O conto da meia noite

Wish I may

Pov Márcia

O dia passou arrastado me deixando com tédio, mando mensagem para titi que desapareceu desde ontem me deixando preocupada com a loira, que para minha tristeza nem chega a visualizar minha mensagem. Eu já havia terminado o meu trabalho e estava largada em meu sofá da sala procurando alguma coisa para assistir.

Escuto alguém bater em minha porta me fazendo arrastar meu corpo para fora de meu sofá, olho pelo olho mágico e vejo os cabelos ruivos de Fernando.

- Dios que cara de defunto é essa? Perguntou o ruivo adentrando meu apartamento com um fardo de heineken

- de uma pessoa que não conseguiu dormir direito. Falei fazendo ele fazer uma carinha maliciosa

- Então o chá de jacaré deve ter sido dos melhores. Falou me fazendo mostrar o dedo no meio

- Qual o problema de vocês que toda vez que me veem falam de chá? Indaguei para o ruivo

- Ue, eu achei que tinha acontecido algo já que vi ela passando com umas sacolas da padaria hoje de manhã cedo. Falou se jogando em meu sofá

Me jogo ao lado do mais velho e encaro o catálogo do streaming.

- Ela só deu uma de cuca e veio conferir se eu estava dormindo. Falei fazendo ele rir

- Então e nessa parte que ela te encontra acordada e te pega? Questionou me fazendo rir

- Engraçadinho não aconteceu nada. Falei vendo ele tirar uma cerveja do fardo e me entregar e abrir a outra

- então porque essa cara de quem passou a noite em claros? Perguntou me fazendo respirar fundo

- promete que não vai contar a Inês? Perguntei

O ruivo faz uma careta como se não gostasse de esconder algo da mais velha que eu até entendo, já que esconder algo dela é difícil, e uma péssima ideia.

- Bom, eu não gosto de esconder coisas de uma mulher que pode entrar na minha cabeça, mas prometo por santa Judy Garland que me guardar lá no paraíso que não irei falar um a. Falou fazendo sinal de como se fechasse um fecho ecler

Respiro fundo e dou mais um gole

- Antes da Inês entrar no meu quarto eu estava tendo pesadelo ou cópia do inferno, direito a tentativa de assassinato e tudo, a voz da minha mãe me perturbando, e quando acordei eu estava tendo uma paralisia do sono. Falei dando uma pausa

- Isso explica a cara mas o que tem demais isso para eu não contar pra jacaré? Perguntou me fazendo dar um gole

- Quando abri os olhos tinha alguma coisa no meu quarto que escalou de uma forma bizarra a minha cama enquanto uma música estranha parecia está dentro da minha cabeça, e estranhamente parecia que aquela coisa também escutava aquilo e cantava ou tentava de uma forma bizarra. Falei vendo ele me olhar confuso

- Lembra de como era a música? Perguntou o ruivo curioso

Forço a minha cabeça para tentar lembrar pelo menos alguma parte da bendita canção.

- era em inglês eu só lembro de falar alguma coisa sobre um tal de o Willow Waly. Falei vendo ele parece pensar

- O Willow Waly não é uma das músicas de Os Inocentes de 1961? sabe dos órfãos Miles e Flora. Completou para ver se eu entendia

- eu realmente não sei eu nunca vi, se você que é um senhor milenar não sabe imagina eu. Falei rindo da cara de indignação do ruivo

- se me respeita senhora e prossiga. Falou me dando um tapa no braço