Moranguinho Amargo - Rota Diluc

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- Então na próxima semana Cyno irá vir? - Bennett perguntava alegremente.

O fato de que Bennett e Razor se tornaram bons amigos de Cyno, me deixou feliz. Cyno até disse que eles eram toleráveis! Pra quem o conhece bem, sabe que isso é um grande avanço nas amizades dele.

Razor aponta para mim.

- Você ficar, bastante, tempo? - Razor pergunta.

- Uns quinze dias.

Benny e Razor sorriem.

Estávamos em um campo aberto, observando a luz do luar após eu ter os acompanhado em algumas missões.

Encostados na árvore, Benny começou a contar as histórias que viveram enquanto eu estive fora e Razor apenas as confirmava. Pouco a pouco, a conversa fluia, quase nos fazendo esquecer da hora. Ao observarmos a altura da lua, percebemos que já era bem tarde.

- Acho que devemos ir para casa. - Diz Benny.

Razor concorda com a cabeça. Ele oferece o braço para Benny e os dois se despedem com um estranho e engraçado cumprimento.

Ele vem até mim e aponta para a própria cabeça.

Já sei o que ele quer. Como posso aguentar com uma fofura dessa?

Dou um leve afago na cabeça de Razor. Ele fica paralisado, com seu rosto vermelho e mãos ansiosas. Só se movendo quando deixo de acaricia-lo.

Então Razor decidiu ir para a floresta enquanto eu e o Benny voltamos para mondstadt.

- Léo... Espera, calma, desculpa! S/n... Por que você havia deixado sua gno... Gnoxis?... Ah, aquele negócio comigo?

Mesmo que eu estivesse olhando diretamente para ele, não era ele que eu via. De todas essas gerações, essa foi a que mais se pareceu com meu irmão.

Os olhos, formato do rosto, o sorriso... Se não fosse o cabelo, diria que era ele.

- É que eu confio em você Bennett.

Ele para na entrada de mondstadt, me encarando alguns segundos. Eu não sabia se os olhos dele estavam brilhando, ou eram lágrimas que estavam prestes a cair.

Venti havia me falado algumas coisas sobre o Benny. Por causa da maldição do azar, muitos de mondstadt acabavam o culpando por várias coisas e uma delas, pela morte de seus próprios pais.

- Quem bom que pude te ajudar, Senhorita Léo... - a voz dele era trêmula.

Ele utilizava a própria mão, fingindo coçar o olho para eu não ver suas lágrimas.

- Oh, vamos! Cadê o Benny que conheço?

Ele começou a rir, fungando o nariz.

Voltamos a andar em direção a casa dele.

- Hoje pelo menos foi um dia bem tranqui...

Eu havia esquecido de que quando eu estou com o Benny, nunca devo comemorar, pois sempre que faço isso...

Há barulho de alguém gritando, junto ao brilho de um relâmpago que por um segundo havia iluminado a rua inteira. Eu e Benny nos entreolhamos, as pequenas gotas de chuva escorriam pelos nossos rostos. Ele é o primeiro a correr na direção do som, eu apenas o segui inconscientemente.

Acabando de virar a esquina, com a chuva continuamente caindo.

Há uma mulher caída na estrada, com magos em seu redor.

A Arconte | Genshin ImpactOnde histórias criam vida. Descubra agora