam, eu não ligo. - ele me olhou surpreso por alguns segundos. 

- Não ? Qual é, todo mundo gosta de atenção, não seria diferente com você.

- Como minha mãe diz 'Eu não sou todo mundo'. - disse debochada e iria fazer mais algum comentário implicante mas a dor no meu tornozelo me impediu senti um pouquinho de sangue escorrendo, resmunguei e ele percebeu que tinha me machucado. 

- Você se machucou ? - perguntou e eu bufei. 

- Não não, está saindo sangue gratuito do meu tornozelo por que gosta de fazer isso as vezes - disse irônica e ele revirou os olhos. 

- Deixa eu te ajudar - foi chegando perto de mim para me segurar mas eu o impedi com a mão. 

- Não encosta em mim. 

- Eu estou tentando te ajudar sua ingrata. - disse nervoso.

- Eu não me lembro de ter pedido sua ajuda. 

- Garota grossa do caramba - escutei ele sussurrar e ignorei. 

Tentei andar um passo só que essa merda estava doendo demais e quase caí no chão novamente, mas suas mãos me seguraram impedindo. Fiz ele me soltar rapidamente. 

Dark StarOnde histórias criam vida. Descubra agora