Monstros

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  Hey guys esse e meio que um capitulo extra então espero que gostem.
E muito obrigada pelos 4k de visualizações.
Boa leitura 😘😘

Flashback

- tàby (pai). Chamou a indígena fraco dentro do caixão de madeira

Seu pai o velho morubixaba de sua tribo havia escutado o chamado de sua filha mais nova mas ignorou, ele havia feito sua escolha e deixou que seus dois irmãos que sobraram junto com dois mestiço terminaram de jogar terra por cima do caixão de madeira. Não era de costume ser enterrado em caixão de madeira por ser costume dos invasores de suas terras mas as circunstância e a desonra que ela causou mereceu esse fim, bom era o que parecia ser seu fim.

No local também estava Inês que a pedido do irmão do meio de sua ex amiga havia pedido para que ela fosse junto já que o pajé havia se recusado a ser conivente com essa situação, ele havia avisado ao líder que condena ela a esse final teria mais problemas que soluções. O homem teimoso que com raiva pela devastação que seus atos haviam caído sobre sua família e sua aldeia, mesmo assim resolveu continuar com isso.

Uma flecha envenenada cravada em sua barriga deixando-a morrer bem devagar, numa caixa de madeira velha sangrando muito. Inaiê ou desde que aceitou a maldição de uma velha portuguesa se tornou Matinta estava fraca beirando enxergar ao outro lado tirava forças do além para tentar sair de lá. Uma última batida na terra foi escutada e os passos daqueles homens se afastaram ficando assim a recém bruxa sozinha observando.

- Eu avisei que sede de ganância irias te condenar a ruína minha amiga. Falou a jovem se lamentando

Inês sussurrou um de seus feitiços para que sua amiga alcançasse a paz que mesmo pelos atos terríveis dela, merecia uma paz seu espírito rebelde. Uma flor branca a mais velha deixou em cima da terra recém colocada, Matinta havia escutado o feitiço de sua velha amiga nas horas vagas amantes fazendo ela abrir seus olhos e tirar uma força do além para chamar a mais velha.

- Ma! Chamou um pouco mais alto na esperança de Inês ouvir

Ela escutou os passos de Inês pararem e sorriu fraco, Inês virou para trás olhando para a cova e se lamentou pois sabia que ainda tinha chance dela ainda estar viva mas se tirasse ela de lá o pai da bela indígena não iria deixar barato. Com o coração na mão sussurrou uma desculpa e se transformou numa borboleta saindo do local.

Ao perceber que Inês não estava mais lá, que provavelmente tinha se transformado e ido embora, o coração da bela moça durante o dia e uma velha bruxa de longos cabelos brancos bagunçado durante a noite se quebrou como um vaso se chocando no chão. Uma lágrima solitária escorreu pelo seu rosto que por causa de suas atrocidades cometidas contra seu próprio povo seu deus tupã a castigou a deixando apenas na forma noturna e permitiu que seu irmão acertasse a maldita flecha em seu estômago.

Respirou fundo e esperou contra vontade a morte vir ao seu encontro, tinha feito tanto para continuar vivendo já que seu tempo na terra iria acabar mais cedo que o planejado, e deixando para trás suas riquezas que adquiriu e sua beleza que chamava atenção tirada de forma bruta. Iria morrer do jeito que sempre clamou para não acontecer, sozinha, de coração partido, com raiva e velha não uma velha atraente como sua avó mas uma velha que as pessoas corriam e tinham medo e ganhavam olhares de desprezo.

" Talvez não seja seu fim minha criança'' Escutou a voz grossa de um homem que parecia vir de dentro de si

- Presa aqui talvez. Falou fraca tentando manter seus olhos abertos

" Minha filha escute ao longe uma linda e jovem moça chora sem vontade de viver pela perda de sua última família que era seu irmão a convença a aceitar a maldição''

O conto da meia noiteOnde histórias criam vida. Descubra agora