Boa leitura 😘Pov Márcia
Papeladas e mais papeladas surgiam em minha mesa me deixando ainda mais sem paciência, desde que Eric havia sumido em meio às matas sendo carregada pelo Curupira, meu trabalho tinha dobrado assim como minha preocupação em relação a tudo que tinha ao meu redor. E claro que eu sabia que Eric estava bem seu Ciço martelava essa informação em minha cabeça para me sentir menos culpada por ter deixado eles levarem.
Mas mesmo assim a culpa de não ter acreditado nele antes de ser tarde demais me consumia aos poucos, ia a casa de dona Januária vê como ela estava já que ela não suspeitava do paradeiro de seu querido neto que a deixava aflita já Luna não era mais a mesma criança animada de antes, perder dois pais em curto período deveria está sendo demais para ela me fazendo temer o pior sobre o futuro da pequena Alves.
- Márcia sai do mundo da lua. Falou Fernando me dando um leve susto
Ele tinha chegado a mais ou menos três semanas do Espírito Santo para nosso distrito, ele era legal, divertido, bom para conversas aleatórias mas tinha algo nele que era estranho.
- estava apenas pensando no caso do contrabando de araras. Falei enquanto me espreguiçava em minha cadeira
- sei dona Márcia, agora vamos! iremos a um bar essa noite. Falou todo animado
- não podemos ir outro dia ou apenas não ir. Falei desligando meu computador e guardando o resto da papelada
- bora gay tá na hora de botar a cara no sol digo lua. Falou me acompanhando até o armário para pegar minhas coisas
- que tal ir outro dia? Hoje eu realmente só quero deitar em minha cama e dormir. Falei
fecho meu armário dando de cara com Fernando fazendo cara de cachorro que caiu da mudança me fazendo ignorar e desligar as luzes e sair na frente.
- amanhã sem falta desde que eu cheguei aqui só te vejo afundada naquela mesa igual um zumbi vivendo a base do café, tem que sair para se divertir e beijar umas bocas voltar sem saber como para casa essas coisas.
Falou todo empolgado me fazendo rir
- não tenho mais ânimo para fazer essas coisas. Fer desiste disso. Falei negando com a cabeça
- mas amanhã você não escapa e nem venha com desculpas que é sua folga e também moramos no prédio um do lado do outro. Falou parando na minha frente
Respiro fundo e olho para o ruivo que esperava ansioso minha resposta.
- já te falaram que você é muito chato quando quer alguma coisa. Falei
- Todo dia em todos os meus anos de existência. Falou ajeitando seu cabelo para trás
Nego com a cabeça e caminho com o ruivo até meu carro, o qual ele pegava carona comigo por moramos perto e ele está sem carro. O caminho foi animado já que ele conseguia mudar de assunto num piscar de olhos me fazendo rir por qualquer besteira.
- está entregue gay. Falei vendo ele tirar o cinto e sair do carro sendo acompanhada por mim que fez o mesmo ato
- obrigada gay, não se esqueça amanhã viu. Falou
- posso ao menos saber o bar que vai me arrastar? Questionei para o ruivo que apenas negou
- e surpresa relaxa como se eu fosse te arrastar para um villa mix da vida. Falou fazendo cara de nojo que me fez rir
Uma brisa gelada passa sobre nós me fazendo encolher de frio, uma bela borboleta passa entre nós e some em meio a noite. Estranho o fato e olho para Fernando que não tinha mais um sorriso entre os lábios e assumiu uma feição séria.
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O conto da meia noite
General FictionMárcia queria resposta sobre tudo que estava acontecendo, mas teme que seja coisas demais para ela absorver. " Ao bater do relógio da meia noite tudo que ronda a escuridão peregrina sobre a luz do luar."