Na luz do seu abraço.

Capítulo 3

"Olha eu aqui outra vez trazendo mais um capítulo fresquinho."

Max

   — Max! O senhor pode me acompanhar até a recepção, tem umas pessoas procurando pelo senhor.

   Nesse momento Sabrina me olha e vejo em seus olhos que ela sabe de quem se trata.

   — Amigo eu precisava ligar pra eles. Por favor, se acalme porque também é difícil pra eles.

   Só olho pra Sabrina e saio em direção à recepção do hospital. Como Sabrina pôde fazer isso.

   — Max! Onde está minha filha? - grita a mãe de Clara.

   O pai de Clara vem em minha direção. Pela sua cara vendo a minha, sei que eles já entenderam.

   — Clara saiu mais cedo de casa para ir buscar algumas encomendas que ela fez em uma loja para nosso bebe e levou tiro em frente a uma joalheria e teve morte cerebral Ruth. Eu sinto muito.

   Digo isso quase sem conseguir falar e vejo ela abraçar o marido e chorar.

   — Não! Mentira sua! Minha filha está viva! Você matou minha filha! Vou te matar Max!

   Ela diz isso e vem em minha direção para me atacar e o Lindomar, seu marido, a segura.

   — Senhora se acalme ou terei que chamar a segurança! - Diz uma enfermeira que chegou junto para acalmar a situação.

   — Onde está minha filha? - Lindomar questiona a enfermeira que me olha sem saber o que responder.

   — O corpo da minha esposa será preparado após a coleta dos órgãos. - falei sem olhar para eles e comecei a caminhar de volta para perto de minha filha.

   — O que você está dizendo? Você deixou eles mutilarem a Clara seu animal! - Ruth gritava tão alto que o hospital inteiro estava nos corredores vendo aquela cena.

   — Era isso que ela queria. Se não tivesse se afastado de sua filha saberia disso. - falei calmo e com muita tristeza.

   — O que está acontecendo aqui? - Dra. Abigail chegou questionando. - Isso é um hospital! Façam silêncio.

   Ruth estava descontrolada e foi levada por uma enfermeira e foi medicada. Voltei para a sala de espera sem saber o que faria. Aguardando notícia de minha filha.

   — Max! - Dra. Abigail chegou na sala.

  — Como ela está?

   — Sabe do tamanho do carinho que eu sentia por Clara. Sou amiga do diretor do hospital, que ficou muito sensibilizado com tudo que vem lhe acontecendo. Falei com ele por telefone agora. Acabou de chegar à cidade de uma conferencia e daqui a pouco chegará no hospital.

   Olho para ela tentando entender o que está acontecendo.

   — Max, sua filha precisará ficar sob os cuidados por pelo menos alguns dias aqui no hospital.

   Nesse momento uma enfermeira chama Dra. Abigail e fico olhando para a parede conversando com Marcos.

   — Max sei que não esta com cabeça para mais nada. Se quiser eu e Sabrina podemos cuidar do funeral de Clara.

   — Claro Marcos. Eu não tenho como lhe agradecer amigo. Se puder converse com Lindomar, pai de Clara. Ela sempre disse que preferia uma cerimonia curta, queria ser cremada. Mas não vou decidir isso. Veja com ele o que eles preferem fazer.