Eu estava sentada, ainda na mesma sala, refletindo tudo o que acontecera em tão pouco tempo. Como a vida da gente pode dar uma reviravolta em minutos? Em um momento eu achava que eu era filha de Anthony e Annabeth Miller em outro descubro que sou uma semideusa especial, a primeira prole mortal de Poseidon. A herdeira de Poseidon. E que aqueles minstros não era imaginação minha.
"Caramba! Então, Maya é princesa!" Disse Luke que até agora não tinha se manifestado.
"Sim." Elizabeth confirmou calmamente. Além de semideusa, eu sou princesa?! Bizarro!
"E agora?" Perguntei por fim.
"Você vai ficar aqui essa noite com Evangeline. Já ajeitei esses detalhes com América e Maxon. E amanha você irá pro acampamento." Respondeu minha mãe.
"Que acampamento?" Eu perguntei confusa. Droga! Agora querem se livrar de mim?!
"O acampamento meio-sangue. É pra semideuses, lá é o univo local seguro pra um semideus." Angel respondeu.
"Hum. Então, eu e você vamos ficar aqui no Castelo Chermont?" Eu perguntei ainda incrédula.
"Sim. Mas tem outra pessoa." Elizabeth comentou.
"Quem?" Eu perguntei confusa.
"Seu namorado, Alec." Angel disse travessa. Eu corei na mesma hora. Ninguém merece! Todos olhavam para mim. Queria virar avestruz e enfiar minha cabeça na terra!
"Mas, por que?" Eu perguntei confusa. Não que a idéia não me agradasse mas, ele correria perigo estando comigo. Alguém irrompeu pela porta de um modo quase brusco. Era Alec, lindo em seu melhor terno.
"Porque também sou um semideus." Ele disse sério.
Eu corri até ele e o abracei apertado. E minhas lágrimas corriam automaticamente. E ele me abraçou do mesmo modo, parecia confuso também. Eu o trouxe pela mão para se sentar ao meu lado.
"Como você soube que era semideus?" Eu perguntei me sentando ao seu lado e limpando minhas lágrimas que insistiam em cair.
"Depois de pedir sua mão ao seu pai, eu fui pra floresta te procurar. Só que não te encontrei e fui atacado por uma coisa muito estranha. Eu tentava ferir mais minha espada não causava dano algum." Ele disse nostálgico, antes de ser interrompido por Angel.
"Claro que não. Só espadas celestiais matam Benevolentes. E aquilo era Harpia." Ela disse imponente. Ela mostrou sua espada de bronze celestial e depois transpassou minha mãe de verdade mas, a espada não a feriu ela disse que elas só matam Benevolentes ou semideuses.
"Então, ela me achou e matou a coisa fazendo ela se explidir em pó. Ela me disse que eu era semideus, pois humanos não viam aquilo." Ele terminou com medo de ser interrompido de novo.
"Nossa! Eu em um momento atrás acharia que isso é brincadeira, mas agora. Eu te entendo completamente." Eu disse sorrindo. Olhando no fundo de seus belos olhos verdes, esquecendo de todos que estavam nos observando.
"Bom, temos que ir. Ela esta entregue." Disse Anthony de forma formal. Se levantando junto com Annabeth e Luke até a portaria do castelo. Nós o acompanhamos obviamente.
"Obrigada por tudo. Mesmo que eu agradece minha vida toda ainda não pagaria o belo favor que vocês realizaram." Minha mãe disse abraçando Anthony e Annabeth.
"É um prazer ter te ajudado minha rainha." Disse Anthony.
Luke olhou pra mim com um olhar significativo. Eu abracei e comecei a chorar.
"Te cuida pirralho e avise Chelsea que estou viajando." Eu disse me afastando de Luke para abraçar o belo casal que me criara.
"Pode deixar." Ele disse antes de eu ir até seus pais.
"Obrigada por tudo. Eu nunca esquecerei vocês." Eu falei chorando.
"Se cuida pequena." Disse Annabeth que chorava muito, secando minhas lágrimas
"Proteja nossa menina Evangeline. Foi um prazer te ter em nossa família" Disse Anthony para Angel. E ela assentiu perdendo um pouco de sua postura imponente.
Alec me abraçou por trás, enquanto assistimos eles entrarem na sua carruagem e saírem pelos portões do Castelo Chermont. E eu pensei em Tempestade e nossos momentos juntos.
"Não se preocupe! Eles deixaram seus pegásos." Disse Elizabeth.
"Pégaso?" Eu perguntei confusa.
"Tempestade e Arya são pegásos. Só que disfarçados. Presentes de nossos pais." Angel falou séria.
"Uau." Alec disse.
"Seu também é. Seu pai fez questão de deixar Trovão em sua fazenda." Angel disse.
"Ah! Eu nem tenho roupas para viajar." Eu exclamei.
"Já providenciamos." Disse Angel e minha mãe juntas.
"Vocês estão com fome?" Minha mãe perguntou.
"Sim." Dissemos em uníssono. Rindo em seguida.
Elizabeth, quer dizer, minha mãe nos levou através de uns corredores para sala de jantar.
Uau! Eu tenho que dizer o tamanho da sala?! Ela é enorme com uma mesa da mesma proporção. Sentamos na mesa, enquanto esperavamos os serviçais servirem o jantar. Uau! Eles chamam isso de jantar? Tinha muita comida, parecia banquete.
"Hum. Eu acho que Alec é filho de Apolo." Disse Angel.
"Apolo?" Ele perguntou. Dá pra ver que ele sabe nada de mitologia grega!
"Apolo é o deus do sol, da beleza masculina, da cura e das profecias." Eu falei.
"Isso tudo?" Ele perguntou com uma expressão fofa. De criança que acabou de aprender uma coisa interessante.
"Sim. Eu não duvido nada disso." Eu disse rindo.
"Por que?" Ele perguntou com ingenuidade. Eu olhei pra minha mãe e Angel e as duas riram comigo.
"O que foi?" Ele perguntou confuso.
"Meu amor, parece que você não se enxerga!" Eu falei, usando sua frase contra ele.
Ele sorriu com minha frase mas, ainda estava confuso.
"Alec. Você é o garoto mais cobiçado de La Fontelle." Eu disse sorrindo.
"Além de que você tem o perfil dos filhos de Apolo. E tem o dom da música e medicina que também é de Apolo." Angel falou com boca cheia, fazendo todo mundo rir.
"Então, é você meu futuro genro?" Minha mãe perguntou com sua voz calma e doce de praxe. Eu só pude corar e tirar minha mão que estava agarrada de Alec. Ela soltou uma risada amigável pela minha reação.
"Sim, senhora." Ele disse formal.
"Elizabeth." Ela o corrigiu.
"Sim, Elizabeth. Eu fiquei muito surpreso quando soube que você é a mãe de Maya." Ele comentou.
"Pelo fato de ser rainha ou por acreditar que os Miller não são seus pais?" Ela perguntou.
"Eu acho que um pouco dos dois." Ele confessou.
"Como era meu pai, mãe?" Eu perguntei de repente. Ela sorriu lindamente ao ser chamada de mãe.
"Seu pai é a pessoa mais bondosa e honesta que eu já conheci. Você igual à ele é um pouco impulsivo, marrento e sobretudo, não atura desaforo. Principalmente com pessoas que o irritam." Ela disse com um belo sorriso.
"Como se conheceram?" Eu perguntei.
"Foi meio que por engano da minha parte, eu o confundi com meu marido." Ela disse envergonhada.
"Tipico dos deuses!" Angel bufou.
"Sério?" Eu perguntei rindo.
"Sim. Quando soube que eu estava grávida, meu marido me pediu para ficar em um lugar até você nascer." Ela comentou com cuidado.
"Porque não queria que seus súditos soubessem que havia uma bastarda." Eu falei com voz grave de raiva. Alec olhou pra mim abismado e segurou minha mão.
"Não." Ela tentou defender o marido.
"Mas, é a verdade. Eu sou uma bastarda." Eu falei com raiva, limpando a lágrima fujona.
"Você pode até ter nascido fora do matrimônio ou de uma confusão. Mas, você é algo da qual nunca me arrependi e nem nunca me arrependerei. Você é o meu orgulho." Ela disse com os olhos lacrimejando.
"Seu pai ficou comigo até você nascer. Ele era maravilhoso comigo, mais que o meu marido fora. Ele é tão lindo. Quando as dores do parto começou ele me trouxe para o mar, foi lá que você nasceu na água. Eu não senti dor nenhuma. Assim que você nasceu e ele te viu, você sorriu. E ele abriu o mais lindo sorriso que já viu na vida. Foi ele que escolheu seu nome, ele significa água." Ela disse nostálgica com os olhos cheios de lágrimas.
"Você o ama?" Eu perguntei séria.
"Sim. Como nunca amei em minha vida. Até mesmo o meu marido que descanse em paz." Ela disse limpando suas lágrimas.
"Ele morreu?" Eu perguntei me referindo ao marido.
"Sim. Ele morreu e Bryan, seu irmão, assumiu o trono como Príncipe regente." Ela explicou.
"Eu tenho irmão?" Eu perguntei animada.
"Sim. Bryan Hallford, de 23 anos. Ele está aqui, no jardim eu acho." Ela comentou.
"Então, ele sabe sobre mim?" Eu perguntei.
"Sabe. Mas, ele acha que tenho parafusos a menos. Ele não acredita que você existe." Ela dalou triste. Aquilo foi um tapa para mim. Meu próprio irmão não acreditar na minha existência.
"Como me chamo de verdade?" Eu perguntei.
"Maya Hallford." Disse Angel bufando.
"Então, depois que você nasceu, ele só pode ficar comigo por mais dois meses. Ele queria ficar comigo, nos amávamos muito. Mas, o olimpo não nos deixou ficar juntos. Eles nunca permitiriam que um uma mortal ficasse com o deus dos mares, ainda mais uma casada." Ela falou limpando suas lágrimas.
"Então, ele teve que partir e deixou seu colar com você, além de Evangeline que iria te proteger. E foi isso... eu tive que te dar para Anthonye Annabeth. Foi a coisa mais difícil que já fiz na vida." Ela disse suspirando.
"Uau." Foi tudo que eu conseguir dizer.
"Você quer conhecer seu irmão?" Minha mãe perguntou ao ver que nós tinhamos terminado.
"Claro!" Eu falei animada.
Ela nos levou até o jardim e encontrava um rapaz alto e belo de cabelos ondulados loiro e olhos castanho claro.
"Pode ir." Ela incentivou e eu fui até ele que parecia perdido em pensamentos. Ele estava sentando em uma fonte, olhando tão atentamente para água que não percebeu minha aproximação.
Bryan:"Seu nome é Bryan, né?" Eu perguntei timidamente. E ele olhou pra mim com seus belos olhos, me olhando tão profundamente que parecia ver em minha alma.
"Sim. Quem é você?" Ele perguntou com uma voz tranquila.
"Maya." Eu falei. E ele pareceu se perder em minhas palavras.
"Maya? Do quê?" Ele perguntou visivelmente confuso.
"Maya Hallford." Eu falei.
"Ah! Meu Deus! Você é a cópia da minha mãe, com a exceção dos olhos." Ele disse se levantando.
"Sim. Eles são do meu pai." Eu falei.
"Então, não é invenção da minha mãe? Você é real? Sem ofensas mas, não é possível." Ele disse confuso.
"Eu entendo. Eu só descobri tudo isso hoje. Eu oensei que era filha de Anthony e Annabeth Miller." Eu falei suspirando.
"Os nobres que moram aqui?" Ele perguntou.
"Sim." Eu falei.
"Uau. Minha irmã é uma semideusa." Ele disse incrédulo.
"Sim. Parece que sim. Se é confuso pra você, imagine pra mim." Eu falei me sentando ao seu lado e fitando a água.
"Pois é. Eu enlouqueceria." Ele comentou.
"Ainda me pergunto se tudo isso é real." Eu confessei. Eu olhei pra Angel, Alec e minha mãe que nos olhava de longe.
"Quantos anos você tem?" Ele perguntou.
"17. Nossa mãe falou que você é um príncipe regente." Eu comentei.
"Sim. Eu assumi a dois anos, quando meu pai morreu." Ele disse, solene.
"Como ele era?" Eu perguntei.
"Um homem detestável, sem escrúpulos ou moral. Ele era terrível como pai e marido." Ele comentou.
"Uau." Eu falei sarcástica.
"Pois é. Era terrível ter que conviver com ele. Pricipalmente, quando me tornei seu aprendiz." Ele comentou.
"Nossa. Bom, pelo que minha mãe me contou. Parecia um homem detestável. Agora eu sei que é verdade." Eu confessei.
"O que vai acontecer agora? Vai morar com a gente, não é?" Ele perguntou esperançoso.
"Não posso. Não seria seguro pra vocês. Eu vou para um lugar para semideuses." Eu comentei com uma careta, fazendo o rir.
"Você ainda não se acostumou com isso, né?" Ele advinhou.
"Com certeza." Eu falei bufando, fazendo ele rir mais.
"É uma pena que não vá morar com a gente. Eu amaria morar com você pirralha!" Ele disse rindo com a expressão que eu fiz. Eu estava tão concentrada nele que de repente, a água vinha vinda da fonte o agarrou. E assim que percebi a mesma a soltou. O que aconteceu?! Meu Zeus!
"Oh! Meu Deus!" Eu fiz uma cara de espanto. ele estava todo encharcado dentro da fonte.
"Me desculpa!" Eu pedi e o ajudei a sair. Eu podia ver a risada de Angel e da minha mãe daqui. Ele estava tão sério e do nada se rachou de rir.
"Você tinha que ver sua cara." Ele disse rindo. Eu suspirei ao ver sua reação. Ainda bem que ele não ficou bravo.
"Eu pensei que você ficou bravo." Eu comentei.
"Não esquenta é só um mergulho. Prometo não te chamar de pirralha." Ele disse rindo.
...
Olá meio sangues!
Mais um capítulo para vocês!
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A Filha de Poseidon
FantasyEu sou Maya Miller, ou pelo menos achava que era, eu tenho 17 anos. Eu, a pouco tempo, descobri que não sou a filha de dois condes britânicos, sou filha da rainha da Inglaterra e como se isso fosse pouco, eu sou a primeira filha de Poseidon. Eu sou...