Capítulo 78: Para sempre?

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N/A: Tô avisando desde já para as fanfiqueiras de plantão que vocês irão chorar - e muito - nesse capítulo! Então não digam que eu avisei!

...

Alec

Ela sorriu para mim mais uma vez, fazendo meu coração disparar. Ela caminhou suavemente até mim, poderia dizer que ela flutuava. Ela tocou meu rosto com sua mão macia e gélida pela chuva. Ela sorria tão lindamente que fazia meu coração perder o ritmo continuamente.

Eu fechei os olhos pelo toque que me era muito agradável. Eu abri os olhos e sorri, meio alheio a plateia inusitada que nos observava. Eu vi seu rosto delicado se aproximar do meu e, logo, senti o toque gélido dos seus lábios que contrastavam com os meus que eram quentes.

Eu me perdi naquele beijo e naquele olhar. O gosto do seu beijo ainda era o mesmo, era como favos de meu. E o seu cheiro como lavanda que recebia o orvalho da terra pela manhã. Ela ainda era a mesma, um pouco quebrada mas, ainda a mesma. Ela ainda estava aqui e saber disso acalenta meu coração.

Nossos lábios se separavam e, imediatamente, senti um estalo ardente no meu rosto. Não deixando somente eu perplexo mas, a todos.

"Maya!" Eu exclamei pasmo e um tanto ultrajado.

"Não era para você vir, seu truxa! Nenhum de vocês, seus truxas." Ela disse seriamente - ameaçadoramente, eu diria - contrastando, outra vez, o seu gesto carinhoso.

Acho que essa garota é bipolar!

"Maya, pedir para que nós não lutemos é algo impossível!" Angel falou franca, com uma de suas sobrancelhas arqueadas.

Angel iria começar uma discussão ferrenha com os seus argumentos já na ponta da língua. Mas, contrariando ela olhou pro céu, fechou os olhos e sorriu.

"Ih, rapaz ela tá com o parafuso menos." Apolo sorriu com divertimento.

Ela olhou para ele e apontou o dedo do meio com contentamento. As risadas ecoaram. Mas, uma em especial chamara nossa atenção. A do Titã, que era cheia de um misto de diversão e deboche. Maya olhou para ele e sorriu:

"Vai tomar na peida, paquita do capeta." Ela falou com uma mortífera seriedade que era um contraste ao seu sorriso, causando outra salva de risos. Ela olhou para nós e disse:

"Seus trouxas!" E riu conosco.

"Quero ver até quando você irá sorrir, Maya." Ele riu de novo, só que um tanto maquiavélico. Ela sacara suas espadas enquanto falava. Maya tirou a mão da cintura e sacou as espadas gêmeas novamente.

"Eu estou cagando pá tu!" Ela falou séria, se pondo em guarda enquanto, ele descia do seu trono e cruzava lentamente a distancia que não era pequena entre os dois.

Mas, surpreendendo a todos, a chuva parou de cair e, com isso, Maya também caiu.

A cena se passava diante de mim como câmera lenta. Seus olhos azuis se fecharam lentamente e eu pude ouvir seu resfolegar. As espadas caíam lentamente no chão se fundindo em uma só. Seus joelhos cederam e seu corpo caía no chão.

Minhas pernas se moveram e, antes mesmo que eu pensasse, eu já estava lá a amparando. Mas, eu não fui o único que se moveu na velocidade da luz. Meu pai também se movera e se colocou em nossa frente, interceptando o golpe que Oceano iría dar em Maya enquanto ela caía.

Nós fomos mais rápidos que ele.

Eu a tomei nós braços e recuei indo para trás de meu amigos que já estavam em posição de defesa.

A Filha de PoseidonOnde histórias criam vida. Descubra agora