A Arconte | Genshin Impact

#2 - O diário de Cyno

⇨ Atenção

Leia os avisos do final!

Se lembram de quando a S/n se casou com o humano (Shin) e meio que Venti e ela brigaram? Então, essa parte do Cyno é meio que o encontro dos dois, anos depois da briga.

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As vezes, a pessoa que você conhece pode ser bem distinta ao jeito que outra pessoa o reconhece.

Eu não tinha a menor idéia do que esse cara queria.

- Responde. - ele diz pressionando minha cabeça contra o chão.

Não me importava se ele fosse me matar ali mesmo. Mesmo se eu soubesse onde ela estava eu não o contaria.

- Mas o que que... - ouço a voz de S/n vinda de fora da casa.

Há um forte barulho, o rapaz que estava em minhas costas é arremessado para a parede. S/n vem até mim, suas mãos agarram meus braços e me ajudam a levantar.

- S/n, ele é bem mais forte do que parece, acho melhor nós... - ao levantar meu rosto para vê-la, percebo que ela o encarava.

Com um olhar que eu nunca havia visto ela fazer.

Olho para o rapaz, que na mesma intensidade retribuía o olhar dela. Os galhos que antes haviam o prendido na parede lentamente o soltavam.

Agora o vendo melhor, percebo que ele era apenas um pouco menor que a S/n. Sua roupa não era do estilo de Sumeru, dando a entender de que ele não era daqui. Ele possuía um estilo bem peculiar, com laços e cores claras, mas não combinavam com a expressão de raiva em seu olhar.

- O que veio fazer aqui? - S/n corta o silêncio.

De alguma forma, a pergunta dela parece atormenta-lo por um momento.

- Como assim S/n...? "O que eu vim fazer aqui"... - ele começa a balbuciar palavras, com a vista decaída.

- Eu falei que não te procuraria mais. - Diz S/n.

- Sim, eu sei. - ele se agacha para pegar a boina que havia caído. - Por isso que eu vim.

Ele leva a própria boina ao peito, e logo a aperta como se fosse seu próprio coração.

- Por que eu quero que você me procure. - Finalmente, o olhar dele se levanta para o dela. - Eu não... - Há uma tremedeira em sua mandíbula, ele estava prestes a chorar. - Eu não quero ficar separado de você.

Eu não estava conseguindo acompanhar. Quem era ele? O que eles haviam tido, porque brigaram?

Eu estava em meio aos braços de S/n, mesmo que ele não tenha percebido, eu pude sentir as mãos dela fraquejarem, na real, tremerem. Ela estava ansiosa, mesmo que não estivesse expressando em seu rosto.

- Cyno, vá para o quarto. Vou ter que conversar a sós com ele.

- Você tem certeza mestra?

Ela passa a mão pelos meus cabelos e me diz para não me preocupar. Obediente, fui ao quarto, mas não deixei de por o ouvido na porta.

Já estava bem tarde e mesmo que eu estivesse bastante curioso, alguma hora eu acabei dormindo ao lado da porta no chão.

Quando acordei, percebi que não só já era de manhã como eu também estava em minha cama. Ao sentir um cheiro bom vindo da cozinha, me levantei da cama.