Lento

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 Eu não sei nem o que dizer apenas
Boa leitura guys 😘

Fico no corredor mexendo em meu celular até que escuto um barulho de porta se batendo me fazendo olhar para perto da escada onde Inês saia com roupas dobradas em suas mãos.

- Bom, eu acho que essa roupa vai servir em você. Falou me entregando as peças de moletom

- Eu não sabia que você usava roupas sem ser de um hippie. Falei olhando o conjunto da adidas

- Eu realmente acho que você não tem amor a sua arcada dentária. Falou me fazendo engolir a seco

- Tá bom, eu parei, minha boca é um túmulo. Falei fazendo um sinal com a mão em silêncio

- Vamos fingir que eu acredito, pode se trocar no meu banheiro. Falou me puxando para seu quarto

Olho a enorme porta antiga vermelha, parecia familiar muito familiar, vejo ela virar a maçaneta dourada e adentrar junto comigo o enorme quarto.

- Não parece em nada com o quarto que eu fiquei da última vez aqui. Falei olhando ao redor

- Na verdade você senhorita bebum ficou no quarto onde às vezes ficava o Manaus. Falou me fazendo sentir certa vergonha

- Tem como esquecer aquele dia que eu realmente não estava no meu melhor juízo. Falei me recordando da mais velha me puxando para um dos quartos por causa de meu estado de embriaguez

- Tem coisas que não se esquece Guedes agora anda logo vai se trocar. Falou me empurrando para o banheiro

O banheiro era grande dividido por uma porta na outra parte, tinha azulejos num verde bem claro que dava contraste com as paredes brancas, tinha um espelho redondo com bordas de madeira e um armarinho de madeira ao lado. Do outro lado tinha uma banheira com o vaso ao lado, uma janela com várias plantas e um porta toalha ao lado diferente do outro lado parecia um verde bem claro com os azulejos azuis escuros.

Uma curiosidade me atinge já que não era para ter nada atrás da janela, deixo as roupas em cima da pia que estava seca e abro a janela com cuidado para não derrubar as plantas, abro um pouco e pego meu celular para ligar a lanterna por estar tudo escuro lá fora parecia uma área de serviço desativada por ter tanta coisa antiga escondida lá. Eu acho que vi alguma coisa de ouro ali dentro mas resolvi deixar de lado, como eu estava com medo de me esticar mais e acabar quebrando algum vaso e acordar a fúria da bruxa resolve fechar a janela e me trocar logo.

- Achei que tinha morrido lá dentro. Escuto a voz de Inês atrás de mim

Viro para a mais velha que estava diga-se de passagem bem fofa com seu pijama preto.

- Eu me distraí um pouco, ele é maior do que eu imaginava. Falei me referindo ao banheiro

- então você se imagina estando no meu banheiro. Falou divertida me fazendo corar

- Não é isso que dizer, aff você entendeu. Falei passando a mão na cara de nervoso

Qual o problema dessa mulher em gostar de me causar gay panic.

- Eu estou brincando calma vai acabar tendo um infarto qualquer dia desse. Falou enquanto caminhava para sua cama

- Tentarei, onde vou dormir ? Perguntei escutando a risada baixa da bruxa

- Bom os quartos de cima estão ocupados e o de baixo não estão podendo ser

usado então eu espero que você não se importe em dormir comigo. Falou como se fosse a coisa mais normal do mundo

Engulo a seco e olho em meu relógio que marcava quase uma da madrugada, está meio tarde para voltar para casa vivendo no Brasil, coloco minhas roupas em cima de uma cadeira que fica perto de sua cômoda. Caminho em passos lentos até a enorme cama de casal, Inês estava extremamente calma lendo um livro que pegou de sua mesa de cabeceira que parecia ser uma cena totalmente normal para ela.

O conto da meia noiteOnde histórias criam vida. Descubra agora