A Arconte | Genshin Impact

Milagre

{ Pov Backer }

 Certamente, algo aconteceu. E pelo visto, todos da nossa pequena vila de agricultores, já haviam percebido.

O concelho da vila estavam se reunindo. Enquanto nós agricultores esperávamos uma resposta  sensata, do lado de fora.

- Nossas árvores pararam de dar frutos! - O velho que certamente já havia visto de tudo gritava.

- As sementes que eu plantei e reguei há três meses, ainda estão as mesmas! - Um jovem reclama. 

Todos estavam assustados, nunca pensamos que seria possível algo assim acontecer. Se isso continuasse poderíamos morrer de fome.  Vivíamos na dependência da agricultura, se ela nos abandonasse como criaríamos nossos filhos?

Todos os cochichos e gritarias foram calados com o rouco som da grande porta de madeira se abrindo. As expressões dos rostos dos membros do concelho não pareciam boas.

- Nós do concelho... - ele deu um longo suspiro.

- Não temos a mínima ideia do que esta acontecendo. - Um mar de sussurros e reclamações começam ao mesmo tempo.

- Isso deve ser uma maldição! A ira dos arcontes sobre nós! - um gritava.

- Oh, Arcontes tenham piedade de nós. - uma mulher chorava

- Alguém de nós deve ter ofendido o Arconte Dendro! E agora, todos nós sofreremos! - o velho grita.

- Pare com isso, velho. Todos nós sabemos que os arcontes cagam pra nossa existência. - Diz um jovem.

- Como ousa, seu jovem de merda... - o velho pega uma vassoura.

- Epaaa! Epaa! Senhor Jorge, abaixe essa arma. - Entro no meio dos dois.

- O que é isso Backer? Está do lado desse  pirralho! - O velho levanta a vassoura com um gesto de desconfiança.

- Claro que n... - O jovem me interrompe.

- Claro que ele está, seu velho idiota. - Lanço um olhar de raiva ao garoto e ele solta língua de volta.

- Senhor, me descul... - de tantos lugares possíveis, para esse velho me bater...- Urgh... - o filho da puta me acertou no meio.

- puff! - Enquanto estou no chão, me remoendo de dor, escuto uma doce risada se aproximando.

- É ótimo ver meu marido sendo castrado em plena manhã. - Lá estava ela, a mulher mais linda da vila. Rose. Aqueles olhos claros que possuem um toque infantil, aqueles cabelos longos e bagunçados que davam charme ao seu corpo. Sabe o melhor de tudo? A mulher mais linda da vila, estava carregando o nosso amor na barriga.

-... O garoto acabou se fugir, vai continuar me olhando? - Ela olhava pra mim. 

- Por que você sempre vê meus momentos assim? Urgh... - Me levanto.

- Sorte, eu acho. - Ela sorri e passa suas mãos em volta do meu pescoço.

Puxo devagar o seu corpo ao meu e encosto meus lábios nos dela, ela sorri.

- Vão pro mato seus filho da puta. - O velho sai resmungando. 

- Um bom dia pro senhor também Jorgão. - ela começa a rir, balançando seus braços que ainda estão em mim.

Nos damos as mãos e vamos em direção a nossa casa.

- Então, alguma novidade? - Ela parecia estar de bom humor, fiquei curioso.