Capítulo 85: Explosão - Parte IV

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Maya

A luz cegou os meu olhos e aposto que cegou os olhos de todos que estavam presentes. No momento em que a luz passou, pude ver algo incrível.

A lança que eu joguei havia cravado no peito de Peitho que, por algum milagre, tinha escapado da prisão de Atena. Seu rosto para mim era como uma obra de arte, sangue saía de seu ferimento e de sua boca, fora as feridas que Atena causara. Ela ainda tinha uma expressão sem igual de arrogância apesar do estado em que se encontrara. A lança transpassara o seu peito e atingiu a Oceano levemente.

"Nossa! Isso foi maravilhoso! Quase mato dois coelhos com uma só cajadada" Eu comemoro com palmas e um sorriso malicioso. "Pena que não te atingiu, Oceano... seria uma cena deliciosa de se ver!" Eu gargalhei e levantei minhas mãos para espada voltar, mais sangue jorrou copiosamente.

Os olhos de Peitho se fecharam aos poucos e o seu corpo pendeu para frente lentamente. Seu pai estava paralisado e aparentemente impactado, mas, reagiu e segurou o corpo dela antes de cair no chão.

"Minha filha, minha Peitho. O que fizeram com você?" Ele a abracou e chorou sobre ela, eu gargalhei estrondosamente com a cena.

"Fala para mim, Oceano. Qual é a sensação de perder a quem ama? A sensação de perder tudo?" Eu sorri satisfeita e andei lentamente até ele.

"Você gosta disso? Você vê como isso pode te preencher e te fazer fervilhar por dentro." Ele gritou em meio ao seu pranto.

"Foi isso que você causou a mim, Oceano! Meu pai, Chloe, Angel e Alec! Essas são as pessoas que eu amo que você tirou uma por uma de mim! Sinta o que eu senti!" Eu bradei vitoriosa, balançando minha espada em círculos invocando o mar a formar um ciclone, imbuí com minha aura escura e as águas ficaram ferozes. Eu lancei o ciclone em direção a eles, bem ao ponto de ver o olhar de Oceano e ele se levantar.

"Maya! Você vai me pagar!" Ele disse seriamente.

Eu sorri ferina, sentindo o calor da batalha me atingir e empolgar a cada célula do meu corpo. E disse:

"Só venha!"

"Com prazer!" Ele falou com um leve sorriso de canto.

Apesar das correntes impetuosas atrapalharem a visão, eu pude ver claramente o que acontecia dentro do ciclone. Ele deixou Peitho suspensa no ar e, logo, envolveu Peitho em uma coluna de água. Ele estralou os dedos e abriu um sorriso medonho.

"Você não vai curar essa mulher! Eu não vou deixar!"

"E nem eu! Essa daí é minha presa e eu não costumo deixar que elas escapem." Falou Atena, brotando repentinamente do meu lado. Eu sorri marota.

"Vamos!" Ela disse e corremos até eles.

Oceano veio com uma onda em cima de nós que nos pressionou contra o chão. Atena ergueu seu escudo égide, aquele que penei para pegar, que desfez a coluna d'água sobre nós em pequenas partículas de água. Eu sorri animada.

Ele vendo nossa aproximação, aconchegou sua filha nos seus braços e beijou seus cabelos.

"Até logo, minha filha! Nos reencontraremos em breve." Ele sorriu cálido para ela que abriu levemente os olhos.

"Pai!"

Ele tocou o topo da sua cabeça e, logo, pude sentir um arrepio me tomar, como se fosse prévia do que aconteceria. Eu corri com mais afinco até ele e pulei, lançando um ataque com minha espada. Mas, antes que eu o atingisse, Peitho se desfez em água e ele segurou minha espada com uma mão. Um suspiro escapou dos meus lábios, eu sorri em desafio e recuei rapidamente

A Filha de PoseidonOnde histórias criam vida. Descubra agora