Por toda minha vida eu pensei que era Alec Mitchell, filho de Nathan e Isabelle Mitchell, herdeiro do título de Duque de Cannes, um dos melhores partidos depois do príncipe herdeiro Ahren Scheareve. Depois, tudo mudou por causa de um furacão chamado Angel: eu sou um semideus, um filho Apolo.
Eu me lembro até hoje: Eu estava na poltrona à frente da lareira lendo Hamlet para os minhas irmãs , quando Angel rompeu pela porta com altivez e imponência.
"Evangeline, o que deseja?" Disse minha mãe, já levantando do sofá e entregando Austin para Casey que o pegou já começando a brincar com ele.
"Isabelle, você tem que contar para ele!" Disse ela de mãos dadas com minha mãe, eu já estranhei e me levantei.
"Contar o que? Pra quem?" Eu perguntei confuso.
"Tem certeza?" Minha mãe receosa e apreensiva, ignorando totalmente minhas perguntas.
"Sim! Já está na hora!" Ela disse decidida, me ignorando totalmente também.
"Tudo bem!" Minha mãe disse, limpando a única lagrima derramada.
"Não se preocupe! Tenho certeza que ele vai entender." Disse Angel olhando pra mim e já saindo em seguida, me deixando com pane no cérebro ao entender nada e minha mãe apreensiva. Eu olho pra minhas irmãs e parecem que não sabem de nada, ao me dar de ombros com um olhar confuso.
"Mãe, o que ela estava falando?"Eu perguntei confuso. Ela se recupera de seu estado de inércia e se dirige à Casey.
"CASEY!" Ela brada e Casey, assustada, olha pra ela, ela nunca vira a mãe gritar com ela. Quer dizer, todos olham assustados pra ela.
"Cuide de seus irmãos!" Ela disse séria, com a voz mais baixa, ao perceber que havia gritado.
"Mas, mãe! Eu não sou criança, eu tenho a mesma idade da Casey!" Emma contradiz irritada ao ser chamada de criança, coisa que ela odeia.
"Tem a mesma idade, mas é mais nova. Quem mandou nascer por último!" Eu digo zombeteiro e Emma bufa irritada em reposta. Minha mãe só levantou a mão e todo mundo se calou.
"Casey você fica no comando. Não vou repetir! Vamos Alec." Ela disse já me puxando pelo braço e eu, completamente confuso e sem alternativa, a acompanhei. Ela me levou toda altiva até o escritório do meu pai.
Eu fiquei embasbacado, como uma mulher tão baixinha pode puxar um homem de 1,90m e que pesa 85kg? Pois é! Eu tive que ficar calado ou teria que aguentar seu leque batendo insistentemente em minha cabeça. Ela abriu a porta com um chutão na mesma e meu pai encontrou uma ruivinha, baixinha e altiva por quem se apaixonara perdidamente, já fazendo algazarra em seu escritório. Ainda em choque, ele colocou a pena no tinteiro e deixou o que estava fazendo de lado para se concentrar em sua ruivinha, como ele sempre a chamara.
"O que foi ruivinha?" Perguntou meu pai em um sorriso zombeteiro.
"Está na hora de saber." ela disse se sentando na poltrona à frente da mesa, me forçando a me sentar na outra ao seu lado. A expressão zombeteira do meu pai sumiu e, rapidamente, uma séria ocupou o seu lugar.
"Alec, chegou a hora de você saber que...eu não sou seu pai." Ele diz hesitante e visivelmente abalado.
"Como assim? Vocês brincando comigo, né?!" Eu falei já de pé, pensando ser alguma piada, mas assim que eu vi expressão chorosa da minha mãe, me convenci que era verdade.
"O que? Mas, como?" Eu perguntei mais para mim mesmo, como se tivesse recebido um golpe no coração e com isso levei a mão ao peito, me sentindo tonto.
"Alec! O que você está sentindo?" Disse minha mãe, se levantando e se pondo ao meu lado. Meu pai se levantou e veio até mim.
E de repente, comecei a sentir falta de ar e como se tivesse mil graus de temperatura corporal, então tudo se apagou.
...
Eu acordei ensopado em suor, com um pano úmido em minha testa e na minha cama. Eu abri os olhos com um pouco de custo, ainda me sentindo queimar. Quando olhei para ao lado, vi minha mãe sentada em uma cadeira e olhando pra mim.
"O que aconteceu?" Eu perguntei confuso, me sentando na cama com um pouco de esforço.
"Antes que eu te responda quanto à isso, antes tenho que te contar o que aconteceu á uns 19 anos atras." Ela diz enigmática e eu apenas assinto. Fazer oque?!
"Quando eu era uma donzela, em um dos bailes reais, eu conheci seu pai. Eu era jovem e estava na idade para casar e encontrar um bom partido de boa família, eu era filha do conde de Lyon e era uma das damas mais disputadas, todos me conheciam por meu cabelo vermelho. E lá iria eu pra mais um baile real com minha dama de companhia e eu vi ele. Ele era lindo, misterioso e dançava e era galanteador com todas, mas assim que me viu, caminhou até mim com passos confiantes e decididos. Ele me convidou pra dançar e eu prontamente o aceitei. Ele era belo, tinha pele dourada, cabelos louros e olhos verdes encantadores. Nos apaixonamos rapidamente e com varias e varias danças. Até que então me entreguei à ele na mesma noite. Resumindo a história: na manhã seguinte ele se foi e eu tinha sido só mais uma. E apaixonados, só tinha sido eu. Dois meses depois, descobri que estava grávida e ainda estava solteira." Diz minha mãe chorando.
"Aí eu entrei em cena." Diz meu pai sorrindo, enxugando as lagrimas da minha mãe.
"Eu vi uma bela ruivinha na varanda de seu quarto, olhando para as estrelas e alisando o ventre. Foi aí que me apaixonei perdidamente. Eu perguntei de meu cavalo: O que foi ruivinha? E ela quis me matar, dizendo que ruivinha era minha vó." Diz meu pai morrendo de rir, me fazendo rir também.
"Eu larguei meu cavalo e subi pela trepadeira que dava em seu quarto. Quando cheguei, ela pirou! Ela queria me decapitar com uma espada do seu pai. E aí eu pensei: Eta baixinha arretada! Eu quero me casar com essa ruivinha aí!" Ele disse arrancando mais crises de risadas nossas.
"Foi o pensamento mais inteligente que eu tive. Depois de ela se acalmar, ela sentou e começou a chorar. Dizendo que tinha acabado com sua vida e que tinha sido uma grande estúpida. Eu perguntei a ela o que foi e ela me contou tudo. No dia seguinte fui até o conde e disse que iria casar com sua filha. Me casei, ela teve você, meu herdeiro. E continuará para sempre assim: meu filho." Ele disse por fim.
"Então sou bastardo de um pai imbecil."Eu falei me levantando da cama. Meu pai se levantou de sua cadeira e pôs as mãos nos meus ombros.
"Você não é um bastardo, você será o futuro Duque de Cannes, meu filho." Ele disse, me dando certeza de suas palavras.
"O que aconteceu comigo?"Eu perguntei enfim.
"Sente-se para ouvir a segunda parte." Disse minha mãe ainda sentada, com uma voz mandona. Eu obedeci prontamente sua ordem, estava muito curioso.
"Seu pai é um deus grego e você é um semideus. E não, não é uma piada" Disse minha mãe simplesmente.
"Tipo da mitologia grega?" Eu perguntei intrigado.
"Sim, tudo é real: os monstros, os deuses, o Olimpo. Tudo é real! E você tinha acendido, acho que era uma característica do seu pai." Disse minha mãe pensativa.
"Sua noiva, Maya é filha de Poseidon, a sua primeira filha. E ela, você e Angel irão para o Acampamento Meio Sangue, vocês ficaram lá durante o verão." Diz meu pai.
"Nossa!" Eu digo intrigado.
"Então você tem que se arrumar e ir para o palácio, elas estão lá." Diz minha mãe mandona.
Bem o resto, vocês sabem...
Maya terminou comigo, estou em uma missão estranha, estou num barco com aquele capitão imbecil. É legal! Tô muito ferrado!
...
Oi meus coelhinhos!
Aqui tá mais um capítulo, espero que vocês tenham gostado!
Quem gostou dá um like e comenta! Bjinhos!
Bela_lima
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A Filha de Poseidon
FantasyEu sou Maya Miller, ou pelo menos achava que era, eu tenho 17 anos. Eu, a pouco tempo, descobri que não sou a filha de dois condes britânicos, sou filha da rainha da Inglaterra e como se isso fosse pouco, eu sou a primeira filha de Poseidon. Eu sou...